Pesquisar no Blog

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Novo medicamento para câncer de pulmão bloqueia de forma irreversível[1] a multiplicação das células cancerígenas



Mecanismo de ação inédito que bloqueia de forma irreversível1 a multiplicação de células cancerígenas e é capaz de aumentar em mais de 12 meses a sobrevida do paciente1,[2]

A Boehringer Ingelheim, uma das principais farmacêuticas do mundo focada em pesquisa para soluções terapêuticas inovadoras, lança no Brasil o afatinibe (Giotrif®), indicado como primeira linha de tratamento para o câncer avançado e/ou metastático (quando a célula do câncer está na corrente sanguínea). O princípio ativo é altamente recomendado para os pacientes que sofrem com uma mutação que ocorre em 24% dos casos de adenocarcinomas (câncer de pulmão de não pequenas células, com mutações no receptor do fator de crescimento epidermóide) e que não foram tratados previamente com outros tipos de terapia alvo (medicamentos ou quimioterapia antes da metástase - quando o câncer se espalha além do local onde começou para outras partes do corpo - ou progressão da doença)[3]

O afatinibe (Giotrif®) é um tratamento de 2ª geração (evolução da primeira geração de medicamentos) capaz de impedir que as células cancerígenas continuem se multiplicando. É uma terapia alvo, dirigida à alteração molecular responsável por este tipo de câncer de pulmão. Ou seja, a molécula nunca mais se desliga do receptor que sofre com a mutação, bloqueando assim sua multiplicação”, explica o Dr. Carlos Barrios, oncologista, pesquisador e Diretor do Grupo Latino Americano de Investigação Clínica em Oncologia (LACOG).

O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer entre homens e mulheres, e é um dos tumores malignos mais comuns.  As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2016 são de 28.220 novos casos de câncer de pulmão, o que representa cerca de 13% do total, sendo 17.330 homens e 10.890 mulheres[4]. A cada ano, mais pessoas morrem de câncer de pulmão do que de câncer colorretal, câncer de mama e câncer de próstata combinados[5].

Segundo os especialistas, o que diferencia o novo medicamento das terapias disponíveis no mercado é o mecanismo de ação inédito. A chegada do medicamento marca uma esperança para os pacientes que buscam uma nova opção de tratamento. “O afatinibe abre novas perspectivas para pacientes com mutação do gene EGFR, por atuar de forma inédita na inibição da doença. Alguns estudos[6] mostram que a molécula atua com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva do tratamento. A chegada do medicamento traz uma opção sólida para os pacientes que buscam um tratamento com maior eficácia”, diz o Dr. Antonio Carlos Buzaid, oncologista, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, diretor geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, da Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Comitê Gestor do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

O lançamento de Giotrif® também marca a entrada da farmacêutica em uma nova área terapêutica. “A Boehringer Ingelheim tem o compromisso de oferecer tratamentos eficazes que possibilitem melhoras tangíveis na saúde e na qualidade de vida dos pacientes. Em linha com o mercado, investimos cerca de 10 a 12 anos no desenvolvimento de novos medicamentos como, por exemplo, o afatinibe. É uma grande conquista para a empresa poder proporcionar aos pacientes brasileiros uma opção de tratamento com o melhor mecanismo de ação do segmento e com eficácia superior em relação aos tratamentos já existentes.”, explica a Dra. Patrícia Rangel, diretora médica da Boehringer Ingelheim do Brasil.


Sobre câncer de pulmão
Câncer de pulmão é um dos tumores mais incidentes, com 1,6 milhões de casos novos por ano no mundo, (55% em países emergentes)[7]. É a principal causa de mortalidade por câncer no mundo, sendo responsável por 18,2% de todas as causas de morte por câncer v .


Tipos de Câncer de pulmão [8]
Dos tipos de câncer de pulmão, os principais são o de Pequenas Células (de 10% a 15%) e o de Não Pequenas Células (85% a 90%)[9], este grupo mais incidente se divide em:

o   Adenocarcinoma: Cerca de 57% dos cânceres de pulmão são adenocarcinomas. Esses tumores começam nas células que revestem os alvéolos e produzem substâncias como muco. O adenocarcinoma é normalmente encontrado nas áreas externas do pulmão e tende a crescer mais lentamente do que os outros tipos.
o   Carcinoma de Células Escamosas: Corresponde a cerca de 30% dos cânceres de pulmão. Esses tumores começam nessas células, que têm características achatadas, e revestem o interior das vias aéreas nos pulmões. Esse tipo está relacionado com o tabagismo e tende a ser encontrados na região central dos pulmões, perto de um brônquio.
o   Carcinoma de Grandes Células: Este tipo de tumor é responsável por 10 a 15% dos cânceres de pulmão. Ele pode aparecer em qualquer parte do pulmão e tende a crescer e se espalhar rapidamente, o que pode tornar o tratamento mais difícil.


Terapia-alvo
Terapia alvo é um novo tipo de tratamento do câncer que usa princípios ativos ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas e provocar poucos danos às células normais. Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como interage com outras células. Os medicamentos alvo funcionam de forma diferente dos quimioterápicos convencionais, e muitas vezes têm efeitos colaterais menos graves[10]. O medicamento que chega ao mercado, Giotrif®, tem como alvo o Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR), que é uma proteína encontrada na superfície das células, que normalmente as ajuda a crescer e se dividir.  E já está disponível em mais de 70 países.


Estudos
A aprovação do medicamento foi baseada na apresentação do estudo Fase III LUX- Lung 3[11] realizado com mais de 300 pacientes, que compara a nova molécula com o melhor esquema quimioterápico utilizado para o tratamento, aponta um aumento de mais de 12 meses a sobrevida global do paciente com uma alteração genética chamada deleção 19, em comparação à quimioterapia1,2, crescimento na sobrevida livre de progressão da doença e maior taxa de resposta. Além disso, os sintomas relacionados ao câncer de pulmão foram controlados de forma superior com afatinibe, que por ser um medicamento de uso oral, ainda permite melhor manejo dos efeitos colaterais e, consequentemente, um menor índice de abandono do tratamento.  Além da análise padrão versus quimioterapia, a Boehringer Ingelheim encabeçou um estudo inédito incluindo outras terapias-alvo disponíveis no mercado. O LUX-Lung 7iv tem como objetivo explorar as diferenças entre afatinibe (segunda geração) e gefitinibe (primeira geração) em um contexto de comparação direta. Os dados obtidos comprovam a eficácia da nova molécula com redução de 27% na progressão da doença e aumento de 25% na resposta objetiva. Esses resultados surpreendentes são possíveis por conta do mecanismo de ação inovador de afatinibe, capaz de inibir de forma irreversível1 todos os receptores da mutação EGFR, impedindo que as células cancerígenas continuem se multiplicando.


Sobre Câncer de pulmão de não pequenas células
Causas
O estilo de vida está diretamente relacionado ao surgimento do câncer de pulmão. A principal causa é o tabagismo, mas a doença também está relacionada a excesso de radiação, poluição, sedentarismo e até alimentaçãovii

Sintomas
Os sintomas iniciais do câncer de pulmão são semelhantes a uma gripe, que parece nunca melhorar. Por isso, o diagnóstico muitas vezes é tardiovii.
Os sinais e sintomas mais comuns do câncer de pulmão são: tosse, dor no peito, rouquidão, perda de apetite, falta de ar, fadiga, tosse com expectoração mucosa, tosse com expectoração com sangue e infecções[12].

Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pulmão é feito a partir de exames de tomografia e confirmado por meio de uma biopsia do tecido pulmonar. Em caso de resultado positivo para adenocarcinoma, o tipo mais comum de câncer de pulmão, é obrigatória a realização de um exame genético (molecular) para identificação do tipo de mutação presentevii.  




Boehringer Ingelheim



[1] Li D, Ambrogio L, Shimamura T, et al. BIBW2992, an irreversible EGFR/HER2 inhibitor highly effective in preclinical lung cancer models. Oncogene. 2008;27(34):4702-11

[2] Yang JC, Wu YL, Schuler M, et al. Afatinib versus cisplatin-based chemotherapy for EGFR mutation-positive lung adenocarcinoma (LUX-Lung 3 and LUX-Lung 6): analysis of overall survival data from two randomised, phase 3 trials. Lancet Oncol. 2015;16(2):141-51.

[3] Bula de Giotrif - aprovada pela ANVISA no DOU de 29/02/16. [Acesso em 15 de Abr 2016]. Disponível em:

[4] Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015. [Acesso em 15/04/2016]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf

[5] Oncoguia. Principais Dados Estatísticos sobre o Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células [Internet]. [Acesso em 06 Mai 2016]. Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/principais-dados-estatisticos-sobre-o-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/6439/196/

[6] Park K, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open label, exploratory, randomised controlled trial. Lancet Oncol 2016; http://dx.doi.org/10.1016/S1470-2045(16)30033-X Published online 12 April 2016.

[7] Ferlay J, Shin HR, Bray F, Forman D, Mathers C and Parkin DM. GLOBOCAN 2008 v2.0, Cancer Incidence and Mortality Worldwide: IARC Cancer Base No.10 [Internet]. Lyon, France: International Agency for Research on Cancer; 2010. Available from: http://globocan.iarc.fr, accessed on 15/09/2013

[8] Oncoguia. Tipos de Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células [Internet]. [Acesso em 29 Abr 2016]. Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1577/196/

[9] Boehringer Ingelheim Inoncology. LET'S LEARN MEDICAL EDUCATION [Internet]. [Acesso em15 Abr 2016]. Disponível em: http://www.inoncology.com/medical_education/indication/lung_cancer/general_information.html

[10] Oncoguia. Terapia Alvo para Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células[Internet]. [Acesso em 30 Mai 2016]. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapia-alvo-para-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1772/198/

[11] Yang J, Wu Y-L, Schuler M, et al. Afatinib versus cisplatin chemotherapy for EGFR mutation-positive lung
adenocarcinoma (LUX-Lung 3 and LUX-Lung 6): analysis of overall survival data from two randomised, phase 3trials. Lancet Oncol 2015 ; http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS1470-2045(14)71173-8/abstract"

[12] Oncoguia. Sinais e sintomas do câncer de pulmão de não pequenas células [Internet]. [Acesso em 13 Jun 2016]. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1576/196/


CONJUNTIVITES: O QUE SÃO E O QUE FAZER?




 O que é a conjuntivite?
Trata-se da doença ocular mais comum, ocorrendo com frequência na infância, principalmente no verão. A conjuntiva é uma membrana fina e transparente que recobre a esclera (a chamada parte branca dos olhos) e a parte interna das pálpebras. Toda vez que ocorre uma inflamação dessa membrana, temos uma conjuntivite.

Quais os sintomas da conjuntivite?
As crianças irão apresentar sintomas em intensidade variáveis, sendo os mais comuns:  olho vermelho, lacrimejamento, secreção, inchaço da pálpebra, coceira e sensação de areia nos olhos. Também poderá ocorrer dor e incomodo à luz. 

Quanto tempo dura uma conjuntivite?
A maioria das conjuntivites dura em torno de 1 semana, não deixando  sequelas. Porém, várias são as causas de conjuntivite e cada causa terá suas particularidades tanto nos sintomas quanto no tratamento. Sendo assim, a avaliação médica adequada é fundamental para diferenciá-las e estabelecer o tratamento adequado e os sinais de alerta para procurar o especialista. 

O que causa a conjuntivite?
As conjuntivites podem ser causadas por virais, bacterianas, alérgicas e tóxicas ou químicas, entre outras causas mais raras.]

Como se transmite a conjuntivite?
A transmissão ocorre por contato através de objetos de uso comum como toalhas, fronhas de travesseiros e pelo contato próximo com a pessoa doente através do beijo e/ou pelas secreções respiratórias. A transmissão é favorecida em lugares aglomerados como creches e escolas. O tempo de contágio é de aproximadamente 1 semana após o início dos sintomas.

Qual a conjuntivite mais comum?
As conjuntivites causadas por vírus são as mais comuns. Podem vir acompanhadas de sintomas respiratórios como coriza, tosse, espirros e dor de garganta. Normalmente apresentam secreção em menor quantidade, iniciando-se em um dos olhos e em até 50% dos casos tornando-se bilateral, com sintomas mais amenos no olho acometido posteriormente.  O vírus mais comum é o adenovírus e em alguns casos pode ocorrer contaminação bacteriana secundária.

Qual o tratamento da conjuntivite?
O tratamento básico inclui higiene  pessoal, principalmente com as mãos (não manipular os olhos, limpeza de secreções, evitar contato próximo com outras pessoas), lavagem ocular, uso de colírios lubrificantes e compressas geladas. Nos casos em que ocorrer uma conjuntivite bacteriana, alérgica ou em situações especiais, colírios com antibiótico, antialérgicos ou anti-inflamatórios podem ser necessários.

Como diferenciamos as conjuntivites?
Na maioria das vezes, os sintomas são muito parecidos, porém alguns sintomas podem ser mais intensos, ajudando a diferenciá-las. As conjuntivites virais apresentam menor quantidade de secreção e podem ser acompanhadas da presença de gânglios, principalmente perto das orelhas.  As conjuntivites alérgicas costumam estar associadas a alergia respiratória (rinite alérgica) ou da pele  (dermatite atópica) e tem como sintoma principal a coceira, por exemplo. De qualquer forma, o exame com o oftalmologista definirá a sua causa.

As conjuntivites podem levar a complicações?
As conjuntivites podem eventualmente apresentar complicações, porém a grande maioria apresenta melhora em poucos dias apenas com o tratamento básico. Em algumas situações especiais a visita ao oftalmologista torna-se essencial.  A formação de membranas sobre os olhos, alterações da visão, como o embaçamento visual, evolução arrastada e dor intensa são exemplos de situações que devem ser prontamente avaliadas pelo oftalmologista.

A avaliação pediátrica é fundamental para o diagnóstico, orientações gerais e específicas de acordo com os sintomas e o exame físico e se necessário o encaminhamento ao especialista.





*Conteúdo desenvolvido pela NUK, em parceria com Dr. Marco Aurélio Safadi (CRM: 54792), professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital Sabará.


Dias ensolarados e claros exigem mais cuidado com os olhos




Com a agressão ao meio ambiente aumentando, as pessoas têm sido afetadas pelos raios ultravioleta de forma severa. O uso diário de fotoprotetor com fatores acima de 30 é muito importante para a prevenção do câncer de pele. Mas, em termos de saúde ocular, muitas pessoas ainda falham ao sair de casa sem proteger os olhos com óculos de sol. “Esse cuidado relativamente simples pode fazer toda a diferença na qualidade da visão no longo prazo”, diz Renato Neves, oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.

A exposição aos altos índices de raios ultravioleta provoca degeneração macular – doença que afeta a parte central da retina, membrana posterior dos olhos onde as imagens são transmitidas para o nervo óptico. “Como não existe tratamento eficaz para alterações retinianas, a prevenção ainda é o melhor remédio. Daí a importância de investir em óculos de sol de boa procedência, com proteção UVA e UVB nas lentes, e jamais cair na tentação de comprar modelos ‘baratinhos’, de origem duvidosa”, alerta o especialista.

Neves afirma que nem o modelo, nem o material importam muito, desde que sejam confortáveis e o usuário sinta-se encorajado a colocar os óculos de sol sempre que sair de casa, ainda que o dia esteja nublado ou a pessoa vá sair apenas de carro. “Por outro lado, a qualidade das lentes é muito relevante, já que a irregularidade da superfície das lentes de procedência duvidosa pode causar desconforto visual, dor de cabeça e astigmatismo (deformidade da córnea que torna a visão desfocada para perto e para longe), entre outros problemas visuais”.

Além do câncer ao redor dos olhos, a exposição exagerada aos raios solares pode causar, no mínimo, nove doenças oculares: câncer de pele, câncer da conjuntiva (membrana mucosa e transparente que reveste e protege o globo ocular), pinguécula (espessamento da conjuntiva), pterígio (fibrose da conjuntiva), ceratite (inflamação da córnea), catarata (opacificação do cristalino), degeneração do vítreo (responsável por manter a forma esférica do olho), retinopatia solar (queimadura da retina) e degeneração macular (deterioração da visão central).

De acordo com o oftalmologista, a fotoceratite implica na queimadura dos tecidos que revestem a parte externa dos olhos. “Trata-se de um problema muito recorrente entre pessoas que vão esquiar na neve e se esquecem de proteger a visão. Também pode acontecer em praias de areia branca, já que o sol é rebatido em direção aos olhos da pessoa. Vale ressaltar que olhos claros são sempre mais vulneráveis a esse tipo de ocorrência”.

Outro problema pouco mencionado é a pinguécula. “Trata-se de lesão amarelada que se espalha pelo globo ocular e em determinados casos pode se tornar espessa e incomodar a visão – necessitando de remoção cirúrgica. Assim como o aparecimento de manchas de pele ou verrugas em decorrência do sol, a pinguécula é resultado do acúmulo de sol – e, portanto, acomete pacientes depois da meia-idade”, diz o médico – chamando atenção para o fato de que alguns remédios e antibióticos também podem deixar os olhos mais sensíveis ao sol. “De modo geral, alguns remédios têm impacto sobre a visão, como medicamentos usados para combater a acne, os anti-histamínicos, os corticosteroides, remédios usados no tratamento de malária, do câncer, de disfunção erétil e doenças na próstata, entre outros”.

Na opinião do oftalmologista, além de cuidar preventivamente da saúde ocular e consultar um especialista sempre que sentir alterações importantes na visão, é possível fortalecer os olhos através de uma boa alimentação. “Frutas de várias cores e verduras de tonalidade verde-escuro (espinafre, couve e brócolis, por exemplo) contribuem para ter boa visão. Elas contêm antioxidantes que protegem os olhos, reduzindo os danos provocados pelos radicais livres. Ovos, milho verde, mamão, laranja e kiwi também contêm luteína, substância fundamental no combate à degeneração macular relacionada à idade. A esses alimentos, acrescentamos cenoura e abóbora, que também são ricas em vitamina A e contêm muita vitamina C”.

Neves recomenda, também, incluir importantes fontes de ômega-3 e reduzir a ingestão de sódio. “Peixes, castanhas, óleo de linhaça e canola previnem contra a síndrome do olho seco – tão comum nas grandes cidades e na terceira idade. Vale lembrar que todas as dietas saudáveis devem incluir grandes quantidades de frutas, legumes e verduras frescas – que podem ser consumidas ao longo do dia. A ideia é aumentar a ingestão de vitaminas, minerais, proteínas saudáveis, ômega-3 e luteína. Com uma alimentação saudável, uso diário de óculos de sol e visitas regulares ao oftalmologista, é possível enxergar muito bem e por mais tempo”.




Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos -  www.eyecare.com.br //  www.drrenatoneves.com.br



Posts mais acessados