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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Mudança de comportamento



Nos últimos anos, registramos mudanças significativas no mercado de trabalho. Questões como qualidade de vida, realização pessoal e flexibilidade de horários afetam cada vez mais as escolhas dos jovens profissionais. Além disso, os avanços na tecnologia também contribuíram para a criação de novas tendências. Diante desse cenário, as organizações e as formas de se fazer negócios têm buscado na inovação seu acelerador competitivo.

Seguindo essa dinâmica, o local de trabalho também passa por mudanças. Como fuga aos ambientes fechados e regrados de grande parte das empresas, o home office surgiu enquanto saída para a redução de gastos e para conciliar o trabalho e a família de forma mais prática, flexível e prazerosa. Outra tendência nessa linha são os coworkings ou espaços colaborativos para trabalho, em sua maioria, ambientes inovadores e criativos que permitem maior interação entre pessoas de diferentes nichos de mercado, permitindo a troca de experiências.

Uma pesquisa realizada pelo Ekonomio, em parceria com B4i e a Coworking Brasil, analisa o mercado de coworking desde 2007 quando havia apenas 6 locais registrados com esse perfil e identificou, no fim do ano passado, um total de 238 espaços ativos de coworking. Do total, o estado de São Paulo lidera a lista concentrando 95 espaços colaborativos para trabalho, e enquanto Minas Gerais possui 23 locais, o estado no Paraná disputa o terceiro lugar com Rio de Janeiro registrando 20 espaços de coworking. Somente no universo de 141 locais que participaram da pesquisa da Ekonomio foram contabilizadas mais de 6 mil posições de trabalho.

As vantagens dessa tendência representam muito mais do que proveitos para esses profissionais, são um ganho maior para toda a humanidade quando consideramos o impacto ambiental dessas atitudes na otimização de recursos. Quando um grupo se reúne para compartilhar os mesmos recursos, temos menos escritórios funcionando e uma redução considerável dos custos com construção, energia, água, internet, além do impacto na geração de resíduos. No caso dos home offices há ainda a ausência de emissões de gases na atmosfera gerados na locomoção e que tanto impactam as grandes cidades.

Segundo dados recentes divulgados pelo Observatório do Clima, as emissões de gases do efeito estufa no Brasil cresceram 3,5% em 2015 em relação a 2014, chegando a 1,927 bilhão de tonelada de CO2. Dentre os fatores estão o desmatamento, a geração de energia, o uso de produtos combustíveis, a agropecuária, entre outros. Porém, um dado alarmante trata da poluição resultante da disposição de resíduos que teve ligeira elevação de 0,3%. Apesar de representar apenas 3% do CO2 brasileiro, descobrir o que faremos com a quantidade de lixo gerado é uma incógnita que afeta, principalmente, os grandes centros urbanos.

Segundo acordo firmado na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21) realizada em 2015 em Paris, o Brasil deve reduzir em 43% a emissão de gases até 2030. Esse também é o prazo para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, dentre os quais há metas que dialogam diretamente com essas novas tendências de mercado como o ODS 7 que fomenta o incentivo às energias renováveis; o ODS 11 que defende a necessidade de tornar as cidades e as comunidades mais sustentáveis; o ODS 12 que trata do consumo responsável; e o ODS 13 sobre o combate às mudanças climáticas.

Por isso, a economia compartilhada e as mudanças de comportamento se mostram como alternativas importantes na busca por soluções significativas. Nessa conta talvez ainda não esteja claro se é a tecnologia que está contribuindo para um comportamento mais sustentável ou se é a necessidade de mudança que está nos forçando a rever nossas atitudes, mas o que importa é que o resultado seja positivo. Ainda é pouco, mas já é animador pensar que estamos no caminho certo.





Norman de Paula Arruda Filho - presidente do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE) e do Capítulo Brasileiro do PRME da ONU.


Pesquisa Nacional de Bolsa Auxilio traz valor médio pago aos estagiários





Valores levantados pelo Nube apresentam diferenças entre gêneros e idades para estudantes dos ensinos médio, técnico, superior e superior tecnólogo

Qual estagiário recebe mais: Química ou Marketing? Logística ou Secretariado? O Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, realizou a “Pesquisa Nacional de Bolsa-auxílio 2016" e traz as respostas. O estudo revela os valores pagos aos estagiários do Brasil e foi feito entre os dias 25 de outubro e 22 de novembro de 2016. Houve a  participação de 20.600 estudantes de diferentes níveis, em todo o país. Os números apresentam a média por empresas e outras estatísticas.

A média geral paga a um estagiário brasileiro é de R$ 965,63. Para quem está no ensino médio, R$ 606,73; no médio técnico, R$ 762,58; Superior, R$ 1.083,95 e no superior tecnólogo, R$ 998,20. Para o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, "o valor da bolsa deve ser compatível com a mensalidade paga pelo estudante, pois grande parcela dos alunos arcam com os custos de sua graduação". Houve um baixo aumento com relação a média de 2015: 1,7% (no ano anterior foi de R$ 949,31).

Entre as áreas com melhor remuneração, Mencaci destaca Agronomia e Economia, primeiro e segundo lugar no ranking nos dois últimos anos e Engenharia, sempre presente nas edições desse estudo. Por outro lado, “cursos como Pedagogia e Educação Física têm a quantia mais baixa devido à grande quantidade de candidatos para poucas vagas de estágio. O mercado segue a lei da oferta e procura, além da capacitação dos alunos", explica o presidente.

Veja o ranking no Brasil, dos primeiros colocados, separados por nível e, na sequência, a média por regiões:

Ensino Médio: R$ 606,73

Ensino Superior: R$ 1.083,95               

1. Agronomia
 R$     1.846,07
2. Economia
 R$     1.755,64
3. Ciências e Humanidades
 R$     1.425,90
4. Engenharia
 R$     1.313,37
5. Ciência e Tecnologia
 R$     1.309,01
6. Relações Internacionais
 R$     1.296,35
7. Química
 R$     1.281,55
8. Marketing
 R$     1.211,47
9. Farmácia e Bioquímica
 R$     1.192,82
10. Relações Públicas
 R$     1.153,34



Superior Tecnólogo: R$ 998,20
1. Tecnol. Banco de Dados
R$ 1.208,33
2. Tecnol. Sistemas de Informação
R$ 1.096,90
3. Tecnol. Comércio Exterior
R$ 1.080,73
4. Tecnol. Redes de Computadores
R$ 1.068,68
5. Tecnol. Secretariado
R$ 1.061,84
6. Tecnol. Informação
R$ 1.055,69
7. Tecnol. Logística
R$ 998,57
8. Tecnol. Gestão Comercial
R$ 980,88
9. Tecnol. Marketing
R$ 967,69
10. Tecnol. Design Gráfico
R$ 948,59

Médio Técnico: R$ 762,58
1. Técnico em Segurança do Trabalho
 R$         929,53
2. Técnico em Química
 R$         907,51
3. Técnico em Mecânica
 R$         880,32
4. Técnico em Automação
 R$         867,07
5. Técnico em Eletrotécnica
 R$         822,20
6. Ténico em Eletroeletrônica
 R$         815,39
7. Técnico em Eletrônica
 R$         791,38
8. Técnico em Mecatrônica
 R$         782,25
9. Técnico em Contabilidade
 R$         749,96
10. Técnico em Administração
 R$         727,71
Norte: R$ 575,20
Homem: R$ 605,29
Mulher: R$ 545,11

Nordeste: R$ 731,79
Homem: R$ 860,78
Mulher: R$ 602,81

Sudeste: R$ 884,91
Homem: R$ 943,65
Mulher: R$ 826,18

Sul: R$ 957,27
Homem: R$ 993,30
Mulher: R$ 921,24

Centro-Oeste: R$ 1.110,39
Homem: R$ 1.231,20
Mulher: R$ 989,57   

Em relação ao sexo, os rapazes tiveram uma evolução maior com relação às moças, com um aumento de 3,2%, recebendo atualmente R$ 1.021,05. Já para as mulheres, foi mais discreto: 0,7% (R$ 924,14). Em 2015, a diferença entre a média de homens e mulheres era de R$ 71,99 e em 2016 passou para R$ 96,91.  Ou seja, a diferença aumentou 34,6%,

“Essa variação é reflexo da predominância de alunos do sexo masculino nos cursos detentores das maiores remunerações, como Economia, Agronomia e Engenharias”, ressalta Carlos Mencaci. Em um panorama geral, a faixa etária com melhor remuneração no mercado é a dos 24 aos 29 anos, com R$ 1.133,02.

De acordo com a Abres - Associação Brasileira de Estágios, o país conta com 1 milhão de estagiários, sendo 740 mil para o ensino superior e 260 mil para o ensino médio e técnico. “Para o estudante com interesse em construir uma carreira de sucesso, o estágio é a principal ferramenta, pois promove a oportunidade de conhecer a rotina e os detalhes práticos de sua profissão”, afirma o presidente da Abres, Seme Arone Junior. “Com a lei 11.788/2008, as empresas obtêm vantagens, como a isenção de encargos previstos na CLT e a possibilidade de contar com um jovem cheio de energia para desempenhar um bom papel, motivando diversos setores na contratação de jovens”, conclui.


Fonte: Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios




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