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sábado, 22 de abril de 2017

Obesidade cresce entre os brasileiros, aponta pesquisa



De acordo com dados do Ministério da Saúde, 1 em cada 5 pessoas são obesas no País; especialistas alertam que má alimentação e sedentarismo contribuem para excesso de peso

    
Dados divulgados em abril pelo Ministério da Saúde apontam que o a obesidade cresceu entre os brasileiros. De acordo com a pesquisa que entrevistou 53,2 mil habitantes maiores de 18 anos em todas as capitais, a obesidade cresceu 7,1% nos últimos dez anos. Em 2006, a população obesa representava 11,8% e em 2016 esse número subiu para 18,9%. Atualmente, um em cada cinco brasileiros são atingidos pela obesidade.

Além disso, o excesso de peso também cresceu 26,3% no mesmo período. Em 2006, o índice era de 42,6%, já em 2016 foi para 53,8%. A obesidade e excesso de peso são calculados com base no Índice de Massa Corporal (IMC). De acordo com o IMC, pessoas acima do peso são as que possuem índice igual ou maior que 25 e as que têm mais de 30 kg/m² são classificadas como obesas.

Para Iraci Sabino, nutricionista do Hapvida Saúde, a má alimentação e a falta de atividades físicas são os principais fatores que contribuem para o aumento de peso e obesidade. A especialista ressalta que esses hábitos estão cada vez mais presentes em crianças e alerta os pais para os cuidados necessários diante deste cenário.

“É cada vez mais comum crianças com quadro de hipertensão, diabetes de tipo 2 (que é adquirida), taxas de colesterol e triglicerídeos elevados. Tudo isso se deve a má alimentação, na maior parte das vezes. Daqui dez anos, se não forem cuidadas, essas crianças serão adultos com problemas de saúde sérios e até irreversíveis”, afirma.

Mesmo com os altos índices de obesidade e excesso de peso, a pesquisa do Ministério da Saúde também identifica uma melhora gradual nos hábitos brasileiros, como a diminuição do consumo de refrigerante, que passou de 30,9% para 16,5%, e o aumento de atividade física, já que a porcentagem de pessoas que praticam exercícios passou de 30,3% para 37,6%. 

 



Pessoas ansiosas tendem a roer unhas e sofrer de bruxismo



Especialista explica como o estado emocional pode interferir na saúde bucal


A ansiedade é um distúrbio que afeta aproximadamente uma em cada seis pessoas nos dias de hoje, de acordo com o National Institute of Mental Health (Estados Unidos). Entre os problemas mais comuns está a fobia social – em que a pessoa se mostra insegura, teme por seu desempenho e se preocupa com o que os outros poderão pensar dela. Seja em maior ou menor intensidade, a ansiedade muitas vezes leva a pessoa a roer unhas e, muito provavelmente, aumenta as chances de sofrer de bruxismo, que é o ranger e apertar dos dentes – principalmente durante o sono.

De acordo com Astrid Arap, diretora do Departamento de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), além de tratar a ansiedade, é importante que a pessoa busque ajuda de um cirurgião-dentista para cuidar do bruxismo, porque, dependendo da frequência e da intensidade da dor, essa parafunção pode resultar em sérios problemas de mastigação, enxaqueca, insônia e até mesmo fratura dental. “Além da dor, existem outros sinais de bruxismo, como o tipo de desgaste do esmalte dental, excesso de sensibilidade nos dentes, estalos da articulação temporomandibular (ATM) etc. O cirurgião-dentista deverá avaliar, também, se o paciente tem hábito de roer unhas, morder tampas de canetas, mascar chicletes, porque essas parafunções podem estar relacionadas a um comportamento ansioso”.

Estudo israelense, realizado na Universidade de Tel Aviv, revelou que o bruxismo é uma das consequências que impactam a vida de pessoas normalmente ansiosas. Os pesquisadores avaliaram 75 homens e mulheres na faixa etária dos 30 anos. Quarenta deles tinham algum nível de fobia social e os outros trinta e cinco não tinham nada. Todos passaram por exames psiquiátricos e odontológicos – buscando identificar hábitos como roer unhas, mascar chicletes, estalar a mandíbula etc. Sintomas de bruxismo durante o dia foram identificados em 42,5% das pessoas no primeiro grupo, contra 3% no segundo. De acordo com o coordenador, Ephraim Winocur, a interação com o grupo parece desencadear bruxismo em pessoas com fobia social. Sendo assim, na medida em que se trata o distúrbio de ansiedade, também se restabelece o sono e um maior controle sobre o bruxismo.

De acordo com a especialista da APCD, é fundamental identificar sintomas, causas e tratar as disfunções temporomandibulares (DTM), já que provocam um nível de dor que costuma repercutir por toda a cabeça, maxilar, pescoço, ouvidos e até mesmo na coluna cervical. “Trata-se de uma queixa muito comum entre pessoas na faixa dos 30 aos 50 anos, principalmente mulheres. Mas também tem aumentado o número de casos de bruxismo entre crianças e adolescentes. Por comprometer muito a qualidade de vida dos indivíduos, é importante, desde a primeira consulta, tentar identificar a raiz do problema”.

Segundo Astrid, diversos são os tratamentos voltados para o bruxismo e seus efeitos. O uso de placa miorrelaxante durante o sono, associado à fisioterapia, constitui o tratamento de eleição para o paciente com bruxismo sintomático. Já a toxina botulínica é uma das terapias mais atuais para tratar essa parafunção. Pode ser aplicada nos pacientes que não se adaptam ao uso da placa ou associada a ela. Apesar de ser um método mais invasivo do que o uso da placa, a toxina é usada para diminuir a contração muscular e seu efeito é reversível. "A toxina botulínica é um complexo proteico purificado, obtido a partir de determinada bactéria que bloqueia a liberação da acetilcolina e faz com que os músculos não recebam estímulos para contrair. Apesar de seu uso ser relativamente novo entre os cirurgiões-dentistas, vem ganhando cada vez mais adeptos na medida em que seus benefícios se tornam mais conhecidos”.

A especialista diz ainda que o uso odontológico da toxina botulínica geralmente é bem tolerado e as reações sistêmicas – embora possam ocorrer – são raras. Entretanto, seu uso é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do medicamento, portadores de miastenia grave (fraqueza dos músculos voluntários) ou de doenças do neurônio motor. Gestantes e lactantes também não têm indicação, assim como pacientes que façam uso de medicamentos potencializadores do bloqueio muscular.





Dra. Astrid Arap - diretora do Departamento de DTM e Dor Orofacial da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD)www.apcd.org.br


Fontes:





Metade dos cerca de 12 milhões de brasileiros que tem diabetes não sabem que têm a doença



Segundo especialista, agenda cheia e falta de dinheiro são fatores que dificultam diagnóstico precoce e tratamento adequado



De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 422 milhões de adultos viviam com diabetes até o ano de 2014 em todo o mundo, um montante que corresponde à 8,5% da população mundial. Para efeito de comparação, em 1980 esse total era de 108 milhões, representando um aumento de 290% em menos de 30 anos. O órgão ainda aponta que metade destes pacientes está dividida entre cinco países: China, Índia, Estados Unidos, Brasil e Indonésia.

Embora seja uma doença crônica, que pode ser controlada, a diabetes ainda é considerada fator de risco para complicações como cegueira e amputação de membros, em decorrência da falta de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Um dos principais agravantes para tanto pode ser o acesso dos pacientes à saúde tanto antes dos primeiros sinais da diabetes quanto depois.

É o que aponta uma estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB). Segundo Marco Krakauer, Diretor de Novas Tecnologias da SBD, cerca de metade das 12 milhões de pessoas que têm diabetes no Brasil não sabem que apresentam a doença. Fatores como falta de tempo e problemas financeiros também são motivos apresentados para a negligência da doença. Mais do que trazer danos ao paciente, o diagnóstico tardio ainda eleva o custo com gastos de saúde, tanto nas famílias como no sistema público de saúde. No Brasil, os custos com internações no SUS por complicações decorrentes do diabetes chegaram a R$92 milhões em 2015, de acordo com a OMS.

Propiciando acesso
Em um cenário como o esperado, de cada vez mais pacientes com diabetes precisando de diagnóstico e acompanhamento, novas tecnologias que propiciem esse acesso à saúde são decisivas para definir como o País lidará com a chamada “epidemia de diabetes”. Com a capacidade laboratorial insuficiente para o volume de testes que seriam necessários para esse controle, a tecnologia Point of Care (POC) aparece como uma das principais alternativas.

Esses testes rápidos, também chamados de exames laboratoriais remotos, permitem a realização de exames confiáveis no local do atendimento, utilizando apenas uma pequena amostra de sangue ou urina do paciente. Por esse motivo, o diagnóstico é mais rápido e permite o acompanhamento correto e mais eficaz para pacientes com doenças como a diabetes.

“Por demandar apenas um aparelho pequeno, essa tecnologia é usada para fazer exames rápidos e pode ajudar muito no tratamento das pessoas com diabetes, especialmente aquelas que têm dificuldade para ir a suas consultas ou mesmo ao laboratório realizar seus exames. Além disso, o imediatismo do Point of Care ajuda a combater a evasão dos pacientes, que por motivos diversos acabam não retornando ao médico ou mesmo ao laboratório para buscar seus resultados", explica Krakauer.

Segundo ele, a tomada de decisão do médico é outro fator importante e extremamente dependente da estrutura de diagnóstico, uma vez que diminui problemas como deslocamento do paciente e a demora no resultado do exame. “O POC também acaba propiciando uma condição melhor de trabalho, pois o especialista não precisa ficar aguardando muito tempo para ministrar um tratamento ou sugerir alguma mudança de dieta do paciente com diabete. A grande vantagem disso é antecipar as modificações de tratamento, economizar no tempo, levar mais acesso ao tratamento ao paciente quem não tem e, em termos de saúde pública, economizar o dinheiro do sistema”, finaliza.




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