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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

“Teste do Olhinho” possibilita chance de cura de mais de 90% dos casos de câncer de retina em bebês



O Retinoblastoma se desenvolve na retina das crianças geralmente até os três anos e será um dos temas discutidos no Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica, que acontece até 19/11 no RJ


O “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho” é essencial para identificar a leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato), o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, câncer das células da retina, que acomete bebês, na maioria dos casos. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta que é essencial que o exame tenha uma lei federal, já que as chances de cura chegam a mais de 90% se esse tipo de câncer for diagnosticado precocemente. A doença é um dos temas do Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica, realizado na cidade do Rio de Janeiro, até dia 19 de novembro. 

Desde 2010 o exame é obrigatório aos planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a realização dos testes em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, menos de 50% dos municípios estão no programa. “É primordial que a população conheça os sinais do câncer que acomete a retina das crianças (reflexo branco na pupila, baixa visão, estrabismo, fotofobia e/ou deformação do globo ocular) e deve ser instituída a cultura de levar os bebês ao oftalmologista desde os primeiros dias de vida, a primeira análise deve ser feita já na maternidade”, explica Teresa Fonseca, presidente da SOBOPE.

Quanto ao tratamento, o oftalmologista membro da SOBOPE, Luiz Fernando Teixeira conta que existem centros públicos no Brasil que têm condições e tecnologia iguais aos países desenvolvidos como EUA e locais da Europa. “O tratamento deve ser realizado em centros de referência, por equipe multidisciplinar especializada e bem treinada. As modalidades terapêuticas são várias, como laserterapia, crioterapia, quimioterapia sistêmica, intra-vítrea ou intra-arterial, radioterapia e cirurgia. Com a utilização de todo este suporte de tratamento podemos cada vez mais curar estes pacientes com preservação da visão, evitando a cirurgia de retirada do olho”.

Teixeira também explica que nem toda mancha branca no olho ou estrabismo é câncer, mas se for notada qualquer alteração é necessário levar a criança ao oftalmologista.


Sintomas do retinoblastoma
A leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato) é o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, ocorrendo em até 50% dos casos. Outros sintomas que podem ser característicos da doença são baixa visão, estrabismo, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e deformação do globo ocular. O diagnóstico precoce tanto melhora a sobrevida dos pacientes quanto diminui a morbidade, que seria a retirada do olho e perda da visão. 


Sobre o retinoblastoma
·         É responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis;

·         De acordo com dados de 2010 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a incidência varia entre 21 e 27 casos por milhão de pessoas;

·         90% dos casos são diagnosticados do nascimento até os cinco anos de idade;

·  Os pais que tiverem um filho com retinoblastoma necessitam fazer aconselhamento genético porque as chances de eles terem uma segunda criança que seja portadora da doença é alta, entre 45 e 50%;

·         Bastante agressivo, pode afetar o nervo óptico, alcançar o sistema nervoso central e levar o paciente à morte, quando diagnosticado tardiamente.


Como o teste do olhinho é realizado
Uma fonte de luz sai do oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo, ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada.




Digestão saudável: Como garantir uma flora equilibrada por meio da dieta



Fibras e probióticos devem compor o cardápio em favor da microbiota


Desconforto, stress, alterações do habito intestinal – muitas vezes esses sintomas têm uma causa comum: a má digestão. Contudo, quando esses incômodos tornam-se frequentes, o problema pode ter uma razão muito mais profunda do que uma refeição que não caiu bem. Complexo, o aparelho digestivo executa funções interdependentes que visam garantir não somente a absorção adequada de nutrientes, mas também a eliminação do que é dispensável ou nocivo ao organismo. E um dos agentes mais importantes nessas tarefas é, justamente, a flora intestinal. Formada por bactérias, essa microbiota é responsável não somente por auxiliar na digestão, mas também por proteger o organismo. Logo, quando esse sistema encontra-se em desequilíbrio, o corpo emite sinais de que algo não vai bem: diarreia, prisão de ventre, excesso de gases e até mesmo cansaço podem estar relacionados à disbiose. Investir numa alimentação rica em fibras e probióticos pode auxiliar tanto a prevenir quanto a contornar esse problema.

Uma questão de equilíbrio

Você sabia que a quantidade de bactérias presentes no nosso organismo chega à casa dos trilhões? E ainda que, em geral, esses microrganismos estejam associados a situações ruins, algumas bactérias desenvolvem papel fundamental para nossa saúde? Esse é o caso da flora intestinal saudável. Numa situação ideal, as bactérias boas que compõem essa biota são mais numerosas e agem em harmonia com o meio intestinal, favorecendo a digestão e até mesmo imunidade do indivíduo.

No entanto, este ambiente está constantemente exposto à ação de agentes externos que podem afetar seu equilíbrio. Fatores como uma alimentação inadequada, situações de saúde, o abuso de substâncias como o álcool e fumo, bem como o uso de determinados medicamentos pode desencadear um quadro conhecido como disbiose – situação na qual o número de microrganismos nocivos supera o de bactérias amigas.

Como resultado, alterações do habito intestinal podem se tornar frequentes, tanto casos de prisão de ventre quanto de diarreias. Aumento no volume abdominal, gases e desconforto também são sintomas comuns. Além disso, com a absorção de nutrientes prejudicada, o individuo passa a apresentar cansaço, irritabilidade e dores de cabeça.

A favor da flora

Ainda que o desequilíbrio na microbiota possa estar relacionado a diversos fatores, a alimentação é um dos principais influenciadores da boa digestão. Capaz de prejudicar ou beneficiar a proliferação das bactérias presentes na flora intestinal, a dieta é determinante na prevenção e tratamento da disbiose.

Neste âmbito, algumas substâncias podem auxiliar no combate as bactérias nocivas, contribuindo para limpeza do organismo, bem como estimular a propagação dos microrganismos benéficos, fortalecendo o trato intestinal e a própria imunidade. Veja quais são essas substâncias e como incluí-las na dieta.

Fibras – os agentes de limpeza do organismo

Atualmente, muito se fala a respeito da importância das fibras da alimentação. Contudo, nem todos sabem por que devemos consumi-las. De acordo com a nutricionista Joana Carollo: “Ainda que não seja considerada um nutriente, essa substância exerce um papel substancial na digestão: devido sua natureza, as fibras alimentares não são totalmente quebradas pelo organismo e, em virtude disso, auxiliam no trânsito dos alimentos e na eliminação de impurezas.”

Presentes nos alimentos vegetais, especialmente em partes como cascas, caule, folhas e talos, esses elementos podem ser classificadas em dois tipos: as insolúveis – que permanecem praticamente inalteradas durante o processo digestivo, auxiliando na formação do bolo fecal; e as solúveis, que sofrem pequenas alterações ao longo do trato intestinal, auxiliando na absorção de nutrientes e retardando o esvaziamento gástrico.

Este último tipo, em especial, exerce influência significativa sob a flora intestinal: como são parcialmente digeridas no intestino acabam fermentando ao entrar em contato com a microbiota do órgão, criando assim um ambiente propício para a proliferação dos microrganismos benéficos. “’Numa visão simplificada é como se este tipo de fibra alimentar servisse de alimento para as bactérias amigas, auxiliando na sua multiplicação.” explica Joana. De acordo com a profissional da Nova Nutrii, compostos alimentares que estimulam essa propagação também são conhecidos como prebióticos, e podem auxiliar no reestabelecimento de uma flora desequilibrada.

Probióticos – bactérias do bem

Existem também outros compostos alimentares que podem auxiliar no combate a disbiose: os probióticos. Esses compostos são suplementos alimentares que contém uma determinada quantidade de microrganismos vivos que, quando ministrados na proporção adequada, podem alterar a microbiota intestinal beneficamente, contribuindo para o reestabelecimento do seu equilíbrio.

Dentre os mais comuns e até mesmo conhecidos entre a população estão os Lactobacillus, que podem ser de várias espécies. Contudo também existem outros tipos de bactérias benéficas encontradas comumente nos probióticos, como por exemplo, as Bifidobacterium. Apesar da nomenclatura pouco amigável, quando ingeridos, esses microrganismos têm o poder de aumentar a quantidade de agentes benéficos de uma flora intestinal deficiente, auxiliando no combate a constipações, diarreias e outros problemas relacionados à disbiose.

Além disso, em virtude do reestabelecimento da flora, os probióticos também podem auxiliar no fortalecimento da imunidade. Tanto que o uso desses compostos alimentares não se resume somente ao combate de problemas intestinais, em alguns casos, eles também são indicados para tratar infecções “Com a normalização da microbiota, a absorção de nutrientes também é beneficiada, auxiliando assim na recuperação do estado de saúde do paciente e na sua resposta imunológica”. – explica a nutricionista.

Reestabelecendo a flora através da dieta

Diante disso, como fazer para incluir adequadamente esses compostos na dieta, seja para prevenir ou tratar a disbiose? Antes de tudo, é importante sempre consultar um médico quando o organismo passa a apresentar alguma anormalidade, dessa forma é possível obter um diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Contudo, é indiscutível que a dieta tem um papel determinante no comportamento da flora intestinal: quando o aporte de fibras e probióticos é balanceado, existe uma interação entre esses compostos que beneficia significativamente a proliferação das bactérias amigas.

De acordo com Joana, um dos passos fundamentais é investir numa alimentação saudável, rica em alimentos naturais. “Boa parte das fibras encontra-se principalmente nas partes normalmente descartadas dos alimentos. Portanto, é importante tentar consumir frutas e legumes da forma mais natural possível, preservando cascas, folhas e talos sempre que for viável. Incluir hortaliças, vegetais folhosos e frutas que podem ser consumidas com a casca é uma boa opção de atingir o aporte adequado de fibras alimentares”.

Quanto aos probióticos, é possível encontrá-los principalmente em bebidas lácteas enriquecidas com as bactérias benéficas “Derivados do leite como o iogurte, a coalhada e os leites fermentados podem conter determinados tipos de microrganismos benéficos à flora intestinal.” Entretanto é preciso atenção, em geral esses produtos possuem alguma especificação que indica que foram enriquecidos com essas bactérias durante sua fabricação. Existem ainda suplementos alimentares, em forma de sachês ou cápsulas que não alteram o sabor ou cor dos alimentos e podem ser incluídos na dieta de forma prática.

Moderação sempre!

Manter uma alimentação saudável e evitar substâncias nocivas ao trato gastrointestinal é fundamental para se prevenir o problema. Álcool, fumo, stress e até mesmo determinadas medicações podem afetar a proliferação de bactérias benéficas, logo, mudar hábitos pouco saudáveis e evitar a automedicação é essencial para boa saúde digestiva.

Além disso, é importante moderação: substâncias como os probióticos e as fibras devem ser consumidas de forma equilibrada, juntamente com uma alimentação balanceada para que surtam o efeito positivo. Exagerar no consumo pode acentuar problemas já estabelecidos. Sendo assim, diante de qualquer problema é fundamental sempre procurar ajuda de um médico ou nutricionista, somente estes profissionais serão capazes de indicar a suplementação adequada e a dieta ideal para reestabelecer o equilíbrio da flora.



Fonte: Nova Nutrii


Infectologista esclarece dúvidas sobre sífilis




Quando diagnosticada precocemente, sífilis tem cura e o tratamento é realizado por meio de antibióticos; Brasil vive epidemia desta doença sexualmente transmissível


 O Ministério da Saúde registrou um aumento de 32,7% de pessoas infectadas pela sífilis entre 2014 e 2015, fazendo da doença uma nova epidemia no País. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Requer muito cuidado, pois trata-se de um problema silencioso que, depois de 10 a 15 anos, pode levar à morte pelo comprometimento grave de órgãos, meningite, dentre outros.

Para o infectologista do Hapvida, Fernando Romero, o aumento dos casos da doença está relacionado com a diminuição do uso do preservativo nas relações sexuais. “Existe uma tendência entre as pessoas de diminuir o uso de preservativos por acreditar que as doenças sexualmente transmissíveis não vão atingi-las. Isso leva a encontros íntimos desprotegidos e disseminação de outras DSTs, não apenas de sífilis”, explica o especialista. 

No primeiro estágio da sífilis, manifestam-se lesões ulceradas na região genital e na boca. Na segunda fase, apresentam-se manchas avermelhadas pelo corpo. Já na terceira, a mais grave, a bactéria permanece dentro do organismo sem manifestar sintomas, entretanto pode causar meningite ou problemas na artéria aorta, levando a graves problemas cardiovasculares. “Por isso, a prevenção é o melhor mecanismo que a pessoa deve tomar para evitar se contaminar. Todos devem fazer triagem sorológica anual para cuidar da saúde e iniciar o tratamento adequado, caso necessário”, alerta o infectologista.
  
O tratamento mais eficaz para sífilis em adultos é à base do antibiótico penicilina na sua forma cristalina, procaína ou benzatina, mas a prevenção acontece por meio do preservativo nas relações sexuais. Já para bebês, infectados pela sífilis congênita, também é recomendado o uso de penicilina cristalina. Se os pequenos não forem tratados de forma adequada, podem ter sequelas como retardo de crescimento, microcefalia, calcificações cerebrais, alterações ósseas e auditivas e, em casos mais graves, podem levar à morte.



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