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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Luto normal X luto patológico


Depois da trajédica que o Brasil assitiu hoje com o acidente no avião do time de Chapecó, o o psiquiatra Dr. Daniel Sócrates da capital paulista comenta que o processo de luto é uma reação absolutamente natural que o ser humano faz para se adaptar, mas o médico conta que para algumas pessoas o luto deixa de ser uma reação esperada e revela um sofrimento mais intenso e contínuo de perdas, configurando-se o chamado “luto patológico” ou “luto complicado”.  
 
“As alterações nos sentimentos iniciais podem ir desde raiva, culpa, ansiedade, solidão, nó na garganta, vazio no estômago, aperto no peito, falta de ar, fraqueza, boca seca, confusão, preocupação, descrença, alucinações, distúrbios de sono e apetite, choro, comportamento aéreo e isolamento social. Saber identificar algumas fases no processo de luto pode ajudar a compreender algumas atitudes e se livrar dessas reações psíquicas“, comenta Dr. Daniel. 
Sócrates descreve as cinco fases: 

  1. Negação e Isolamento: a pessoa nega a existência da situação; são mecanismos de defesa contra a dor psíquica diante da perda. A intensidade e duração variam e geralmente esta fase não persiste por muito tempo.
  2. Raiva:  a pessoa expressa raiva pelo ocorrido e acompanhado a este sentimento podem vir revolta, inveja e ressentimento. Muitas vezes estas emoções são projetadas para o externo, hostilizando o ambiente e tornando os relacionamentos mais difíceis.
  3. Barganha: a pessoa busca fazer algum tipo de acordo para que as coisas possam voltar a ser como antes. Há uma tentativa desesperada de negociação com a emoção ou com àqueles que julga “culpados” por sua perda; pactos e promessas são comuns e geralmente ocorrem em segredo.
  4. Depressão: sofrimento profundo, a pessoa já não consegue negar as condições em que se encontra. Acompanha-se uma grande introspecção e necessidade de isolamento quando começa a tomar consciência de sua debilidade física; as perspectivas da perda são claramente sentidas. Trata-se de uma atitude evolutiva: negar, agredir, se revoltar, fazer barganhas não adiantou, surge então um sentimento de grande perda.
  5. Aceitação:  percebe-se e vivencia-se a aceitação dos acontecimentos, a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações. A aceitação não é um estágio feliz, ela é quase destituída de sentimentos.                                                                          

O especialista conta que estas fases não são necessariamente experimentadas por todas as pessoas e nem sempre são vivenciados na mesma ordem. As variações de sentimentos, de sensações físicas e o tempo para que o luto chegue ao fim depende muito da maneira que se age para enfrentar a situação e assim, não deixar que o luto deixe de ser “normal“ e passe a ser um novo “problema“.

“É importante reconhecer um “luto normal” daquele que acaba dando à pessoa a incapacidade de lidar com a perda e acaba por se envolver em um processo cíclico de prejuízos: perde a vontade de trabalhar, de realizar as atividades cotidianas, diminuir sua qualidade de vida, e assim sucessivamente“, completa o psiquiatra.




FONTE: Dr. Daniel Sócrates - Graduado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU - Uberlândia/MG) em 2005, residência médica em psiquiatria pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (FHEMIG - Belo Horizonte/MG) em 2007, especialista em Dependência Química pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - São Paulo/SP) em 2008, doutor em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - São Paulo/SP) e Membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina (CREMESP - São Paulo/SP). www.drdanielsocrates.com.br


POSICIONAMENTO OFICIAL DE SUNDOWN® e ROC®





ESTUDO DA PROTESTE COM PROTETORES SOLARES


A Johnson & Johnson Consumo, detentora das marcas SUNDOWN® e ROC®, reafirma seu compromisso com o consumidor na oferta de produtos de qualidade e na busca constante pela inovação e tecnologia dedicadas à saúde e ao bem-estar dos brasileiros. SUNDOWN® e ROC® oferecem o FPS declarado em suas embalagens, seguem a legislação nacional e são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Vale reforçar que todos os produtos da linha SUNDOWN®, assim como os da ROC®, além de serem testados e aprovados pela Anvisa, também são validados por metodologias utilizadas por órgãos internacionais, como o FDA (Food and Drug Administration, dos Estados Unidos) e a CCE (Comunidade Comum Europeia). 

Em resposta ao teste realizado pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), a Johnson & Johnson Consumo informa que não teve acesso a informações específicas sobre a metodologia, o que impede uma análise concreta e fidedigna dos resultados. 


Atenciosamente,
Comunicação Johnson & Johnson
São Paulo, novembro de 2016

Ar condicionado dobra risco de olho seco




Elevação da temperatura e ar condicionado ligado no último dobra casos de olho seco que predispõe a outras doenças.


Olhos vermelhos, sensação de corpo estranho, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho seco que está lotando os consultórios. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, na última semana o número de pacientes com sintomas de olho seco dobrou. Não é para menos.   A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar condicionado em ambientes fechados e sem ventilação.

Nessas condições o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Queiroz Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal. A situação fica pior ainda para quem trabalha o dia todo no computador. Isso porque, pondera, piscamos menos e a posição dos olhos falicita a evaporação da lágrima, 

O especialista explica que a síndrome do olho seco é a mudança da qualidade ou quantidade em uma das três camadas da lágrima – oleosa (externa), aquosa (intermediária) e proteica (interna). A baixa umidade dos ambientes refrigerados, observa, provoca a evaporação da camada aquosa. Sem lubrificação, os olhos ficam mais vulneráveis a inflamações e infecções.  Para piorar, dados da OMS mostram que a higiene precária do ar condicionado facilita a proliferação de vírus, bactérias e fungos em 30% das empresas instaladas no Brasil.

“É isso que explica porque a conjuntivite representa uma das principais causas de afastamento do trabalho durante o verão”, afirma. 


Fatores de risco
Queiroz Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa. “Blefarite intermitente (inflamação da pálpebra) pode ocorrer por falta de testosterona na região palpebral que interfere no funcionamento da glândula que secreta a lágrima”, explica. 

Além do ar seco e alterações hormonais aponta como fatores de risco: 


Medicamentos
Descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes antidepressivos, diuréticos, pílula anticoncepcional, anestésicos, beta bloqueadores, anticolinérgicos.
Doenças
Artrite, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjögren, alergias e Parkinson
Lente de Contato
Hidrofílicas que se hidratam da lágrima
Idade
A partir de 65 anos nossos olhos reduzem em 60% a produção lacrimal.


Excesso de lágrima artificial irrita os olhos
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes. “Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto.  Para olho seco evaporativo são indicadas fórmulas mais aquosas. Para deficiência na produção da lágrima, as fórmulas são viscosas, esclarece.

Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite intermitente o tratamento pode ser feito com um creme que contém testosterona. Em casos de inflamações mais graves, destaca, pode ser indicada cortisona ou ciclosporina, um supressor imunológico. A medicação adequada depende sempre da avaliação médica. “Usar colírio por conta própria pode causar doenças graves como a catarata e o glaucoma que podem levar à cegueira”, adverte.
O tratamento de olho seco severo, destaca, pode exigir o enxerto de plugs provisórios ou permanentes para ocluir o canal da lágrima.


Dicas de prevenção
O especialista diz que para estimular a produção lacrimal, a recomendação é evitar o consumo de carne bovina, gorduras e carboidratos. O primeiro passo para melhorar a lubrificação dos olhos é  beber 2 litros de água ao dia.  A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E.

Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador ele diz que as dicas são: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de 5 minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente.




LUTO

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