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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A revolução que mudaria o mundo criou uma pilha de cadáveres



Um século. Mais de 100 milhões de mortos pelo mundo afora em nome da Revolução que prometia mudar a face da Terra. Purgas sangrentas no país de origem, a Rússia, efetivadas sem dó pelos herdeiros bolcheviques do antigo império dos czares. Esperança de libertação que, à semelhança da Revolução Francesa, passou a se espalhar pelo mundo como estrela de esperança, mas que terminou, após 70 anos de domínio totalitário sobre a sociedade, desabando como castelo de cartas. Não foi disparado um tiro no grande movimento insurrecional que em 1989 percorreu o império soviético, dando fim a um modelo de poder unipessoal que pretendeu se tornar eterno. O império bolchevique morreu de dentro para fora.

Uma das notas dessa revolução foi a determinação inabalável dos seus líderes, notadamente de Lenin. "Temos diante de nós", frisava o líder dos bolcheviques em dezembro de 1900, no primeiro número do panfleto Faísca, "a força inimiga em toda a sua plenitude, atacando e eliminando os nossos melhores elementos. Nós devemos tomar este poder e nós o tomaremos". Foi exatamente o que aconteceu 17 anos depois.

Para Alexis de Tocqueville, a Revolução Francesa ficou marcada na memória da humanidade porque se apresentou como uma "revolução religiosa" que prometia mudar a natureza humana. Se tivesse assistido à Revolução de Outubro de 1917, Tocqueville aplicaria a esta as mesmas palavras com que se referiu ao caráter salvífico da Revolução Francesa. Ambas, afinal de contas, eram filhas da Religião Civil rousseauniana.

O império czarista, ao longo dos três séculos de duração da dinastia Románov, se revelou como uma grande máquina expansionista. Simon Sebag Montefiore, em Os Románov - 1613-1918, escreve: "Era difícil ser czar. A Rússia não é um país fácil de governar. Vinte soberanos da dinastia dos Romanov reinaram por 304 anos, de 1613 até a derrubada do regime czarista pela Revolução de 1917.

 Sua ascensão começou no reinado de Ivan, o Terrível, e terminou na época de Rasputin. (...). Estima-se que o Império Russo aumentou cerca de 140 quilômetros por dia depois que os Románov chegaram ao trono, em 1613, ou mais de 520 mil quilômetros quadrados por ano. No final do século 19, eles governavam um sexto da superfície da Terra - e continuavam em expansão. A construção de impérios estava no sangue dos Románov".

A Rússia, como lembrou Antônio Paim em A querela do estatismo, recebeu uma dupla herança do denominado "despotismo asiático": a proveniente de Bizâncio e a decorrente da dominação mongólica. Disso resulta uma circunstância que em geral se perde de vista: a concentração do poder total em mãos da burocracia czarista.

Os bolcheviques derrubaram o czarismo e o substituíram por um regime totalitário. Implantaram a "ditadura do proletariado", a fim de estabelecer o regime que redimiria todos das injustiças: o comunismo. Mas o que de fato ocorreu foi a implantação, pelos revolucionários sob a liderança de Lenin e Trotski, da ditadura do aparelho revolucionário sobre os proletários russos e sobre o resto da antiga sociedade czarista. Esse primeiro passo foi reforçado pela longa e sanguinolenta ditadura stalinista.

Marx não acreditava na implantação do socialismo pela via democrática das eleições e dos partidos ligados aos sindicatos. Enquanto na Alemanha e nos demais países da Europa apareciam formas variadas de social-democracia (e a maior contribuição nesse terreno foi dada, na Alemanha, por Edward Bernstein), firmava-se na União Soviética uma forma de totalitarismo e se consolidava, como frisou Milovan Djilas (citado também por Paim em Marxismo e descendência), o domínio totalitário de uma "nova classe", a dos burocratas do Partido Comunista ao redor dos seus líderes.

Lenin elaborou a proposta de passagem do autocratismo russo para o totalitarismo comunista. Stalin consolidou essa passagem, mediante a utilização da máquina do Estado para exterminar qualquer oposição e para converter a indústria russa numa espetacular máquina de guerra. O trabalho preliminar de Lenin consistiu em aplainar o caminho para a pregação do marxismo ao povo russo, traduzindo os conceitos complexos do hegelianismo em fórmulas práticas.

 O pai de Lenin tinha sido professor primário e conselheiro do czar para assuntos ligados aos camponeses. Quando saiu da longa prisão a que o governo czarista o condenou em Samara, Lenin assumiu as funções de pedagogo da revolução.

A doença da Revolução de 1917, como das demais revoluções comunistas do século 20, consistiu no primado do bem particular da Nomenklatura sobre o resto. Lenin deixou claro o tipo de república almejada pela Revolução, quando fixou duas coisas: em primeiro lugar, indicando qual seria o ideal institucional, definindo-o como "um poder não controlado por leis"; e, depois, ao descrever qual seria o processo revolucionário acalentado por ele, ao frisar que "uma revolução sem pelotão de fuzilamento de nada vale". Essas foram as duas colunas institucionais, nitidamente despóticas, que sustentaram a Revolução de Outubro.





Ricardo Vélez Rodríguez - docente da Universidade Positivo e da Facultade Arthur Thomas (Londrina).





Impacto da agenda fiscal na rotina tributária das empresas



2018 se aproxima e com ele uma ‘montanha’ de obrigações fiscais, o que tira o sono de muita gente, isso porque o excesso de burocracia faz com que o planejamento tributário das empresas demande um tempo além do esperado, tanto em relação à análise quanto ao monitoramento e acompanhamento operacional. É importante lembrar que, independente do porte da empresa, o cruzamento de informações que o Fisco faz está cada vez mais detalhado e, principalmente, rigoroso.

De acordo com estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), até o último dia útil de setembro de 2017 foram editadas quase 5,7 milhões de normas tributárias que regem a vida dos brasileiros, com uma média de 798 por dia útil, ou seja, 1,92 por hora. Desde a Constituição Federal (1988) foram criadas 16 emendas constitucionais, além dos inúmeros tributos, como: CPMF, COFINS, CIDES, CIP, CSLL, PIS Importação, COFINS Importação e ISS Importação. Outro fator que agrava a complexidade é que dessas normas, apenas 4,13% não sofreram alterações. 

Neste contexto, a pergunta que fica é: como acompanhar este nível de detalhamento para evitar multas? Quando o assunto é o Fisco todo cuidado é pouco, lembre-se que não é apenas o seu emprego que está em jogo, mas também a carreira de grande parte das pessoas que convive pelo menos 40 horas semanais ao seu lado.

            Grandes desafios pedem soluções ágeis e a sistematização faz com que as obrigações fiscais possam ser entregues com velocidade e segurança. Para que nada passe despercebido, não basta simplesmente entregar arquivos à Receita Federal Brasileira, as informações devem estar em compliance, pois qualquer equívoco pode resultar em penalidades gravíssimas.

            Contar com uma agenda fiscal voltada para a proatividade na geração das obrigações e totalmente integrada ao ERP é o segredo para as organizações que buscam alavancar resultados na rotina tributária. Neste sentido, o especialista contábil/fiscal passa a ser o protagonista das oportunidades lucrativas proporcionadas ao negócio. Quando o sistema é flexível na parametrização de vencimentos e períodos de apuração, os resultados refletem diretamente no aumento da confiabilidade, produtividade e qualidade, além do foco na atividade operacional e precisão das entregas.







Diogo Coimbra de Brito - gerente do Suporte e Evolução da Solução Fiscal GUEPARDO da FH. É mestrando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial na UTFPR, possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV e é Analista de Sistemas pela PUC-PR e UNISUL, conta com as certificações: PCC Professional Coach Certification, DiSC®, E2E100 Root Cause Analysis Expert, C_PXSUP_90 Support Consultant for Incident Management, CSM Certified Scrum Master, Six Sigma White Belt e Six Sigma Red Belt.

FH





Professor de finanças dá 5 dicas financeiras para começar bem 2018



Para começar o ano fora do vermelho, é importante se planejar


Com a chega do fim do ano, vêm também as promessas de mudança, a renovação dos desejos para 2018 e os planos para transformar as diversas áreas da vida. E para que isso seja realmente possível, é importante traçar estratégias, principalmente financeiras. Por essa razão, o professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, Aleksander Kuivyogi Avalca, listou cinco dicas que podem ajudar a começar o ano de forma mais organizada. 


1. Cautela com festas e férias

Quando chega final de ano, as datas comemorativas como Natal e Ano Novo, fazem com que as pessoas aumentem seus gastos, sem ter um planejamento detalhado. Pelo fato de passarem por um ano complicado, acabam comprando muitos presente, muita comida, reservas de lugares legais para passar as férias etc, querendo curtir e relaxar. Mas esses gastos normalmente são exagerados e o orçamento, muitas vezes, não está preparado para isso. Por essa razão, é importante fazer um planejamento de quanto se tem e quando se pode efetivamente gastar nessa ocasião.


2. Dinheiro de férias e 13º 

Pra quem está endividado, com o cartão de credito estourado ou em cheque especial, é interessante utilizar esse valor para quitar as despesas maiores. Mas deve haver muito cuidado para que isso não vire uma bola de neve. Isso não deve ser padrão, pois esse dinheiro deve ser usado para aproveitar as férias. Porém, se você está endividado, quite todo o valor e se planeje melhor para o próximo ano.


3. Promessas de virada de ano

Para muitas pessoas, a virada de um ano é um novo ciclo. Pensando em renovação, é importante a mentalidade e a inteligência financeira, ou seja, saber como usar melhor dinheiro.  Adaptar a vida com a nossa realidade e viver como puder e não como quiser. É necessário se preparar para a vida que se quer ter, por meio de reserva e investimentos, buscando estudar sobre finanças pessoais. A promessa para o novo ano deve ser: se comprometer a colocar como meta de 2018 trabalhar a mentalidade financeira.


4. Ano de eleição 

Em um ano de eleição, o país sofre várias alterações. Esse momento pode afetar os juros, inflação, o crescimento do país etc. Por isso, é preciso estar preparado. Fazer uma reserva financeira é um ótimo plano para evitar ser pego desprevenido. Fazer investimentos, de forma que o dinheiro “trabalhe para você”, também é um passo importante. Isso serve para qualquer tipo de pessoa. Tanto as que sabem muito sobre assuntos financeiros, quanto as que não sabem nada.

É importante lembrar que investimento não é poupança. Poupança é reserva. Investimento pressupõe CDB's, LCI, tesouro direto ou fundos de investimentos e ações.


5. Planejamento financeiro

O ponto mais importante para que a receita esteja alinhada com as despesas é fazer um planejamento financeiro. De acordo com Avalca, o ideal é fazer plano para os três meses seguintes. Colocar em uma planilha o quanto recebe, o quanto a família recebe (se for casado, quanto o marido ou a esposa ganha, se tem filhos que ajudam, quanto cada um ganha etc). Depois disso, listar todas as despesas: aluguel, prestação, seguro, condomínio, presentes de datas comemorativas, carnaval, férias. Se ao final do planejamento o saldo estiver negativo, é necessário voltar nas despesas e começar a fazer cortes. Dessa forma, é possível fazer ajustes para que nos próximos três meses não haja prejuízo.





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