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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A violência contra a mulher - homens, mulheres, adolescentes, o que toda a sociedade deve saber?



Advogada Giselle Farinhas comenta as várias formas de violência contra a mulher
 
A violência contra mulher é um assunto antigo, mas ainda precisa muito ser esclarecido. Os altos índices apontam e o dia a dia forense, com a notória repetição dos casos, evidencia o quanto a violência contra a mulher ainda é um assunto que deve ser pauta obrigatória em debates promotores da conscientização pública. 

Giselle explica a relevância de seu texto, “Esse texto é importante tanto para a mulher quanto para o homem para que este identifique os limites de suas atitudes para com a mulher e se conscientize de forma a controlar a exteriorização de atos considerados violentos, sob pena de responder criminalmente e civilmente a depender do caso concreto”.

Costumo a dizer, em minhas palestras, que "mais importante do que conhecer um direito é exigi-lo." Não adiantam leis protetoras que tutelem a integridade física, psicológica, moral e econômica da mulher se a própria titular desse direito não exigir o seu cumprimento e efetividade quando estes forem violados. 

O que se acompanha é um constante desencorajamento das mulheres em exigir o seu direito a "não ser violentada". Mas todos nós não somos contra a violência? Ou será que a violência só acontece no assalto, assassinato ou corrupção? Independente da natureza, precisamos saber e nos conscientizar que VIOLÊNCIA SEJA A QUAL TÍTULO FOR DEVE SER RECHAÇADA! 

A Constituição brasileira estabelece como direito fundamental o direito de que todos são iguais perante a lei. Logo, isso vale tanto para a mulher quanto para o homem. Sem dúvidas, o que se verifica é uma necessidade de correção acerca de uma construção cultural errônea, eminentemente machista, no qual o homem não pode ser contestado e à mulher cabe aceitar suas determinações.

 Assim, há um detrimento da vontade mulher em função do homem e uma concepção de si como inferior e incapaz de se posicionar na sociedade. E esse desencorajamento se reflete na qualidade dos relacionamentos construídos, no emprego almejado e até na economia do país. Essa cultura é tão enraizada que justifica a razão pela qual ainda muito se discute sobre o tema violência contra a mulher e não a violência contra o homem. Cuida-se, sem dúvida, de uma missão mundial. 

“A violência contra a mulher engloba atos atentatórios a dignidade da mulher, por isso inclui a agressão física, psicológica e econômica”, comenta a advogada.

A agressão psicológica e moral que são marcadas pelo xingamento, pelo uso de palavras depreciativas que inferiorizam a mulher se verificam, na maioria dos casos, como o primeiro passo para uma agressão física posterior, por isso, não devem ser ignoradas, sejam elas dentro de um relacionamento familiar, amoroso ou de trabalho. Há que se notar, no entanto, que não é qualquer desacordo ou discussão acalorada que consiste em agressão psicológica e moral, mas sim aquela que for abusiva, ou seja, aquela que, seja pontual ou habitual, atinge a dignidade, saúde mental e reputação da mulher. 

A violência contra a mulher também pode ter caráter patrimonial e econômica.
Nessa última, sob o uso de desculpas e chantagens emocionais, o parceiro leva a vítima a dispender de seu próprio patrimônio em prol dos desejos daquele ou filhos unilaterais. Apesar da família e amigos próximos buscarem alertar a vítima, por já observarem a dita violência, muitas vezes essa é ignorada perante todo o cenário de chantagem psicológica e dependência emocional criada pelo agente causador do dano. A justiça tem classificado tais casos como de “estelionato sentimental”. São casos, como dito, nos quais pessoas são levadas a dilapidarem o seu patrimônio em prol do parceiro que após conseguir o seu intento acaba por deixar a vítima à míngua, literalmente. Em tais casos, com prova robusta acerca do ocorrido, a mulher tem o direito a buscar na justiça o seu ressarcimento. Contudo, há casos tão bem planejados, que a vítima acaba fazendo depósitos em contas de terceiros, transacionando com dinheiro em espécie e isso tudo acaba dificultando o restabelecimento de sua situação. 






Dra. Giselle Farinhas - Advogada 






Dia Nacional de Combate ao Aedes mobiliza o país nesta sexta-feira



Representantes do Governo Federal participam das ações nas capitais do país na última sexta-feira, no Dia Sem Mosquito. As ações fazem parte da campanha “Combate ao Mosquito 2017”, criada pela agência brasiliense Fields 360 e que circula em todo o país desde 24 de novembro. A ideia da campanha é conscientizar a população sobre os riscos das doenças transmitidas e o sofrimento que elas podem trazer.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, estará presente nas ações em Teresina (PI), na sexta-feira, e Campina Grande (PB) no sábado. Serão feitas visitas domiciliares, mutirões de limpeza, distribuição de material educativo, entre outras atividades. Estas atividades serão repetidas em todas as sextas-feiras do mês de dezembro, como parte do Dia Sem Mosquito.

Em outros estados também ocorrem ações, que serão comandadas por ministros de Estado e outros representantes dos ministérios, além de autoridades dos governos locais, agentes de saúde e toda a população. O objetivo é reforçar a conscientização sobre importância de eliminar os focos do mosquito, especialmente antes da chegada do verão, período mais favorável à proliferação do mosquito.

Ricardo Barros destaca a importância desta ação. “O enfrentamento ao mosquito é prioridade do Governo Federal, por isso definimos um dia para essa grande mobilização, que é a Sexta Sem Mosquito. Isso demonstra o empenho e preocupação no combate ao Aedes para que possamos evitar todas as doenças causadas por ele”, declarou o ministro da Saúde.


INFESTAÇÃO - O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, consolidado em 24 de novembro, aponta que 4.552 cidades de todo o país fizeram o levantamento, sendo que destes, 2.833 municípios estão com índices satisfatórios, ou seja, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. Estão em alerta 1.310 municípios, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 409 em risco, com mais de 4% das residências com infestação.

O Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.


CAMPANHA – Desde o dia 24 de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção da população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor e convoca a todos ao seu enfrentamento. A ideia foi desenvolvida pela agência Fields360, de Brasília. O objetivo é mostrar que o combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança. O material alerta: “Um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Faça sua parte e converse com seu vizinho”. A campanha é veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais.

As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de combate ao vetor.

Para isso, o Ministério da Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram 83% nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010 para R$ 1,7 bilhão, em 2016. Para 2017, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde aos estados chegue a R$ 1,93 bilhão.

 Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de 2015 foram repassados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias, além de destinar mais R$ 395,3 milhões para o eixo de assistência à saúde.


DENGUE – Até 18 de novembro de 2017, foram notificados 241.218 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 84% em relação ao mesmo período de 2016 (1.465.847). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa, passando de 695 óbitos, em 2016, para 125 em 2017.


CHIKUNGUNYA – Até 18 de novembro, foram registrados 184.525 casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 272.805 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de 132,4 casos/100 mil/hab. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 152 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 213 mortes confirmadas.


ZIKA – Foram registrados 16.927 casos prováveis de zika em todo país, até 18 de novembro, uma redução de 92% em relação a 2016 (214.418). A taxa de incidência passou de 104,0 em 2016 para 8,2 neste ano. Em relação às gestantes, foram registrados 2.205 casos prováveis, sendo 910 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.







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