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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

É ÉPOCA DE ESCARLATINA! SAIBA COMO PROTEGER SEUS PEQUENOS



A escarlatina é uma doença comum nesta época, e acomete principalmente crianças em idade escolar, com maior frequência em meninos. É causada por uma bactéria chamada Estreptococo beta hemolítico do grupo A, ou Streptococcus pyogenes. Essa bactéria provoca também outras doenças, como faringite e infecções de pele.

A transmissão é através de saliva e secreção nasal, através de tosse e espirros, diretamente no ar ou através de objetos contaminados. A bactéria pode ser proveniente de pessoas que estejam ou não doentes (portadores). O aparecimento da escarlatina é causado não diretamente pela bactéria, mas por uma toxina que ela produz. O período de incubação, geralmente, é rápido, em torno de 1 a 2 dias, mas a doença pode se manifestar em até 10 dias após o contato.

Ela começa como uma faringoamigdalite, com febre alta e dor de garganta. A criança desenvolve sintomas gerais como mal-estar, inapetência, dores musculares, cefaleia e náuseas, podendo chegar a vomitar. Em seguida, aparecem manchas vermelhas no pescoço e tronco, que se espalham para o corpo todo, poupando apenas palma das mãos e planta dos pés. A pele fica áspera (“grosseira”), e pode ou não haver prurido. A língua fica bastante avermelhada e com as papilas inchadas, dando o aspecto chamado de “língua em framboesa”.

O diagnóstico, em geral, é clínico, através da história e do exame físico no paciente. Pode ser feita uma pesquisa rápida para o Estreptococo, através de um swab passado na orofaringe. A cultura de secreção da orofaringe também confirma a infecção, mas é pouco utilizada, pois o resultado é mais demorado.

O tratamento é feito com antibiótico, em geral, à base de penicilina. A resposta costuma ser muito boa e rápida, mas a vermelhidão pode demorar de 2 a 3 semanas para desaparecer completamente, e pode ser seguida por uma descamação da pele. O paciente deve ficar em repouso até a cura, e ingerir bastante líquido.

Quando não tratado, pode ocorrer complicações graves como a febre reumática e glomerulonefrite. A única prevenção é evitar contato com pessoas doentes, não existe vacina. Na suspeita da doença, é importante procurar atendimento médico o quanto antes.






Dr. Carlo Crivellaro - Pediatra com Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria; e Membro da Highway to Health International Healthcare Community




10 dicas para incentivar a leitura em casa




“O incentivo ao hábito da leitura é o desafio do século”. Quem afirma é a prof.ª Dr. Elaine Silva, que ministra a disciplina “Leitura e Letramento” no Ensino Médio, no Colégio Mary Ward, em São Paulo. Acostumada a fomentar o contato com as letras entre os alunos, ela dá dicas práticas para os pais que querem fazer do lar um ambiente propício para a prática:

·         Torne o livro acessível: não adianta ter vários títulos infantis e mantê-los da parte alta da estante. A criança deve ter fácil acesso aos materiais de leitura.

·         O contato com os livros deve acontecer antes mesmo da alfabetização: é importante ler para criança e demonstrar que a atividade é prazerosa e faz parte da rotina da casa.

·         Dê o exemplo: pais que lêem fazem do hábito da leitura uma tendência natural para a criança. 

·         Converse sobre o que você lê: alguns pais se preocupam com os temas que lêem e chegam até a esconder os livros das crianças. É importante manter um diálogo sobre a leitura demonstrando, mais uma vez, que a leitura é uma fonte de diversão, inclusive, para os pais.

·         Fique atento às preferências de seu filho: animais, histórias fantásticas, castelos, batalhas medievais. Observe os temas preferidos da criança e adquira livros que estejam inseridos nesses contextos.

·         Comece por filmes inspirados em livros: assistir filmes baseados em livros, discutir sobre eles e, dependendo do entusiasmo da criança, comprar o livro que inspirou a história é uma boa dica para que não se perca o interesse.

·         Viagens podem ajudar: buscar periódicos e livros sobre o destino pode ser uma maneira de estimular a leitura e a curiosidade.

·         Invista em gibis: estas publicações são consideradas uma porta de entrada importante para os pequenos leitores. A união entre imagens e escrita facilita a compreensão nos primeiros contatos com esse universo. Atualmente, as editoras têm adaptado grandes clássicos da literatura para este formato.

·         Invista nas notícias: se possível, sempre tenha jornais e revistas acessíveis a todos os moradores da casa. De maneira geral, os alunos com um melhor texto são aqueles que “consomem” notícias.

·         Não tenha medo da tecnologia: os sites com livros em domínio público e a popularização dos e-readers podem ser aliados dos novos leitores. Vale a pena deixar o preconceito de lado e dar uma chance para a leitura na tela.






Por que as crianças não devem ficar sentadas na escola o dia inteiro?




A implementação de pausas para atividade física na sala de aula pode melhorar o comportamento na sala de aula



“Sentados”, este é um mantra das salas de aula...

Mas isso está mudando à medida que as evidências mostram que fazer breves intervalos de atividade, durante o dia, ajuda as crianças a aprender e a serem mais atentas na sala de aula.

“Precisamos reconhecer que as crianças ‘são movimento’. Nas escolas, às vezes, agimos contra a natureza humana, pedindo-lhes para ficar quietas e sentadas o tempo todo. Caímos na armadilha de pensar que se as crianças estão em suas mesas, com suas cabeças para baixo, silenciosas e escrevendo, estão aprendendo. Mas o que descobrimos é que o tempo ativo usado para energizar o cérebro torna os momentos de aprendizagem ainda melhores”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Um relatório de 2013 do Instituto de Medicina concluiu que as crianças que são mais ativas "demonstram maior atenção, têm velocidade de processamento cognitivo mais rápido e melhor desempenho em testes acadêmicos padronizados do que crianças que são menos ativas". E um estudo, publicado em janeiro, pela Universidade de Lund, na Suécia, mostra que os alunos, especialmente os rapazes, que faziam educação física diariamente tinham melhores resultados na escola.

“A atividade física diária é uma oportunidade para a escola média se tornar uma escola de alto desempenho. A atividade ajuda o cérebro de muitas maneiras: estimula mais vasos sanguíneos no cérebro para suportar mais células cerebrais. E há evidências de que crianças ativas se saem melhor em testes padronizados e prestam mais atenção na escola”, destaca o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

O movimento ativa todas as células cerebrais que as crianças estão usando para aprender, acorda o cérebro. Além disso, faz com que as crianças queiram ir mais à escola - é divertido fazer essas atividades. Mas, mesmo diante das evidências científicas, as escolas ainda apostam a maior parte do tempo nas atividades acadêmicas. É raro encontrar escolas que ofereçam aulas diárias de educação física.

Menos tempo na cadeira

“As crianças, assim como os adultos, não devem ficar sentadas o dia todo, recebendo informações”, observa o médico.

Nos EUA, a  National Association of Physical Literacy produziu uma série de vídeos de três a cinco minutos chamados "BrainErgizers" que estão sendo usados ​​em escolas em 15 estados americanos, no Canadá, no México, na Irlanda e na Austrália. Uma versão do programa está disponível para as escolas sem nenhum custo.

O programa é projetado para que de três a cinco vezes por dia, os professores possam reservar alguns minutos para que os alunos assistam a um vídeo e sigam as dicas dadas pelos instrutores. Em um vídeo típico, os instrutores são estudantes da Universidade de Connecticut que fazem um aquecimento rápido e depois propõem que as crianças participem de um mini-treino envolvendo movimentos de vários esportes: beisebol, basquete e um triatlo.

“Ao final de uma semana, as crianças têm uma hora ou mais de movimento. E tudo é feito na sala de aula sem equipamentos especiais. A proposta não é substituir as aulas de educação física, o objetivo é oferecer às crianças mais minutos de movimento por semana. A introdução dos vídeos dá às crianças uma chance de experimentar esportes que elas nunca tenham experimentado antes. Esta é uma geração digital que espera se divertir, e a proposta desse movimento é usar a tecnologia para que as crianças se movam mais e se mantenham entretidas”, explica Moises Chencinski.


Mais que aulas de educação física

Nas aulas de educação física, muitas vezes, as crianças se movem por cerca de 15 minutos, durante um período de 50 minutos. Se acrescentarmos essa atividade na sala de aula, algumas vezes por dia, isso pode render pelo menos 60 minutos a mais de movimento por semana.

Já em 1961, o presidente Kennedy defendia que as crianças precisavam de atividade física nas escolas para se desenvolver. Michelle Obama tinha a mesma intenção ao criar o movimento “Let’s Move – Active Schools”.

“Precisamos conhecer essas novas experiências, pois, nos últimos 20 anos, as escolas estão cedendo apenas à pressão acadêmica. Não estamos pensando em como a atividade física pode ajudar as crianças a lidarem com o estresse para beneficiá-los na sala de aula”, defende o médico.






Moises Chencinski





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