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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Where are you from?




Todos que já viajaram para fora do Brasil, muito provavelmente, já ouviram a famosa pergunta “Where are you from?”. E também já devem ter percebido que o interlocutor geralmente reage com uma cara boa após ouvir a resposta: Brasil. Depois de viajar para muitos lugares, percebi que isso só ocorre porque todos gostam do nosso país, ao contrário do que dizem  muitos brasileiros (da boca pra fora) – por mais incrível que isso possa parecer;

Quanto mais viajo pelo nosso país, me apaixono por ele. Recentemente, fiquei oito dias em uma tribo Huni Kuin, isolada no Acre, mergulhei em seus costumes, conheci a função de cada um e explorei a maneira de como vivem bem. Esse momento foi muito precioso na minha volta, quando passei a ter uma percepção diferente sobre o meio que vivemos, sobre a rotina urbana.

Resolvi analisar e falar sobre esse assunto em minhas palestras. Como podemos ser melhor para o meio em que estamos inseridos e para a sociedade? O Brasil é um lugar sem guerras, sem acidentes naturais, rico em beleza e natureza, com um povo alegre, sensível e hospitaleiro. Um povo capaz de construir em apenas 200 anos cidades modernas e maiores que as da Europa.

Encaramos com naturalidade o fato de muitas de nossos municípios possuírem 700 mil habitantes ou mais, a mesma população de Oslo, capital da Noruega, e Amsterdam, capital da Holanda. Nossas capitais estaduais, então, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife, são muito maiores que a grande parte das mais famosas cidades europeias.

O Brasil é um enorme sucesso! É um “país-bebê”, que cresce nesse mundo conturbado e cheio de disputas, que sofre com a invasão midiática e o constante ataque de desconstrução de nossa cultura em troca de vantagens financeiras e descaso pela diversidade cultural.

Continuaremos seguindo sem perder nossa natureza essencialmente boa e nosso jeito irreverente de enxergar o amanhã com bom humor. Penso que estamos vivendo um momento em que a autoestima é de grande relevância para o alcance individual da felicidade. Este artigo não tem um apelo missionário ou pedido de adesão a qualquer comportamento, mas sim de uma reflexão sobre aquilo que pensamos ser ou significar.

Não tomarei o caminho de exibir estatísticas e pesquisas que mostram o sucesso daquilo que alcançamos, como ser um exemplo ao planeta no combate à Aids, o único país do mundo onde o tratamento é 100% gratuito e acessível a todos, o único país do mundo que anuncia o resultado de suas eleições no mesmo dia, mas gostaria de salientar que todo tipo de pesquisa sem um pingo de credibilidade costuma desvalorizar o Brasil a todo instante. Não caia nessa! Conecte-se com aquilo que temos de maravilhoso.

A percepção positiva sobre o seu país é fonte de grande inspiração e vontade de viver. É um bem que fazemos a nós mesmos dentro de nossa individualidade, na busca de nossos desejos particulares por uma vida que valha a pena. E se você, assim como eu, responde Brasil quando ouve um “Where are you from?”, aproveite! A vida é uma só.




Alvaro Fernando - especialista em comportamento, habilidades conversacionais e em comunicação e persuasão. Fernando é premiadíssimo compositor de trilha sonora, vencedor de três leões em Cannes, duas medalhas em New York Festival e três estatuetas no London Festival.
Há mais de 25 anos no mercado, atua com os principais anunciantes dentro e fora do país. http://www.alvarofernando.com.br/


Caxumba: confira as principais dúvidas do vírus



Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta sobre a doença viral, típica do inverno que tem sintomas que podem ser confundidos com gripe e dengue


Com a epidemia de caxumba no estado de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) esclarece as principais dúvidas sobre a doença viral, que geralmente é transmitida em locais com aglomeração de pessoas e assim como a gripe, é transmitida por gotículas de saliva ou secreção respiratória. “Existem diversos mitos e verdades que envolvem a caxumba, principalmente quando se fala em esterilidade, que é muito rara nos pacientes. Outro fato é a vacinação, já que mesmo as pessoas vacinadas na infância podem contrair novamente o vírus, pois nenhuma vacina tem 100% de eficácia, porém continua sendo a melhor forma de prevenção”, explica Rodrigo Lima e diretor da SBMFC que reforça o papel do médico de família e comunidade quando se trata de caxumba que é recomendar a vacinação, orientar as medidas preventivas, acompanhar as pessoas doentes para manejo adequado dos sintomas e identificação precoce de complicações que recomendem medidas mais intensivas em ambiente hospitalar.

Confira os principais mitos e verdades sobre a caxumba: 

1. A caxumba pode ter sintomas parecidos com os da gripe ou dengue. VERDADE. Como a maioria das doenças virais, a caxumba pode cursar com sintomas gerais e inespecíficos como febre, dor de cabeça, dor muscular, dor no corpo, e pode ser confundida com a gripe ou a dengue, por exemplo. 

2. Os períodos de maior propagação são inverno e primavera. VERDADE. Por ser um vírus, a caxumba tem a propagação facilitada por aglomerados de pessoas. Os períodos de maior incidência, como o inverno, favorecem o surgimento de surtos.

3. O paciente não precisa ficar isolado, a partir da confirmação de diagnóstico. MITO. É necessário isolamento do paciente alguns dias para evitar a propagação da doença.

4. Objetos utilizados pela pessoa contaminada precisam ser desinfetados. VERDADE. Para evitar a transmissão da doença à pessoas que convivem com o paciente, utensílios, como talheres, pratos e copos, devem ser lavados com água e sabão. Não são necessárias medidas adicionais aos cuidados de higiene que são recomendados habitualmente.

5. Todas as pessoas que foram vacinadas estão prevenidas da contaminação. MITO. Nem toda vacina é 100% eficaz e mesmo pessoas vacinadas podem adoecer. Porém, a vacinação é a melhor estratégia para evitar a contaminação pelo vírus.

6. Crianças estão mais vulneráveis a contrair o vírus. VERDADE. Pessoas de todas as idades podem ser contaminadas, mas crianças são pacientes mais frequentes.

7. Lugares com aglomerados de pessoas são propícios de contaminação. VERDADE. Aglomerados humanos, como escolas, creches, abrigos, transporte público, etc, assim como a gripe e outras doenças virais transmitidas por gotículas de saliva ou secreção respiratória.

8. Existe um grupo de risco. MITO. Não existem grupos de risco, e sim a exposição a fatores de risco. A gravidade da doença se estabelece com as complicações possíveis, como a orquite (inflamação dos testículos), oforite (inflamação dos ovários) ou inflamações do sistema nervoso central como a encefalite. Felizmente todas são raras.


9. Existe tratamento específico. MITO. Não existe tratamento específico para a infecção viral e como a doença regride espontaneamente, medidas de controle dos sintomas são suficientes.


10. E possível evitar consequências graves da caxumba como surdez, meningite e até esterilidade MITO. Uma vez estabelecida a doença não existem medidas que evitem complicações. A esterilidade é muito rara, mesmo entre os casos que apresentam orquite, que já são bem pouco frequentes.





Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias. 
É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.


Novembro Azul: 6 dúvidas comuns sobre o câncer de próstata



O mês de novembro é dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, problema que é a segunda maior causa de morte entre homens no Brasil. Para 2016, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é que sejam registrados mais de 60 mil novos casos e, infelizmente, acima de 13 mil óbitos decorrentes da doença.

Para desmistificar o assunto, selecionei as seis principais dúvidas dos homens, que também alcançam esposas, mães e filhas. Confira:

O que é o câncer de próstata?
Câncer de Próstata é um tumor maligno originado na próstata - órgão presente somente nos homens.

Que especialidade médica identifica o problema?
O diagnóstico, tratamento e as orientações sobre a doença são feitas pelo médico urologista.

A partir de que idade o homem precisa realmente se preocupar com o câncer de próstata?
No geral, aos 50 anos. No entanto, homens que já tiveram casos da doença na família ou que são da raça negra compõem o grupo de risco e devem começar o rastreamento a partir dos 45 anos, segundo orientação da Sociedade Brasileira de Urologia.
É preciso rastrear a doença até os 75 anos. A partir dessa idade, o caso deve ser discutido entre paciente e urologista para avaliar a necessidade.

Como prevenir?
Não há como prevenir. O que efetivamente traz benefícios é a detecção precoce. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de próstata pode ser curado em mais de 90% dos casos.

Como é feito o rastreamento da doença e com qual periodicidade deve ser realizado?
O rastreamento é constituído por dois exames. O primeiro é o PSA, uma proteína liberada pela próstata e detectada no sangue. Quando os níveis de PSA estão aumentados, levanta-se a suspeita de alguma alteração na próstata, entre elas, o câncer. O segundo é o exame digital da próstata, o famoso toque retal. É um exame simples, rápido (menos de 10 segundos) e na maioria das vezes indolor, que permite ao médico avaliar a região da próstata com maior incidência de tumores. Quando os dois exames estão negativos, pode-se afastar com bastante segurança a possibilidade de alteração maligna.

O câncer de próstata apresenta algum sintoma?
Na maioria das vezes é uma doença silenciosa e apresenta alguns sintomas somente em estágio avançado. Por isso, o rastreamento é o melhor método para o diagnóstico precoce e tratamento eficaz.




Dr. Thiago Ferreira - urologista da Doktor’s, clínica médica popular localizada na Zona Oeste de São Paulo


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