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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Crise na saúde: parceria entre operadoras de planos privados e SUS seria solução



 OPINIÃO
 
A crise econômica tem feito os brasileiros cortarem custos em todas as áreas. Os planos de saúde, apontados como o terceiro item na lista dos desejos dos brasileiros, é um dos setores mais afetados. Nos últimos 18 meses, 2,1 milhões de associados deixaram de contar com a assistência de saúde privada e passaram a depender da rede pública.

Como consequência, houve o aumento da demanda de serviços no SUS, instituição essa já com graves problemas para suprir as próprias necessidades. Embora o governo não tenha realizado cortes no orçamento da saúde, o valor não é suficiente para oferecer um serviço de qualidade para os novos clientes. Muito pelo contrário, a falta de investimento no orçamento já representa em si um corte. Isso porque os custos nesta área crescem constantemente por razões como novas tecnologias e o surgimento de modernos medicamentos e aumento da longevidade das pessoas. Estima-se que a inflação médica seja o dobro da inflação geral.

Com custos mais altos e com o aumento da quantidade de pessoas que dependem do SUS, o orçamento do governo não fecha. Esses novos usuários representam a necessidade de incluir anualmente cerca de 12,6 milhões de consultas, 31,5 milhões de exames e 210 mil internações Fica evidente a urgência de maior investimento na saúde pública para absorver esses novos usuários.

Tentando oferecer uma solução, o Ministério da Saúde lançou a ideia que chamou de “plano acessível” que seria um plano popular com cobertura restrita. Porém, a proposta ainda está em discussão e vem recebendo críticas severas dos órgãos de defesa do consumidor e órgãos de classe, que alegam ser um retrocesso por cortar benefícios antes oferecidos.

Então, fica a pergunta: qual seria a solução imediata para atender esses usuários e adequar-se às necessidades da população, do governo e das operadoras de saúde? Aí entra uma nova discussão: o estimulo à comercialização do plano ambulatorial. Esse plano já é regulamentado pela Agência Nacional de Saúde, tem um custo para o consumidor cerca de 30% menor e atenderá 95% das necessidades.

Porém, o entrave é que, atualmente, a comercialização desse plano não é sustentável economicamente para as operadoras de saúde. Isso porque quando ocorre um caso de emergência ou urgência, o judiciário determina que os planos de saúde atendam o paciente, mesmo que esse atendimento não esteja incluso no contrato. Por isso, o plano não é comercializado.

A solução proposta que poderia atender a essa necessidade atual de forma rápida e eficiente é  a criação de um “novo modelo” de parceria entre operadoras de saúde e governo federal. Elas voltariam a comercializar esse plano, trazendo de volta à saúde privada para os usuários que precisaram deixar este segmento. Nos casos de emergência e urgência dos beneficiários do plano ambulatorial, estes poderiam optar por serem atendidos na rede pública ou privada. Neste último caso, a empresa detentora do contrato do associado paga o procedimento ao hospital, que por sua vez é ressarcido pelo SUS, utilizando como parâmetro de pagamento a tabela TUNEP.

Mas como isso seria vantajoso para o governo? O estado já tem essa função de oferecer o atendimento nos casos de urgências e emergências. Isso possibilitaria que o usuário optasse entre o público e o privado. Além disso, desafogaria o sistema de internamento do SUS, podendo oferecer um atendimento de qualidade para a população e ainda traria a economia resultante das consultas e exames dos milhares de brasileiros que voltariam a poder pagar por um plano de saúde. A proposta é uma solução prática e viável para resolver uma parte importante dos problemas de saúde atuais da população.


  


Cadri Massuda - presidente da regional PR/SC da Abramge- Associação Brasileira de Planos de Saúde.




Corrupção empresarial: onde começou o caso Odebrecht?



O caso Odebrecht é talvez um dos maiores escândalos existentes na sociedade brasileira dos últimos tempos. Tanta comoção só foi equiparada a acontecimentos como o Mensalão, e foi graças à notoriedade de fatos como esses que hoje muito mais atenção é voltada a discussões de grandes episódios de corrupção. Pode se dizer que eles abriram os olhos da população para reflexões produtivas em cima da conduta moral das empresas e governos. No cunho empresarial, a imagem da empresa se desgastou de tal forma que o próprio mercado enfrenta uma reeducação de suas posturas éticas. Muitas organizações buscam se prevenir, mas a maioria ainda está só no começo da compreensão de que essa não é uma discussão legal, e sim moral.

Para analisarmos esse problema é preciso considerar alguns elementos. No mundo natural encontramos constantemente o movimento de causa e efeito, inclusive nas relações humanas. Cada ação advinda dessa relação é definida por uma conduta. Quando questionamos o valor de uma conduta, no caso a ação de corrupção, temos de buscar seu motivador. Aqui podemos considerar três princípios motivadores fundamentais: (1º) apenas eu sou merecedor de bem estar e dignidade; (2º) a maioria das pessoas é merecedora desse mesmo bem estar e dignidade; (3º) todos são detentores de dignidade e merecem bem estar.

O primeiro princípio, o puramente egoísta, está muitas vezes interligado ao poder. Muitos que usufruem desta qualidade de princípio para conduzir suas ações, a fim de conquistar o seu objetivo, poderá afirmar tranquilamente que os fins justificam os meios, já que o fim aqui é conquistar ou manter o poder. Ainda que ele possa ferir a felicidade ou dignidade daqueles a seu redor, a seus olhos sua conduta é confortavelmente justificada. Seu pensamento é: ”fiz o que fiz porque desejei a minha felicidade, o meu poder, naquele exato momento”. Esse indivíduo pensa em curto prazo, se tornando incapaz de abrir mão da própria soberania. É aqui que as empresas corruptas se posicionam.

O segundo princípio, o de buscar a felicidade do maior número de pessoas, já despotencializa o primeiro, que é puramente egoísta. Nota-se aqui uma significativa evolução rumo ao que entendemos por humanidade, mas que ainda não abarca o todo. Apesar dos esforços, o “todo” é difícil de atingir, principalmente pela inegável dificuldade em equilibrar igualdade e equidade nas condutas. Apesar disso, já um pensamento melhor do que o anterior. É aqui que a maioria das empresas acaba se posicionando.

O terceiro princípio, o que reconhece que todos são detentores de dignidade, é o mais nobre. Apesar da sua grande dificuldade em superar sua própria condição utópica, ele não deixa de ser o grande objetivo para um mundo verdadeiramente justo para todos. Ainda que sua condição seja ideal, mas impossível 100%, ele é o princípio que deverá nortear todas as condutas, buscando a convivência mais plena e digna. Trocando em miúdos, o mínimo que podemos estabelecer enquanto ético é o segundo princípio, mas sempre na tentativa de conquistar o terceiro. Na segunda postura há uma ética que mostra entendimento, e na terceira, a busca pelo esclarecimento, uma verdadeira maturidade intelectual sobre a ética.

Dessa forma, podemos entender que o caso Odebrecht começou quando as ações estavam ligadas ao primeiro princípio, que considera os interesses pessoais como sua guia de ação. Mesmo quando um grupo é beneficiado é somente uma minoria. Ou seja, nem atinge à segunda proposta de conduta, onde ao menos a maioria é beneficiada. O fato começa na ética menos nobre, na moral egoísta ou na ausência de moral. 

Isso nos leva à consideração de outro aspecto da situação, o do tipo de visão que motivou essa conduta: a visão em curto prazo. Esse tipo de visão deixa armadilhas a médio e em longo prazo, sobretudo em situações que mais tarde serão punidas pela lei, sem contar o comprometimento da imagem da empresa. O fator seguinte é o da cultura. Entende-se como qualidade da cultura dessa empresa que, ao menos naquele momento ou gestão, ela tem um comando egocêntrico e individualista - já que isso parte do princípio de pensamento de quem está nessa posição de decisão e quer manter ou conquistar o poder a todo custo.

Disso surge o problema que levou à Odebrecht a enfrentar toda essa situação. Visão somada a conduta e cultura alinhadas a esses valores negativos, geraram a corrupção. Entende-se corrupção como um ato de deterioração (do nome da empresa), de modificação (do fim ultimo da empresa que era ser uma construtora) e adulteração (quando se sai dos interesses maiores da empresa para se atender aos interesses de um grupo menor de pessoas).

Isso nos ajuda a entender e a elucidar que não foi a empresa Odebrecht que foi corrupta. Há uma gama de funcionários e até de ações positivas que compõem a empresa, que nada tinham a ver com isso. A corrupção vem do grupo de “governantes”, representantes ou líderes daquela específica gestão da empresa. A empresa é muito mais do que eles; apesar de que foram eles que conduziram a atitudes corruptas. Eles corromperam o propósito da organização para um fim particular, através de, por exemplo, o uso de suborno ativo ou passivo.

Por fim, analisando todos esses fatores, chegamos a conclusão de como prevenir situações semelhantes: respeitando o fim último da empresa. Como organização ela tem responsabilidades como continuar existindo a curto, médio e longo prazo. Ela deve trazer lucro, exercer sua função proposta, manter-se contínua. Para que isso seja feito é preciso que haja na empresa uma cultura que considera fomentar o diálogo da ética em nível de entendimento e, posteriormente, esclarecimento. Esse é o ideal para que se mantenha a dignidade humana, que é o propósito final da ética como já dizia o filósofo Immanuel Kant. A dignidade constrói uma sociedade saudável e quando as empresas são guiadas por essa máxima elas se mantem livres de corrupção, respeitando a moral antes da lei, evitando que até mesmo essa seja quebrada.







Samuel Sabino - professor na Escola de Gestão da Anhembi Morumbi, filósofo e mestre em bioética. Ele é fundador da Éticas Consultoria e ministra o curso de Inner Compliance, com foco em ética no meio corporativo.





Éticas Consultoria





Quais são os benefícios do café verde para a saúde?



 Café coado, expresso, com leite... Sem dúvida, o famoso cafezinho é uma paixão dos brasileiros. Além de sua versatilidade, podendo ser usado de diversas maneiras, ele ainda faz bem para saúde, principalmente, quando consumido na forma de café verde. 

Esse extrato, também conhecido como Greenxanthine, promove inúmeros benefícios ao organismo. Isso porque nessa forma o café é consumido antes passar pelo processo de torrefação, portanto, todas as suas propriedades naturais são preservadas. Agora, se você não sabe ao certo quais são elas, confira a seguir as principais vantagens de incluir o café verde na sua alimentação:


Mais energia para os seus dias – naturalmente, a cafeína já tem uma ação energética e termogênica, mas quando presente em maior concentração, como acontece com o Greenxanthine, esse efeito é ainda mais potente. Por isso mesmo, ao consumir o extrato de café verde logo pela manhã você terá ainda mais disposição para suas atividades diárias, por exemplo.


Uma forcinha para a perda de peso – se você está tentando perder uns quilinhos, mas sem dietas malucas e extremamente restritivas, o café verde também pode ser um excelente aliado da sua dieta. Além da cafeína, esse composto tem uma alta concentração de ácido clorogênico, que auxilia o intestino a absorver a glicose de forma mais lenta, levando o organismo a utilizar os estoques de gordura armazenados no corpo como forma de energia. Essa ação aliada às propriedades termogênicas da cafeína, faz com que o Greenxanthine seja bastante eficaz na perda de peso e também no tratamento de diabetes. 


Detox natural para suas células – outro benefício do uso contínuo desse suplemento é sua ação antioxidante, que limpa as células e faz o organismo funcionar melhor. Além disso, esse efeito atua diretamente no combate aos radicais livres, grandes vilões do envelhecimento, e ainda protege contra as radiações ultravioletas. 

Com tantas qualidades assim, dá até vontade de sair correndo em busca de um café verde para chamar de seu, né? Mas, não se desespere, outro benefício do Greenxanthine é justamente sua facilidade de acesso, peça orientação ao seu nutricionista ou vá direto a uma farmácia de manipulação, peça o seu e já comece a usufruir de todos esses benefícios no seu dia a dia!








Maura Corá - nutricionista clínica funcional e parceira da Idealfarma, empresa que se dedica à fabricação e distribuição de extratos nutracêuticos, fitoterápicos, cápsulas gelatinosas e suplementos.


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