Pesquisar no Blog

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Saiba como se proteger do aumento das dores nos dias frios


Reumatologista do Hospital Santa Paula explica por que sentimos mais dor em temperaturas baixas e dá algumas dicas para amenizar o desconforto


A cidade de São Paulo já começou a sentir a queda de temperatura com a chegada do outono. Segundo os meteorologistas, a tarde de 04 de junho foi a mais fria do ano na capital em 2018, mas as temperaturas devem cair ainda mais com a chegada do inverno, em 21 de junho. Especialistas apontam que teremos uma estação mais fria do que no ano passado em decorrência do La Niña, fenômeno de resfriamento da superfície do Oceano Pacífico.  

Com a baixa nos termômetros, há um aumento no número de pessoas com queixas de dores articulares, popularmente conhecidas como dores nas juntas e reumatismo. Isso acontece especialmente entre a população que vive no Sul e no Sudeste do Brasil devido ao inverno mais rigoroso. O incômodo pode acometer principalmente indivíduos com problemas reumáticos, mas ninguém está livre de passar por este desconforto.

O coordenador do Instituto de Reumatologia do Hospital Santa Paula, Jayme Fogagnolo Cobra, explica que existem poucos estudos sobre o assunto na literatura médica, mas supõe-se que isso se deve a uma conjunção de fatores:
- O organismo, quando submetido a baixas temperaturas, sofre constrição vascular periférica, ou seja, a circulação do sangue fica mais concentrada nas regiões internas do corpo como coração, pulmões, rins e cérebro e circula menos nas regiões periféricas como pele e musculatura.

- Existem terminações nervosas na pele, articulações, tendões e músculos que são estimuladas pelo frio e geram impulsos que são percebidos pelo cérebro como dor.

- Para reagir ao frio, os músculos tendem a contrair-se para produzir calor, podendo ser mais um fator causador de dor, principalmente em algumas pessoas que já sofrem de algumas doenças reumatológicas que envolvem inflamações das enteses, que é o ponto onde os tendões se unem aos ossos.

- Alguns estudos demonstraram que o líquido sinovial, aquele encontrado dentro das articulações que tem função de alimentar e “lubrificar” as superfícies articulares, torna-se mais espesso sob baixas temperaturas.

- Outro fator importante é que no inverno há uma tendência que as pessoas pratiquem menos exercícios. A imobilidade pode aumentar a sensação de dor. Nas pessoas com doenças inflamatórias como artrite reumatoide e espondiloartrites pode haver aumento de dor e rigidez das articulações.

Veja abaixo as dicas do reumatologista para aliviar a dor nos meses mais frios:

1 - Procure proteger-se do frio. Agasalhe-se, mantenha o corpo e as extremidades aquecidas, principalmente mãos e pés com luvas e meias grossas.

2 – Sempre que possível, procure permanecer em locais aquecidos tanto em casa como no trabalho.

3 - Dormir aquecido é fundamental. Se possível, utilize aquecedor no ambiente.
4 - Pratique atividade física mesmo no frio. Existem equipamentos esportivos específicos que permitem a prática segura e confortável de exercícios ao ar livre até nos invernos mais rigorosos. Atividades de baixo impacto, como caminhadas, também promovem aquecimento e ajudam a manter a lubrificação adequada das articulações, reforçando os músculos.

5 - Mantenha uma rotina diária de alongamentos para manter o tônus, a flexibilidade e a amplitude dos movimentos.

6 – Se a dor estiver muito forte, faça uso de bolsas térmicas nas áreas doloridas. O calor descontrai os músculos, tendões e ligamentos e aliviam a pressão sobre as articulações, favorecendo a circulação sanguínea.

“Normalmente, para pessoas que não possuem doenças reumatológicas essas medidas são suficientes para anular as sensações dolorosas. Se a dor persistir, o recomendado é procurar um reumatologista. Para quem faz tratamento de alguma doença inflamatória ou autoimune como artrite reumatoide, espondiloartrites, psoríase, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica, doença mista do tecido e outras, podem ser necessárias medidas medicamentosas para aliviar os sinais e sintomas agravados pelo frio”, explica o especialista.


Doenças reumáticas

As doenças reumáticas representam um conjunto de diferentes patologias que acometem os ossos, as articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Elas também podem comprometer outras partes e funções do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até a pele.

Existe mais de uma centena de doenças reumáticas. As mais comuns são osteoartrite - também conhecida como artrose - fibromialgia, osteoporose, lupus, artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias como as espondiloartropatias soro negativas. 

"A principal queixa das pessoas que chegam ao reumatologista é dor nas articulações. Em muitos casos, nas fases iniciais das doenças, as pessoas tentam tratar as crises de dor por conta própria, procuram um pronto-socorro ou outras especialidades para amenizar a dor e não prosseguem numa investigação da real causa por trás dessas crises. Quando o paciente chega ao reumatologista, a doença já pode estar mais avançada, tornando mais difícil e prolongado o tratamento”, afirma Jayme.

O médico reforça que é preciso aumentar a conscientização das pessoas sobre o universo das doenças reumáticas. Com informação, as pessoas tendem a procurar ajuda mais precocemente e diagnosticar as doenças nas fases mais iniciais, quando ainda não há sequelas, iniciando, portanto, o tratamento no momento certo, o que é um dos fatores determinantes para a eficácia na maioria dos casos.





Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, nº 2468 - Vila Olímpia - (11) 3040-8000


Exames que toda grávida deve fazer


A gestação é um período de muitas perguntas e dúvidas. Por isso, a ginecologista e obstetra Dra. Silvia Herrera, coordenadora de Medicina Fetal do SalomãoZoppi Diagnósticos, preparou um material com os principais testes que devem ser realizados durante as diferentes fases da gravidez.






Durante o 1º Trimestre:


EXAMES GENÉTICOS E MOLECULARES

A partir da 8ª semana
Sexagem Fetal:
Permite descobrir o sexo do bebê bem antes do nascimento para os papais se prepararem para receber um menino ou uma menina.

A partir da 9ª semana ((ideal a partir da 10ª semana)
NIPT (DNA Fetal no Sangue Materno):
Esse teste surge como a forma mais sensível de rastreamento de síndromes cromossômicas. É um exame de sangue que não traz risco para o feto e pode detectar 99% dos casos de Síndrome de Down.

ROTINA ULTRASSONOGRÁFICA

Entre a 5ª e a 10ª semanas (ideal entre a 7ª e a 10ª semanas)
Avaliação Obstétrica Inicial Transvaginal:
Analisa a gravidez em relação à localização - se realmente está dentro do útero -, o número de fetos e placentas - assim que a gestante irá descobrir quantos bebês virão - e o tamanho do embrião - melhor forma de averiguar a idade dele. Nesse exame que a mãe verá pela primeira vez o coraçãozinho do feto.

Entre a 11ª e a 14ª semanas (ideal na 12ª semana)
Morfológico do Primeiro Trimestre:
O objetivo é rastrear síndromes genéticas com taxas de detecção de 90% dos casos de Síndrome de Down, além de outras malformações. Nessa fase a mamãe já poderá ver algumas partes do corpinho como mãos, pés e boca.

Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal: A prevenção do trabalho de parto prematuro continua sendo um desafio constante da Medicina Fetal e esse exame avalia os riscos de parto prematuro pela medida do colo uterino.

PERFIL BIOQUÍMICO

Entre a 10ª e a 14ª semanas (ideal na 10ª semana)
Fração Livre BHCG e PAPP-A:
Quando realizado junto com o morfológico aumenta a taxa de detecção de Síndrome de Down para 96%.

RASTREAMENTO PARA PRÉ-ECLÂMPSIA

Entre a 10ª e a 14ª semanas (ideal na 10ª semana)
PAPP-A e PLGF:
A pré-eclâmpsia é uma das principais responsáveis por morte materna, prematuridade e baixo peso ao nascer. O primeiro trimestre é a única oportunidade de tratamento preventivo para não desenvolver essa doença. Por isso, na ocasião do morfológico do primeiro trimestre é associado o doppler de artérias uterinas, a medida da pressão arterial materna e os marcadores bioquímicos sanguíneos (PAPP-A e PLGF).

PROCEDIMENTO INVASIVO

Entre a 11ª e a 14ª semanas
Biópsia de Vilo Corial:
É um procedimento ambulatorial por meio de agulha guiada por ultrassom e retira-se fragmentos placentários para avaliação da composição genética do bebê. Indicado em caso de alto risco para síndromes genéticas ou malformações estruturais.



Durante o 2º Trimestre:

PROCEDIMENTO INVASIVO

A partir da 16ª semana
Amniocentese:
Trata-se da coleta de líquido amniótico por meio de agulha guiada por ultrassom para avaliação do cariótipo ou infecções fetais. Também é utilizado para confirmação diagnóstica no caso de NIPT alterado.

ULTRASSONOGRAFIA

Entre a 18ª e a 24ª semanas (ideal na 22ª semana)
Morfológico do Segundo Trimestre:
Detecta as deficiências estruturais e marcadores de cromossomopatias no feto, sendo possível diagnosticar 85% das malformações fetais. A avaliação é extremamente minuciosa e serve para avaliar detalhes da formação do cérebro, coração, tórax, órgãos abdominais, membros, genitália, coluna, pés e mãos.

Doppler Colorido das Artérias Uterinas: O doppler das artérias uterinas faz o rastreio das pacientes de maior risco para desenvolvimento de pré-eclâmpsia ou de fetos muito pequenos no decorrer da gestação.

Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal: Melhor época para rastreamento de risco do parto prematuro, por meio da medida via vaginal do colo uterino. Se diagnosticado um colo curto, formas de prevenção precisam ser imediatamente implantadas.

A partir da 20ª semana
Ecocardiograma Fetal:
Tem como objetivo o diagnóstico precoce de malformação cardíaca que pode ser essencial para um adequado planejamento do parto e acompanhamento da equipe de cardiologia pediátrica.



Entre o 2 e 3º Trimestre:

ULTRASSONOGRAFIA

Entre a 26ª e a 30ª semanas
Obstétrico 3D/4D:
Nesse exame são geradas imagens do feto em três ou quatro dimensões e em tempo real. É a maneira mais real da gestante conhecer o rostinho do bebê.



Durante o 3º Trimestre:

ULTRASSONOGRAFIA E AVALIAÇÃO DE VITALIDADE

A partir da 28ª semana
Perï¬
l Biofísico Fetal: Exame para avaliar a vitalidade do feto. Reflete seu estado de bem-estar durante o teste.

Cardiotocograï¬
a: A cardiotocografia (CTG) é um método de avaliação do bem-estar fetal. Consiste no registro gráfico da frequência cardíaca do bebê e das contrações uterinas.

ROTINA LABORATORIAL

Entre a 35ª e a 37ª semanas
Swab Perianal e Vaginal para Pesquisa de Estreptococo B:
A bactéria estreptococos do grupo B é um organismo comum que habita o trato gastrointestinal e a flora vaginal de até 30% das gestantes. A bactéria costuma ser inofensiva em grande parte dos casos. Ela só é agressiva para recém-nascidos no momento do parto (principalmente para os prematuros), por isso, é importante a realização do exame.


Qualquer fase da gravidez:

Ultrassonografia Obstétrica:
O objetivo é avaliar a evolução do feto. Esse exame detecta as alterações no desenvolvimento, como macrossomia fetal e restrição de crescimento, além de modificações no líquido amniótico.

Doppler Colorido: É um recurso utilizado para avaliar o risco da pré-eclâmpsia maternal e a vitalidade crônica do bebê.





SalomãoZoppi Diagnósticos
www.szd.com.br

Insônia na Menopausa


Mais de metade das mulheres acima de 40 anos tem insônia ou má qualidade de sono. Dentre mais de 6 mil mulheres estudadas em artigo publicado na revista internacional ‘Maturitas’ (acesse em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22717489), 56,6% têm insônia, má qualidade de sono ou ambos.

As que já passaram pela menopausa têm uma prevalência ainda maior de insônia e de sono não reparador. A principal queixa é acordar no meio da noite, o que caracteriza a insônia tardia (ou seja, o começo da noite vai bem, mas a partir das 3h da manhã fica acordada).

Não bastasse a menopausa causar insônia, a insônia também é capaz de acentuar a severidade dos sintomas da menopausa e piorar muito a qualidade de vida.
Se você sofre de insônia ou se sua qualidade de sono é pior desde a menopausa, o ajuste de fatores na casa, como o controle da iluminação e de ruídos (desligar o celular!) é o primeiro passo. Também é importante manter uma alimentação saudável e evitar alimentos estimulantes perto da hora de dormir, como refrigerantes de cola, café, chá preto ou mate, shoyo, ajinomoto, etc.

Existem algumas terapias não-medicamentosas adjuvantes, como a prática da yoga (por 4 meses ou mais), receber massagem e até o uso do extrato de valeriana. Entretanto, se você já tentou e nada disso melhorou o seu sono, o uso de medicamentos é indicado. Procure seu médico!




Renata Bonaccorso Lamego - médica formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, onde realizou a sua Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. É ainda especialista, pela instituição, em Ginecologia e Obstetrícia e em Medicina Fetal, e em Patologia do Trato Genital Inferior. Contato: bonamego@gmail.com


Posts mais acessados