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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Sintomas da falta de vitamina B12 envolvem depressão, cefaleia​ ​e alterações psiquiátricas


O complexo B é formado por um conjunto de 8 vitaminas. A vitamina B12 é especialmente importante para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso, ajudando a manter a saúde das células nervosas. “Ela está envolvida no metabolismo de diversas células do corpo humano e sua deficiência pode determinar alterações no corpo e na síntese proteica de ácidos graxos”, explica o Dr. Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luiz Morumbi.

Como os animais não produzem a vitamina B12, ela deve ser obrigatoriamente ingerida. De acordo com o médico, as melhores fontes estão na carne, frutos do mar e produtos fortificados. A restrição da ingestão desta vitamina pode levar à sua deficiência, fazendo com que o paciente possas desenvolver um tipo de anemia ter e alterações neurológicas.

Por isso, vegetarianos devem ter acompanhamento profissional para verificar se existe essa deficiência nutricional. Quando detectada, é necessário receber suplementação farmacológica. “Os idosos também precisam ficar atentos a esta questão. Com a idade, reduzimos a produção de substâncias pelas células parietais do estômago. Entre essas, encontra-se a substância responsável por auxiliar a absorção da vitamina B12, permitindo a esse grupo desenvolver quadros de deficiência”, diz o especialista.

Os sintomas da falta de vitamina B12 envolvem fadiga, letargia, perda de memória, depressão, cefaleia e alterações psiquiátricas. Segundo o nutrólogo, o controle dos níveis de vitamina B12 deve ser feito com dosagens seriadas, pois o excesso também não é bom. “Os marcadores poderão voltar ao normal a partir do primeiro mês de tratamento, mas há quadros avançados de difícil reversão, que podem durar meses ou não melhorarem”. 

Por isso, os grupos de risco deverão ter acompanhamento médico periódico, para que qualquer alteração laboratorial seja corrigida antes que a manifestação clínica se instale.





Hospital São Luiz
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Casos de asma tendem a crescer cada vez mais


Vida moderna pode estar por trás do aumento da doença em todo o mundo; especialista orienta sobre como prevenir crises


Uma das doenças crônicas mais comuns, a asma pode ter um importante agravante: a urbanização. "Os estudos mostram que a taxa de incidência da patologia aumenta quando as comunidades passam a adotar um estilo de vida ocidentalizado, com hábitos menos saudáveis, e se tornam urbanizadas, com altas concentrações populacionais", afirma o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcelo Mello. Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam 300 milhões de asmáticos no mundo, sendo que o Brasil ocupa a 8ª colocação em prevalência da doença, com cerca de 10% da população afetada.

A vida moderna, evidentemente, não é a única culpada. O crescimento populacional e a melhoria no acesso e qualidade dos serviços de saúde permitem que o diagnóstico chegue para mais pessoas. "Se os médicos forem um pouco mais a fundo podem perceber que os pacientes que referem a primeira crise depois de idosos já apresentavam a doença na infância, eram crianças cansadas, que não gostavam de esportes, que faziam muita inalação, viviam gripadas", detalha. A enfermidade carrega também um importante fator genético. Existem ainda os gatilhos, que desencadeiam o problema, como as infecções virais, a exposição à poeira, aos ácaros, pelos de animais, fumaça de cigarro, estresse, variações climáticas e exercícios físicos.

A asma é caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas, que provoca uma limitação do fluxo respiratório, graças ao estreitamento dos brônquios e espessamento da árvore respiratória. Há também aumento da produção de muco. O resultado é chiado e aperto no peito, falta de ar e tosse. Esses sintomas vão variando de intensidade ao longo do tempo e podem ser desencadeados pelos gatilhos relacionados acima.

Algumas patologias alérgicas, como rinite e dermatite atópica, também podem estar por trás da asma. "Essas enfermidades foram englobadas como manifestações de uma mesma doença e podem se apresentar de modo isolado ou coexistirem, com intensidade variável de cada uma delas. Considera-se que 80% dos asmáticos manifestem também rinite e 50% dos pacientes com rinite sejam asmáticos. Quem sofre com dermatite, normalmente, apresenta a asma de forma mais intensa", explica o especialista do Hospital CEMA.

Apesar de a doença não ter cura, atualmente os tratamentos estão cada vez melhores. Geralmente são ministrados medicamentos para controle da asma. No entanto, o mais indicado é sempre evitar os gatilhos. Por isso, o médico lista alguns cuidados que podem ajudar a prevenir as crises:

- Encapar colchões e travesseiros;

- Lavar semanalmente as roupas de cama;

- Retirar cortinas, tapetes, carpetes;

- Manter animais domésticos fora de casa;

- Promover a ventilação do ambiente;

- Não fazer atividade física quando tiver excesso de poluente ou baixa umidade do ar;

- Não fumar ou frequentar locais com fumantes.





Instituto CEMA



Marcapasso: o que muda na vida de quem tem o aparelho


Especialista comenta as principais dúvidas sobre o dispositivo


O marcapasso, aparelho que corrige os batimentos cardíacos, é implantado em cerca de 49 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados do Censo Mundial de Marcapassos e Desfibriladores. Apesar de comum, alguns mitos ainda giram em torno do pequeno aparelho. Com o avanço da tecnologia, o marcapasso moderno evoluiu para acompanhar o estilo de vida contemporâneo, tornando-se quase imperceptível para aqueles que o usam.

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, a implantação do aparelho tem como objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e não atrapalhá-la: “Após o marcapasso ser colocado, o paciente deve evitar certas atividades durante o tempo de recuperação, mas poderá voltar à rotina normal em 30 dias", comenta o especialista.

A vida dos pacientes com marcapasso é tão normal quanto qualquer outra, já que o aparelho não interfere na vida sexual, nas atividades físicas, nem é danificado por outros aparelhos eletrônicos, como chuveiros elétricos, micro-ondas e outros utensílios de cozinha. A cada ano, os aparelhos ficam menores e com a bateria mais durável, como atualmente, que a bateria é projetada para durar por 10 anos.
O marcapasso possui filtros em seus circuitos para bloquearem interferências eletromagnéticas, tornando possível que o uso de aparelhos celulares seja normal. 

Detectores de metais de bancos e aeroportos também não prejudicam o marcapasso. “Embora os detectores de metais não interferem no seu funcionamento, o dispositivo pode acionar os detectores por conta do metal presente na sua composição. Assim, recomenda-se que o paciente que avise a segurança sobre a presença do marcapasso, explica Élcio.

Pessoas que usam o marcapasso devem passar por consultas a cada seis meses para que o especialista acompanhe o desempenho do aparelho.







Dr. Elcio Pires Júnior - cirurgião cardíaco das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. 


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