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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Quais empregos os brasileiros estão pedindo de Natal?



Palavras relacionadas ao comércio e ao turismo têm um crescimento de 40%, em comparação aos últimos três meses de 2016


O Indeed, maior ferramenta online de buscas de empregos no mundo, levantou as palavras chaves mais buscadas na plataforma nos últimos três meses no Brasil. Entre as palavras mais digitadas estão: loja, aeroporto e hotel. Juntas, em média, elas tiveram um crescimento combinado de 40%, entre 2016 e 2017.

O processo de reaquecimento da economia brasileira aliado ao crescimento de vendas impulsionadas pelo Natal e ao período de férias refletiram no aumento da busca por essas vagas.  Segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), as vendas de Natal deste ano devem ter alta de 7% frente ao mesmo período do ano anterior. Já a Associação Brasileira de Agência de Viagens (ABAV) prevê que mais de 60% dos turistas brasileiros devem viajar para destinos no País no fim do ano. 

“As pessoas estão aproveitando as movimentações dessa época. Para muitos, um trabalho temporário, por exemplo, pode ser a oportunidade para uma posição efetiva”, explica Chris McDonald, vice-presidente de Vendas do Brasil e Ásia Pacífico. “Os tipos de vagas que os candidatos estão procurando nos contam muito não só sobre o mundo do trabalho, mas também sobre tendências sociais”, conclui.


Áreas tradicionais continuam em alta

O Indeed revelou também que as palavras direito, banco e TI também estão entre as mais buscadas na plataforma. Essas áreas administrativa, legal e tecnologia são mais tradicionais e inspiram interesse em grande parte da população. Juntas, somaram em média 22% de aumento nas buscas. As possibilidades de vagas são variadas dentro desse escopo.


Primeiro emprego

O levantamento feito pelo Indeed mostra também que aumentaram as buscas pelas palavras “primeiro emprego” (em 16%) e “estágio” (em 12%) na plataforma no Brasil. Segundo Chris McDonald, encontrar o primeiro emprego não é uma tarefa fácil. Muitas empresas exigem algum grau de experiência e deixam de levar em conta outros pontos positivos ao abrirem as portas aos jovens que estão procurando pela primeira oportunidade. 

“Menores custos com salários não são os únicos pontos positivos para os empregadores. Há outras razões para uma empresa considerar uma estratégia de contratação que inclua recrutar candidatos ingressando no mercado de trabalho, como o entusiasmo e a ambição de quem está começando, além da facilidade de adaptação, a sede pelo conhecimento e o domínio de tecnologias, já que os jovens são nativos digitais”, explica. “Outra vantagem é que as organizações podem treinar os novos funcionários para aprender sua cultura, seus métodos e melhores práticas, sem o risco de serem atrapalhados por antigos hábitos”, conclui.


Home office é uma tendência global

O trabalho remoto (home office) está entre as maiores tendências na busca de emprego de diversos países, como EUA, França, Índia e Austrália. As palavras “trabalho remoto” e “flexibilidade” estão entre as mais buscadas de acordo com a pesquisa global do Indeed.

Os avanços rápidos na tecnologia levaram muitas empresas a adotarem abordagens mais flexíveis para o trabalho remoto. Os trabalhadores, principalmente os millennials, estão valorizando cada vez mais uma melhor qualidade de vida. 

No Brasil, os termos que remetem ao trabalho remoto não estão entre os mais buscados. Isso se deve ao fato de que no País a atividade não era regulamentada, portanto, muitas empresas não adotavam a prática. A partir da nova legislação trabalhista, que passou a vigorar em 11 de novembro de 2017, porém, a flexibilidade do ambiente de trabalho deve passar de um desejo de muitos brasileiros para uma realidade, já que alguns artigos que alteram o texto da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) formalizam e estruturam a disciplina do teletrabalho. Segundo estudo da SAP Consultoria, com a reforma, a previsão é que o trabalho remoto cresça em torno de 15% ao ano.




Indeed 






Metas de Ano Novo!



Psicóloga Lizandra Arita aponta como trabalhar o psicológico para realizar as promessas do novo ciclo

Entre as sugestões, uma prática para induzir o subconsciente a concretizar ações positivas


A euforia das pessoas costuma emergir no fim do ano devido ao desejo de começar rapidamente um novo ciclo com as energias renovadas. Todavia, muitas promessas não são cumpridas e os tais anseios são novamente deixados para depois.

Segundo a psicóloga Lizandra Arita, ter convicção daquilo que deseja é o primeiro passo para realizar o que foi prometido. “Temos que ter em mente um prazo em que cada tarefa leva para ser concluída. Desse modo, é necessário estabelecer metas. Além disso, é muito importante listar o que vai ser feito nesta ação. O resultado será diretamente proporcional às ações traçadas.”, reforçou a terapeuta. 

De acordo com Lizandra, nada é concluído de um dia para o outro. O exercício de colocar em prática conta com um preparo que ajudará a chegar a um resultado positivo com mais facilidade. “É recomendável escrever todos os desejos em um pedaço de papel e ler, durante 21 dias, na parte da manhã e da noite. Deste modo, o subconsciente começará trabalhar o sentido de criar um forte desejo para a concretização das ações.”, ressalta a psicoterapeuta.

O ano novo pode trazer novas energias, porém, cada um é responsável em fazer as coisas acontecerem. “É necessário que as pessoas coloquem na cabeça que o sucesso não é algo oportuno e, mesmo as coisas importunas têm seu valor. Imaginar as ações como se a meta já tivesse sido alcançada é ótimo, já que a imaginação é uma propriedade realizadora que todos têm dentro de si. Com ela temos força de vontade para continuar.”, conclui Lizandra. 





Lizandra Arita - Especializada em Programação Neurolinguística, Hipnose e Auto-Hipnose, Rebirthing (método de respiração consciente), Psicodinâmicas e Gerenciamento de Emoções e Conflitos.  Atua, em tratamentos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, fobias, pânico e Transtornos Obsessivos Compulsivos (TOC). Graduada pela Universidade Bandeirantes de São Paulo, a psicoterapeuta Lizandra Arita tem experiência em Psicologia Clínica e Institucional pelo Hospital Vera Cruz.





Com Inovação Agnóstica, Brasil tem tudo para voltar a crescer em 2018




“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”. A recomendação do escritor russo Leon Tolstoi serve bem ao ecossistema empreendedor brasileiro. O ranço colonial acumulado durante cinco séculos ainda coloca nosso mercado na eterna condição de país emergente.

Em outras palavras, criamos pouco valor agregado dentro de casa e vamos buscar lá fora a satisfação de nossos sonhos de consumo, o que traz a implacável consequência de ficarmos para trás em uma economia cada vez mais global e pautada pela chamada transformação digital.

Este status verde-amarelo tem muitas raízes, mas a mais profunda é a dificuldade que temos de olhar para nosso quintal e entender que o caminho promissor está em criar negócios de alto impacto identificando, antes de mais nada, oportunidades latentes em nosso próprio e enorme mercado. E elas são muitas, como irei relacionar mais adiante.

Com raras exceções, como no setor de tecnologias agropecuárias, a pesquisa científica continua sofrendo com a falta de incentivos e gera poucas patentes nacionais na comparação com outros países. Mais ainda, nosso setor de infraestrutura é atrasado e temos restrição de capital de longo prazo para construção de negócios disruptivos, o que, somado à crise, criou um cenário até aqui pouco favorável ao mercado de startups e de capital de risco.

Esta é a ladainha que temos escutado exaustivamente. Agora vamos à boa notícia. Ao que tudo indica, o País começa a vislumbrar a melhor “tempestade perfeita” para acelerar o crescimento econômico e atrair investimentos nos próximos anos.

Há poucos dias, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu suas previsões de crescimento do nosso PIB para 0,7% este ano e 1,5% para 2018, índices que são, respectivamente, 0,4% e 0,2% maiores que os divulgados em julho. A estimativa para 2017 é seguida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que projeta um avanço ainda maior de 1,9% para o próximo ano.

Vencidos então os desafios macroeconômicos, um fator será determinante para ultrapassarmos a condição de emergente e ocuparmos posição de destaque entre os países desenvolvidos: a inovação agnóstica, germinada a partir do atendimento a uma necessidade que pode estar em qualquer setor e não necessariamente, como muitos entendem, na indústria de tecnologia pura e digital.

Melhor colocando: não é na tecnologia em si que está a inovação, mas em como sua aplicação melhora a produtividade, a eficácia nos processos e os resultados financeiros. Entre muitas que pesquisei, abro parêntese para trazer a definição de inovação do Business Dictionary: “O processo de traduzir uma ideia ou invenção em um produto ou serviço que cria valor ou pelo qual os clientes irão pagar. Para ser chamada de inovação, uma ideia precisa ser replicável economicamente e deve satisfazer uma necessidade específica”. 

Parêntese fechado, somos um país que ainda precisa avançar na construção de uma cultura arraigada de inovação capaz de efetivamente gerar transformação e riqueza. A questão central, caso ainda não tenha ficado clara, é que o empreendedor brasileiro precisa urgentemente reconhecer quais são as vocações da economia brasileira para construir negócios disruptivos locais com potencial de crescer em nosso enorme quintal e depois avançar para novos mercados com as mesmas demandas.

Com toda franqueza, passou a hora de deixarmos de lado a tese de que para sermos inovadores temos que construir nosso Vale do Silício, como se o Brasil reunisse as mesmas condições da Califórnia para fomentar um ambiente empreendedor catalisado essencialmente pelas novas tecnologias.

Sim, claro, são as invenções que nascem em laboratórios de empresas como Amazon, Google, Apple, Tesla, Facebook, Baidu e outras gigantes da tecnologia que continuarão liderando as grandes transformações nas próximas décadas, como a Inteligência Artificial, a Internet das Coisas, a robótica, a nanotecnologia, a biotecnologia e outras que, combinadas, mudarão radicalmente nossos hábitos e nossas vidas.

Mas será que o Brasil precisa e deve seguir esta mesma cartilha? Não faz mais sentido pensarmos em negócios que efetivamente curem dores que temos aqui ao invés de copiar modelos que têm pouca aderência com nosso mercado?

Como investidor, tenho recebido muitos projetos à primeira vista fascinantes, mas que pecam ao não olhar para aldeia ao seu redor e focam em criar tecnologias mirabolantes, mas não soluções realmente inovadoras.

Todos querem ser o próximo Mark Zuckerberg, Jeff Bezos ou Elon Musk. Mas parecem se esquecer que as melhores oportunidades podem estar aqui, bem embaixo do nariz, e não exclusivamente na tecnologia de ponta, que encontra condições mais favoráveis em países desenvolvidos, com capital intelectual e financeiro disponíveis e investidores sem receio de arriscar alto na construção do futuro.

Convido o leitor a refletir sobre alguns setores com altas perspectivas de crescimento no Brasil nos próximos anos com a economia mais estabilizada, como varejo, infraestrutura, agronegócio, educação, saúde e finanças.


Varejo - Qual o potencial de desenvolvimento do varejo nos próximos anos no Brasil comparado ao mercado americano e outros mercados internacionais? Basta analisar quantas grandes cadeias varejistas presentes no País ainda sequer deram seus primeiros passos no varejo virtual, enquanto nos Estados Unidos o reflexo do crescimento e consolidação do comércio eletrônico pode ser visto na avalanche de fechamento de lojas físicas nos últimos anos. Nosso mercado varejista, por outro lado, ainda tem muito espaço para negócios omnichannel e até mesmo para modelos como os outlets, que no auge da nossa economia e com o real fortalecido, vale lembrar, atraíram milhares de brasileiros para fazer compras em Miami. 


Infraestrutura - Desde a década de 80, a infraestrutura vive uma escassez séria de investimentos no País, representando atualmente menos de 2,5% do PIB, índice inferior a países com o mesmo nível de renda. Há muito por fazer em áreas como transportes, saneamento básico, geração de energia e outras necessidades básicas. Pensar em modelos que possam acelerar o desenvolvimento de soluções para sanar estas ineficiências certamente fará brilhar os olhos dos investidores. Nos próximos anos, a Internet das Coisas, com certeza, irá acelerar a transformação deste mercado com o surgimento de cidades inteligentes. 


Agronegócio - Nossa vocação agrícola também oferece terrenos férteis para novos empreendimentos. Os recordes das safras dos últimos tempos, não custa recordar, foram a salvação da lavoura e evitaram um cenário econômico ainda mais catastrófico. O campo está passando por grandes transformações e a perspectiva para as próximas décadas é de consolidação do mercado de agritech, que já apresentou crescimento expressivo este ano, apesar da crise.


Educação - No setor de educação a tendência é que escolas e universidades ampliem seus recursos para cursos a distância, permitindo o acesso a estudantes que vivem em regiões remotas. O desenvolvimento de programas e aplicativos, a geração de conteúdo multimídia e de ferramentas que facilitem a jornada de aprendizado criarão oportunidades para o surgimento de negócios que continuarão dando espaço a novos modelos educacionais. 


Saúde - A falência do setor público e o alto custo dos planos de saúde (somente 23% da população tem acesso, segundo estudo da McKinsey & Company) fazem do Brasil um mercado muito oportuno para estruturar serviços que consigam atender as classes menos favorecidas com preços acessíveis. Aqui, a inovação não está nos aplicativos de agendamento de consultas, mas no modelo de atendimento de baixo custo. 


Finanças - O setor financeiro foi um dos mais impactados nos últimos anos no Brasil. 2017 foi o ano das fintechs, que encontraram no nosso mercado brasileiro condições especiais para se desenvolver, especialmente por conta da política de juros altos e da dificuldade, ou “falta de vontade”, dos bancos de conceder créditos a taxas menos escorchantes.

Entre 130 economias analisadas, o Brasil segue estacionado na 69a posição no Índice Global de Inovação elaborado pela Universidade de Cornell, atrás de países como Sérvia, Panamá, Colômbia, Uruguai e Georgia. A hora de subir no ranking é esta. Se soubermos aproveitar a nova onda de otimismo econômico e identificar onde estão as melhores oportunidades para empreender e investir, o Brasil poderá deixar para trás os anos de crise, depressão e atraso.

Não só para o mercado, mas também para o Governo, será um excelente negócio, como bem mostrou o estudo da Anjos do Brasil feito em parceria com a Grant Thornton, que concluiu que a cada R$ 1 investido em startups o retorno em 5 anos é de pelo menos R$ 5,84 injetados na economia.

E então? Vamos juntos cuidar da nossa Aldeia?





Renato Ramalho - Sócio da A5 Capital Partners, gestora de investimentos estruturados que aporta capital, desenvolve e faz gestão de negócios em setores diversos, mas que tenham a inovação e a tecnologia como sua “coluna vertebral”.




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