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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Lacres de latinha realmente se transformam em cadeiras de roda?



Mito ou realidade?




Há muito tempo a s pessoas se perguntam se é mito ou realidade que os lacres das latas de alumínio podem ser transformados em cadeiras de roda. Quem nunca viu pessoas juntarem centenas desses anéis, e depois não saber o que fazer com os mesmos?

No dia 03 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o Instituto Entre Rodas lançou a campanha #NÃOÉMITO.

#NÃOÉMITO que os lacres são trocados por cadeira de rodas. A campanha quer mostrar como essa transformação é possível e construir a cadeia produtiva de todo o processo. Desde o momento em que as pessoas entregam os lacres que acumularam até o dia em que a criança com deficiência física recebe sua cadeira de rodas, que foi fabricada a partir das medidas do seu corpo e na cor que escolheu.

Muitas pessoas guardam lacres sem ter ideia de onde fazer a doação, ou simplesmente não guardam por acreditar que seja mito.

Os lacres são comprados por empresas metalúrgicas, que reaproveitam esse alumínio. O dinheiro arrecadado com esta venda é utilizado pelo Instituto Entre Rodas para a compra de cadeiras especiais adaptadas para o público infantil. No Brasil, mais de 120.000 crianças precisam de uma cadeira de rodas para se locomover.

Para participar da campanha, basta juntar os lacres, também conhecidos como anéis. Não importa a quantidade – cada lacre é importante para devolver para uma criança a possibilidade de se locomover com segurança.


Para a entrega dos lacres:

- São Paulo – de 10 a 17 de dezembro – Avenida Paulista 1313. De segunda a domingo, das 09h às 17h

- São Paulo – Kombosa Seletiva – Rua Teixeira Leite 140 – Glicério. De segunda a sexta-feira, das 08h às 15h

- São Caetano do Sul – loja Leroy Merlin – Avenida do Estado 1750

- São Bernardo do Campo – loja Leroy Merlin – Rua Fuad Mussa Cheid 190
Demais cidades – lista será disponibilizada no site www.entrerodas.org


Essa é uma campanha que foi pensada para transformar vidas, das crianças com deficiência, das famílias, da sociedade e do meio ambiente.

O objetivo da ONG é dar às crianças autonomia para explorar o mundo ao seu redor, facilitar o acesso das crianças a uma vida ativa e normal para sua idade. 

É importante que as cadeiras sejam de tamanho e peso adequado para a idade e estatura de cada criança, facilitando o manuseio. A utilização frequente de cadeiras fora das especificações indicadas por crianças pode ter consequências sérias, inclusive novos problemas físicos e desestímulo pela dificuldade de manuseio.

Entre as graves consequências da falta de cadeira de rodas para crianças com deficiência de locomoção está a evasão escolar.

Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, a fila de espera por uma cadeira de rodas é um dos maiores problemas enfrentados hoje pelo brasileiro com deficiência. Cerca de 2 milhões de pessoas precisam de um equipamento para se locomover no país, mas apenas 10% conseguem ter acesso aos equipamentos fornecidos pelo SUS - Sistema Único de Saúde. A média de espera é de 2 a 5 anos.





Sobre o Instituto Entre Rodas
O Instituto Entre Rodas transforma vidas contribui com o protagonismo e empoderamento de mulheres e desenvolve ações que preservam os direitos das crianças e adolescentes com deficiência.
Em seu DNA estão os artigos 6º e 7º da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que reconhece que as mulheres e meninas com deficiência estão sujeitas a múltiplas formas de discriminação e, portanto, devem ser tomadas medidas para garantir o pleno e igual exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais. Também busca assegurar às crianças com deficiência o pleno exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, em igualdade de oportunidades com as demais crianças.
Além disso o Instituto, enquanto agente de transformação da sociedade civil, ampliou o olhar e tem em suas bases os três Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Apoiando, assim, o cumprimento da agenda 2030 proposta pela ONU e da qual o Brasil é signatário. Os ODS 4 (Educação de Qualidade), 5 (Igualdade de Gênero) e 11 (Cidades e comunidades sustentáveis) passam a integrar os projetos do Instituto, buscando a transversalidade dos direitos humanos.

Mais informações: contato@entrerodas.org ou 11 98300-5909








O papel das empresas no combate ao assédio



O envolvimento de celebridades em casos de assédio sexual praticados no ambiente de trabalho promoveu o destaque do tema nas grandes mídias e em âmbito mundial. A discussão só se tornou possível porque as vítimas enfrentaram seus medos e romperam o silêncio por meio de denúncias contra os assediadores famosos. No entanto, o assunto segue sendo um tabu na vida real das empresas brasileiras. Quando assediadas, muitas mulheres não denunciam por vergonha e/ou receio de que possam ser julgadas como responsáveis pelo assédio, o que sinaliza presença de forte sentimento de culpa. Mas definitivamente vergonhoso é atribuir qualquer culpa à vítima.

Na luta pela igualdade de gêneros, observamos que as empresas apresentam grandes preocupações com questões relativas à maternidade e amamentação, igualdade de gênero em seus quadros de funcionários e em cargos de liderança, paridade de renumeração e outras tantas questões de grande importância. 

Porém, não é incomum que evitem abordar questões como assédio moral e sexual de maneira proativa. Esses temas deveriam ser tratados com o mesmo grau de importância, apesar de poucas empresas incentivam e promovem medidas práticas que coíbam o assédio e que encorajem as mulheres a denunciar quando se sentem assediadas.

É preciso que as organizações ultrapassem a barreira das diretrizes teóricas e de ações básicas como mencionar a não concordância com estes atos em seus códigos de condutas e disponibilizar um canal de denúncias.

O assédio, além de ser uma forma de discriminação, afeta a produtividade por gerar tensões no ambiente de trabalho, provocar falta de foco, absenteísmo, desmotivação e medo de se expressar devido a condutas abusivas. Quando amparadas, as pessoas sentem-se mais seguras e são mais produtivas.

O papel social da empresa demanda que sejam tomadas medidas efetivas, como a formação de grupos de discussão, treinamentos de comportamento preventivo e conscientização, divulgação das boas práticas de segurança, medidas legais e informações sobre assédio, podendo inclusive usar como base o manual publicado pelo Ministério Público Federal. Adicionalmente orientações sobre formas de reagir e formas de denunciar e, em especial, que medidas punitivas sejam tomadas contra os assediadores.

Os canais de denúncia precisam contar com profissionais capacitados para acolher o relato e averiguar a veracidade e o grau de severidade do assédio, de modo a garantir a integridade moral e física da pessoa assediada e coibir o assediador. A aptidão do profissional que recebe a denúncia e orienta a denunciante faz a diferença na resolução da situação.

Para influenciar de forma positiva é preciso quebrar paradigmas e romper tabus que estão incrustados no cerne da sociedade como um todo. Afinal, suas colaboradoras correm risco de assédio no transporte coletivo, em diversos ambientes que frequentam e até mesmo em suas casas. As empresas podem e devem atuar no combate ao assédio e assim exercer com mais ênfase seu papel social e contribuir para uma sociedade mais justa.






Ellen Pompeu - professora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, especializada em gestão de segurança, sócia-diretora da ICTS Security, empresa de consultoria e gerenciamento de operações em segurança, de origem israelense.






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