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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sobre sermos a mudança que queremos ver



Nos últimos dias, o Fórum Econômico Mundial divulgou os resultados de uma pesquisa anual mostrando que, no ritmo atual, o Brasil atingirá a plena igualdade entre mulheres e homens somente daqui a 95 anos. Em Curitiba, discutimos o assunto no Comitê de Mulheres Executivas da Câmara Americana de Comércio (Amcham). Falamos sobre um dos freios mais relevantes à representatividade feminina na vida corporativa, principalmente em cargos de liderança: a responsabilidade de cuidar da família, que ainda nos é fortemente atribuída.
Para romper com as crenças sobre a fraca posição dos homens quanto ao comprometimento com trabalho doméstico, convidamos dois casais que vivem naturalmente a partilha destas responsabilidades, para falar sobre os deleites e dificuldades de suas experiências.
Ficou clara a importância de ambas as partes se sentirem responsáveis pela vida da família e pela logística doméstica. Isso permite que o compartilhamento das tarefas seja feito de maneira natural e em função das habilidades de cada um, como em uma empresa.
Outro ponto fundamental citado pelos casais e amplamente discutido no grupo foi a importância do autoconhecimento, principalmente por parte das mulheres. Só assim ela pode calcar suas escolhas em bases internas sólidas e escapar da pressão externa fundamentada em modelos que não correspondem aos seus anseios. Modelos que as fazem cair na pegadinha que leva àquela sensação de culpa tão conhecida de muitas mães. Muitas questões foram debatidas e entre elas destaco o fim da ilusão da “diva do lar” e o surgimento, em seu lugar, de histórias de companheirismo.


Vera Regina Meinhard - presidente do Comitê de Mulheres Executivas da Amcham-Curitiba, um grupo que reúne mensalmente empresárias e empresários para debater sobre equidade de gênero.


Butantan inicia pesquisa para descobrir remédios contra o vírus zika




Compostos químicos serão triados de forma ágil; grupo de Ação Rápida para Doenças Emergentes do Instituto também recebeu investimento internacional para estudar doenças tropicais


O Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, iniciou pesquisa para descobrir remédios que possam ser eficazes no tratamento de pessoas infectadas com o vírus zika.

O estudo, a cargo do Grupo de Ação Rápida para Doenças Emergentes do Laboratório Especial de Inovação e Desenvolvimento Industrial do Instituto Butantan, utiliza a estratégia conhecida como reposicionamento de fármacos e o método de High Content Screening (HCS) ou Triagem de Alto Conteúdo, uma tecnologia que permite que coleções de compostos químicos sejam triadas de forma rápida contra o vírus em um ambiente fisiológico, com células humanas infectadas.

O processo favorece a descoberta de medicamentos que tenham atividade contra o vírus diretamente, sem a necessidade validar previamente o alvo molecular, o que pode levar vários anos.

Os pesquisadores envolvidos já realizaram um trabalho semelhante no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, com investimento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em 725 medicamentos aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e encontraram 29 substâncias com ação sobre o vírus. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica F1000Research.

“Ao analisarmos fármacos que estão ou já estiveram no mercado, diversos aspectos são conhecidos e com essas informações é mais fácil e rápido desenhar protocolos de dosagem e administração para testes em modelos animais, ou até mesmo em humanos no combate ao zika vírus. Por outro lado, os medicamentos descobertos podem servir como ponto de partida para o desenho de novas moléculas para terapia antiviral”, explica Lucio Freitas-Junior, coordenador da pesquisa.

Na metodologia utilizada, a célula humana é infectada com o vírus zika por 72 horas e é simultaneamente exposta à ação dos fármacos, a fim de determinar a capacidade de inibirem a infecção. Esta propriedade é chamada de atividade antiviral, que é comparada com a molécula controle, interferon α 2A (IFNα2A), uma proteína humana que faz parte da resposta imune antiviral do organismo e que também apresenta alta atividade in vitro contra diversos vírus, inclusive o zika.

O estudo realizado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais utilizou um vírus isolado na região de Recife (PE), associado à epidemia de microcefalia no nordeste brasileiro, e também levou em consideração a atividade dos fármacos sob aspectos como a distribuição e a metabolização no organismo.

Dentre os compostos descobertos, os que melhor apresentam atividade sobre o zika são os fármacos que são ou foram utilizados no tratamento em diferentes condições, com destaque para o palonosetron, um antiemético para o tratamento de náusea induzida por quimioterapia de câncer, considerado o medicamento mais promissor descoberto no estudo, com alta eficácia contra a infecção pelo vírus zika e propriedades de distribuição e metabolização no organismo que podem favorecer o tratamento da zika.

O grupo trabalha há 10 anos com essa tecnologia aplicada à descoberta de fármacos para doenças tropicais e é um dos líderes mundiais nesse tipo de aplicação.



Reconhecimento internacional
Os pesquisadores receberam US$ 50 mil da Medicines for Malaria Venture (MMV), organização suíça, para estudos com doenças tropicais, como zika, dengue, chikungunya, doença de Chagas, leishmaniose e verminoses.

O investimento visa patrocinar pesquisas com o Pathogen Box, uma coleção de 400 diferentes compostos moleculares ativos contra os agentes causadores de doenças tropicais, oferecida sob demanda e sem custos para cientistas de todo o mundo, e resulta da chamada competitiva “Pathogen Box Challenge Grants”, concedida pela MMV, voltada para a submissão de projetos de cientistas de regiões endêmicas (Endemic-Region Challenge Grants).

Essas doenças afetam mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. Algumas delas ainda não contam com opções de tratamento; em outros casos, os medicamentos existentes podem apresentar pouca eficácia e até contraindicações e efeitos colaterais graves, sendo necessário descobrir novas opções de tratamento.


INDÍCIOS DE DIABETES EM CÃES



 Papel do tutor é fundamental para o tratamento da doença

 
Assim como nos humanos, os cães também podem desenvolver diabetes e podem surgir geralmente em cães idosos, a partir dos 7 anos, e possui maior incidência nas fêmeas com excesso de peso, mas pode ocorrer, eventualmente, em cães mais jovens e até mesmo em filhotes, como diabetes precoce. “Essa afecção, se não for controlada, pode levar a falência do animal, mas se o tutor seguir as orientações do médico veterinário, a qualidade de vida do animal poderá ser pouco impactada”, declara o médico veterinário da Equilíbrio e Gerente Técnico Nacional, Marcello Machado 

A doença é causada tanto pela diminuição da produção de insulina quanto pela diminuição de sua ação. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que auxilia a mover a glicose do sangue para as células do corpo, onde é utilizada para produzir energia. “Pode ser um fator genético, no qual o cão nasce com a propensão à doença e a má alimentação ajuda no aparecimento do diabetes, ou pode ser imunomediados, cujo o sistema imunológico do cão trabalha contra o pâncreas à medida que este tenta produzir insulina”, explica Marcello.

O especialista cita cinco fatores importantes para identificar se o cão possui essa doença: 

1.   Formiga perto do xixi: se a urina do cãozinho estiver atraindo formigas, pode ser um sinal de alerta. Os cães diabéticos têm deficiência na produção de insulina (hormônio responsável por transportar a glicose do sangue para as células do organismo), por isso a concentração de glicose fica muito elevada e, consequentemente, é eliminada em maiores quantidades na forma de urina.
2.   Obesidade: em geral, a diabetes é causada pela genética, mas a obesidade e sedentarismo podem desencadear a doença.
3.   Sede excessiva: o animal diabético tem muita sede e, consequentemente, aumento no volume de urina. Além disso, pode apresentar perda de peso repentina.
4.   Idade do animal: de acordo com estudos, um em cada 100 cães com mais de 12 anos provavelmente desenvolverá diabetes. Pesquisas apontam ainda que fêmeas são acometidas duas vezes mais que os machos.
5.   Raças mais predispostas à doença: schnauzer miniatura e standard, poodle, bichon frisé, fox terrier, terrier australiano, teckel, beagle, pinscher miniatura, golden retriever, pug, samoieda, keeshond, maltês, lhasa apso e yorkshire terrier.


Fonte: Marcello Machado, Gerente Técnico Nacional da Total Alimentos e médio veterinário da Equilíbrio.

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