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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Com tecnologia à disposição, brasileiro é o que menos comete erros em viagens entre os latino-americanos


Confundir caminhos e se perder no destino da viagem, pronunciar palavras erradas no idioma local e levar roupa errada na mala são os principais equívocos cometidos pelos brasileiros nas férias


Cada vez mais os viajantes têm usado a tecnologia da melhor maneira, principalmente para encontrar locais fora da rota turística e verdadeiros achados durante as férias. Porém, apesar de terem seus smartphones e diversos aplicativos na palma da mão, 68% dos viajantes brasileiros admitiram cometer erros durante suas viagens. No entanto, somos os que menos erramos entre os latino-americanos. Ficamos à frente de Argentina (73%), México (80%) e Colômbia (82%).
 
De acordo com a mais recente pesquisa da Booking.com, líder mundial em conectar pessoas com opções incríveis de lugares para ficar, os japoneses e os holandeses são os que menos cometem erros quando têm tecnologia: 54% e 59%, respectivamente. Já 8 em cada 10 indonésios (85%) - o número mais alto da pesquisa - disseram se confundir mesmo com o smartphone na palma da mão. 

A Indonésia é seguida de perto nesse ranking pela Índia (83%) e Taiwan (80%).

 
"Não me siga, eu também estou perdido"

O estudo mostra também que, apesar de estarem conectados e com qualquer informação na ponta do dedo, é muito comum que os viajantes se percam por aí. Quase um terço dos brasileiros (27%) admite já ter entendido mal as instruções e confundido um caminho a ponto de se perder. Ainda assim, os viajantes do Brasil são menos perdidos que os do México (30%), Argentina (31%) e Colômbia (34%).
 
Os que menos entendem errado as instruções e se perdem no caminho são os holandeses (15%), os russos (18%), seguidos de perto por belgas e alemães (empatados com 19%). Já os que mais passam por apuros nesse sentido são os viajantes de Hong Kong: metade (51%) admitiu que já se confundiu a ponto de se perder durante uma viagem. Depois vem Taiwan (47%) e os viajantes espanhóis (37%).
 
O estudo global com 20.500 pessoas de 28 países descobriu ainda que 2 em cada 10 brasileiros já pronunciaram uma palavra errada no idioma local e 15% já caíram em alguma "armadilha" para turista e pagaram mais do que deveriam. Outras falhas bem comuns entre os viajantes brasileiros são levar as roupas erradas na mala (16%), não ler avaliações antes de reservar uma hospedagem (14%) e ser mal-entendido ao fazer um pedido em um restaurante (13%).
 
No entanto, os erros não tiram a graça da viagem, já que os pesquisados dizem ser possível aprender com os erros para ter uma melhor experiência no futuro. Quase metade (46%) dos brasileiros acredita que viajar é isso e errar faz parte e 40% acham até engraçado os perrengues de viagem.

 
"Ao infinito e além"

A tecnologia ajuda, cada vez mais, o turista a se tornar um viajante sem limites, ou seja, sem medo de explorar o mundo, aproveitando as oportunidades ao máximo. Segundo o estudo, a maioria dos viajantes brasileiros (81%) usa a tecnologia com frequência para ir mais além em suas viagens, enquanto três quartos (74%) usam para navegar quando estão em um destino desconhecido, 70% para ter dicas sobre o local, 60% para entretenimento e quatro em cada 10 (41%) usam para alterar algo na viagem, já no local.
 
Tirar vantagens do avanço tecnológico parece ser a chave para se viajar cada vez mais e melhor. Um em cada cinco (24%) viajantes afirma que pesquisa e planeja muito previamente para terem a melhor viagem possível e um mais de um quarto (26%) acredita que planejar a viagem traz uma sensação de segurança. Porém, 16% acham que planejar ao longo da viagem é a melhor forma de fazer descobertas e 13% gostam do suspense e da espontaneidade que a surpresa traz.


Geração Z

Já é de se esperar que os jovens de 18 a 24 anos, a chamada Geração Z, tenha uma relação especial com a tecnologia. Para eles, ficar conectado é extremamente importante, inclusive, durante uma viagem. Por isso, quando viajam para um destino remoto, 32% dos jovens disseram não gostar da falta de tecnologia. A surpresa vem do grupo de 55 a 64 anos: 59% deles disseram não gostar da sensação de se sentir isolado do resto do , mostrando que a tecnologia é crucial também nessa faixa etária.






Booking.com


O uso de óculos no futebol e os problemas de visão entre jogadores


A FIFA só autorizou o uso dos óculos em campo a partir da Copa do Mundo na África, em 2010 
 
 
O jogador Bruno Henrique, atacante do Santos, voltou a jogar futebol depois de quase ter que abandonar a carreira. Ele levou uma bolada num jogo do campeonato paulista deste ano e sofreu cinco lesões diferentes no olho direito, teve uma ruptura na retina, rompimento de vasos sanguíneos e problemas no nervo ótico e na mácula. Foram 4 meses de incertezas até conseguir controlar as hemorragias e tratar os edemas antes de voltar a campo. Os problemas de visão já foram responsáveis pelo afastamento precoce de alguns craques do futebol mundial. No Brasil, o caso mais conhecido é o de Tostão, o camisa 9 da seleção tricampeã em 1970, que deslocou a retina ao receber uma pancada e parou de jogar.  
 
 
O oftalmologista Renato Neves explica que o jogador de futebol para desempenhar bem a sua atividade tem de ter coordenação visual olho-pé e olho-corpo e uma visão em profundidade do campo capaz de registrar visualmente os espaços abertos para se locomover e preparar jogadas. A visão periférica também é fundamental, já que ela não só ajuda na execução das jogadas como também permite que o jogador se previna contra colisões e incidentes dentro do campo. "Os jogadores mais habilidosos têm uma visão bastante desenvolvida para focar nesses pontos dentro de campo e antever ou agilizar jogadas. Sendo assim, qualquer problema que comprometa essas habilidades poderá prejudicar o rendimento dentro do campo". 
 
 
Jogadores que têm problemas mais comuns de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo precisam tomar alguns cuidados para ter um desempenho adequado. Cada jogador apresentará um grau diferente de dificuldade para cada um desses tipos de erros de refração. "Tudo depende do grau e do quanto ele está acostumado a compensar o problema de visão sem qualquer tipo de solução – como óculos ou lentes de contato gelatinosas. O astigmatismo, por exemplo, é um problema diretamente relacionado à córnea – o paciente enxerga as imagens de forma distorcida e borrada. Essa falta de definição/precisão pode ser fundamental", explica o oftalmologista Renato Neves. 
 
 
O problema é que o uso de óculos pelos jogadores de futebol foi um tabu durante muito tempo. Alex, que foi ídolo do Palmeiras e do Coritiba, só no fim da carreira assumiu o uso dos óculos e disse certa vez que conhecia histórias de técnicos que proibiam jogadores de usar óculos. A FIFA, por quase 150 anos proibiu que o jogador de futebol usasse óculos em campo. A autorização só veio em 2010, ano da copa da África, e desde que o árbitro se certificasse que os óculos não representariam um risco de ferimento ao atleta. O principal cuidado é que os óculos sejam feitos de um material resistente às colisões entre jogadores e que eles não apresentem risco de cair ou se deslocar.  "Os óculos devem ter lentes inquebráveis e uma armação que seja plenamente ajustável ao rosto do jogador, evitando risco de queda ou deslocamentos. Aliás, até mesmo os árbitros deveriam fazer uso de óculos quando necessário – o que poderia inclusive melhorar o desempenho deles em campo", explica Dr. Renato. 
 
 
Mesmo assim é raro ver jogadores usando óculos nas partidas de futebol, o jogador holandês Edgar Davids foi um dos poucos que assumiu o uso de óculos durante a carreira. O mais comum é que os jogadores que apresentem algum problema de visão usem lentes de contato para poder jogar. Mas mesmo as lentes podem causar acidentes em campo. O jovem jogador Lucas Paquetá, do Flamengo, uma das promessas do futebol brasileiro, chamou a atenção, recentemente, por causa de umapancada que sofreu no olho esquerdo durante o jogo com o Palmeiras. A lente de contato se deslocou e ficou presa dentro da vista. Paquetá levou quase cinco minutos fora de campo até que os médicos retirassem a lente e substituíssem por uma nova. "O cuidado para o jogador que usa lentes é que elas têm que ser macias e gelatinosas. As lentes rígidas devem ser evitadas, pois podem se descolar e causar problemas para o jogador durante a partida". 
 
 
O uso dos óculos na prática do futebol é uma preocupação também entre atletas amadores. Antônio é um dos muitos garotos brasileiros que sonham seguir carreira no futebol. Mas, aos 9 anos, ele recebeu um diagnóstico que passou a interferir no desempenho na escolinha de futebol onde joga. Sem os óculos, mal consegue acertar os passes e dribles. Com os óculos,  perde muito da  mobilidade e da visão periférica. Os pais já tentaram fazer com que o garoto usasse óculos esportivos mas ele não se adaptou. A dúvida agora é se ele já pode usar lentes de contato e se vai se adaptar a elas. "Não é uma norma rígida, mas procuramos nos certificar de que a criança ou adolescente já tenha responsabilidade suficiente para tomar os cuidados necessários com relação à higienização das lentes. Só por isso é que procuramos indicar para maiores de 12 anos, mas vai depender muito do perfil do usuário. Há adultos, por exemplo, que cometem vários erros no uso das lentes de contato – como dormir de lente ou lavar as lentes durante o banho – o que é inconcebível e pode facilitar infecções oculares", conclui o médico. 






Dr. Renato Neves - Presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone e foi um dos primeiros cirurgiões a realizar no Brasil a cirurgia de catarata com facoemulsificação em 1993. É graduado e fez residência médica na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Tem pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary - e no MIT – Massachusetts Institute of Technology. Dr. Renato Neves é sócio fundador do Instituto da Visão da UNIFESP e da Sociedade Brasileira de Cirurgia a LASER e membro da American Academy of Ophthalmology, onde recebeu, em 2005, o Achievement Award. É também membro da International Society of Refractive Surgery e European Society of Cataract and Refractive Surgery. 
Ele é Diretor da Aging Eye Institute e fundador-presidente da Fundação Eye Care que deu assistência oftalmológica gratuita a mais de 50 mil brasileiros carentes nos últimos anos.

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