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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Água sanitária ajuda no combate à larva do Aedes aegypti





Água sanitária ajuda no combate à larva do Aedes aegypti 


A ciência já comprovou que água sanitária (hipoclorito de sódio diluído) é a solução mais eficaz para prevenir doenças relacionadas com enchentes, como leptospirose, hepatites do tipo A e E e gastroenterites e no combate ao Aedes aegypti,  transmissor da zika, chikungunya,dengue e febre amarela.

“O produto é capaz de matar a maior parte de germes e bactérias causadores das doenças transmitidas pela água contaminada das enchentes. Além disso, é de fácil acesso à população e tem baixo custo”, explica o médico toxicologista Flavio Zambrone, da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor).

Com objetivo de mostrar a eficácia do uso do cloro – componente básico da água sanitária - no combate ao Aedes aegypti,  transmissor da zika, chikungunya, dengue e febre amarela, a  ABICLOR (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados) está divulgando  estudo desenvolvido recentemente pelo Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA -,  da Universidade de São Paulo (USP).

Realizado em abril e maio deste ano, o estudo corroborou as pesquisas anteriores, de 2002 e 2008, desenvolvidas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/USP. Encomendado pela  ABICLOR, o estudo comprovou a eficácia do hipoclorito de sódio, conhecido como água sanitária, no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya, zika vírus e da febre amarela.

O hipoclorito de sódio controlou as larvas do mosquito Aedes aegypti em média 75% por um período de até 120 horas.

Nas primeiras 24 horas do experimento houve uma eficiência do hipoclorito de sódio na mortalidade dos mosquitos nas diferentes concentrações de 1,0 ml, 2,0 ml e 3,0 ml por litro de água. A dosagem de 2,0 ml/ litro de água foi a que apresentou a maior porcentagem de mortalidade larval, 75,0% nesse período. 

Já em 48 horas observou-se um aumento no índice de eficiência de mortalidade das larvas, de 92,5%, no tratamento com 3,0 ml de hipoclorito de sódio.

No teste adicional com uma dose de 4,0 ml/l, duas vezes superior à recomendada, a mortalidade foi de 80% em 24 horas. “Portanto recomenda-se o uso de uma dose de 10 ml/l para matar 100% das larvas do mosquito em 24 horas”, afirma o professor Valter Arthur, do CENA, que desenvolve pesquisa sobre o combate ao Aedes.

A higienização das casas para eliminar as larvas do mosquito é um hábito a ser incorporado na rotina das famílias e empresas, considerando-se que 80% dos focos do mosquito estão dentro de casa

A prevenção é a melhor maneira de combater o mosquito e evitar epidemias e outras doenças, como as causadas pela água contaminada das enchentes, como hepatites do tipo A e E, gastroenterites e leptospirose. 


Dicas práticas de uso da água sanitária

Ralos: Despeje solução de água sanitária na proporção de uma colher de sopa por litro de água em ralos de pias, banheiros e cozinha. Atenção: Faça a limpeza das pias e dos ralos à noite, antes de dormir, para que a água sanitária possa agir por mais tempo.
Plantas: Essa mesma
 solução (água sanitária na proporção de uma colher de sopa por litro de água) também pode ser usada para a rega de plantas, particularmente  que acumulam água entre as folhas, como as bromélias. Esta solução não faz mal às plantas e evitará o desenvolvimento da larva do mosquito.

Vaso sanitário: Coloque o equivalente a duas colheres de hipoclorito de sódio por litro de água no vaso sanitário, nos ralos do banheiro, cozinha e a área de serviço. Esse é um cuidado que se deve ter antes de viajar, quando a casa fica fechada por algum tempo.

Piscina: É importante manter a piscina tratada, mesmo que não esteja sendo usada. Com o tempo, o cloro pode evaporar, e a piscina se tornar um foco da larva do mosquito. Durante o inverno, por exemplo, é comum deixar a piscina coberta. Nesse caso, não deixe acumular água de chuva na lona de cobertura, pois pode ser um foco do mosquito. 

Caixas d’água:  A limpeza deve ser feita a cada seis meses. Feche a entrada de água e esvazie a caixa quase toda. Deixe sobrar água suficiente para lavar, com uma escova, as paredes e o fundo da caixa. Não use produtos de limpeza nessa etapa. Enxágue bem e esvazie toda a água suja, dando repetidas descargas no vaso sanitário. Depois de limpa, encha a caixa novamente e adicione um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água. Espere duas horas e esvazie novamente a caixa, abrindo todas as torneiras, para limpar os canos da casa, até sair água limpa. Depois, encha com água potável e tampe. 

Verduras, frutas e legumes: Coloque numa bacia plástica água misturada com águia sanitária, na proporção de 1 colher  das de sopa (15 ml) de água sanitária para cada litro de água. Lave as verduras, frutas e legumes com água corrente em abundância e depois mergulhe-as por 30 minutos na bacia plástica,  agitando–as ocasionalmente. Passado esse tempo, lave novamente a verdura na torneira tirando o excesso de água sanitária.

A água usada na desinfecção dos alimentos pode ser aproveitada para lavagem de pias, pisos, bancadas e utensílios domésticos em geral, inclusive toalhas e panos de pia. 

Importante:  Por ser um produto químico, é fundamental tomar alguns cuidados na hora de utilizar o produto, evitando o contato com os olhos e a pele e a ingestão.

>Mantenha o produto longe de crianças e animais


>Guarde a água sanitária em recipiente fechado e em local ventilado, longe dos raios solares e calor.


>Nunca misture com vinagre, ácidos ou outros agentes de limpeza.


>Não reutilize a embalagem. 


>>A ação de hipoclorito perde efeito depois de quanto tempo? O cloro evapora?

Sim, o cloro perde o seu poder através da evaporação. Tanto que a embalagem de água sanitária é opaca, pois até com a incidência da luz o cloro perde o seu poder. Por esse motivo, deve ser feita a administração regular do produto na água.


>>É preciso manter coberto o recipiente onde a água está armazenada?

O recipiente usado para o armazenamento deve estar limpo e ser mantido na sombra e longe do calor, fechado.  Além de impedir a contaminação,  evita problemas como a dengue e o contato com animais.


>>Quais são os melhores tipos de recipientes para esse fim?

Para armazenar água potável, os recipientes ideais após a desinfecção são potes de barro e garrafas térmicas, com tampa. Já para outros fins, os mais indicados são os de polietileno, PRFV (Polímero Reforçado com Fibra de Vidro) e concreto tratado, sempre fechados com tampas apropriadas.


>>A água de chuva, se tratada como hipoclorito, também pode ser usada para cozinhar e lavar verduras/frutas? 

A água de chuva não é recomendada para cozinhar, lavar frutas, verduras ou louça, pois quando encosta na calha ou no telhado, traz todo tipo de sujeira, inclusive matéria orgânica. O ideal é usá-la para limpar o chão e jogá-la no vaso sanitário.  E o uso de cloro, apesar de eficaz,  não é recomendado para ser colocado na água da chuva porque, em cidades como São Paulo, existe o fenômeno da chuva ácida. 


>>Que outros cuidados é preciso ter com a água armazenada utilizada para outros fins que não o de cozinhar e lavar verduras/frutas?

A água utilizada para limpeza deve ser armazenada longe do calor e da luz solar, em recipiente apropriado  e tampado.


>>O armazenamento de água em caixas d’água, baldes e bacias aumenta o risco da dengue?

Sim, pois água parada pode ser fonte de doenças, mesmo se estiver guardada em caixas d’ água, galões, potes. As larvas do mosquito da dengue ficam incubadas justamente em locais com a presença de água parada.  Por isso, após a limpeza da caixa, que deve ser feita periodicamente. Depois de limpa, encha a caixa e adicione um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água.


Você sabe a diferença entre cloro, hipoclorito de sódio e água sanitária? 

 É comum as pessoas se confundirem ao falar sobre cloro, hipoclorito de sódio e água sanitária. Há diferenças significativas entre os três produtos. Veja quais são, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor):

>>> O cloro é uma substância química encontrada em temperatura ambiente em estado gasoso e, em seu estado puro, não está disponível para compra no comércio. Como reage com rapidez com muitos elementos e comp0stos químicos, ele é encontrado na natureza apenas formando parte de cloretos e cloratos, sobretudo na forma de cloreto de sódio nas minas de sal gema e dissolvido na água do mar. É a partir dele que é feito o hipoclorito de sódio, o ‘cloro’ de piscina e a água sanitária.

>>> O hipoclorito de sódio é um produto obtido da reação do cloro com uma solução diluída de soda cáustica, aquosa e alcalina, que contém entre 10% a 13% de cloro ativo. No comércio, ele é encontrado tradicionalmente em bombonas de 20 a 50 litros. O produto, que só pode ser usado se for dissolvido em água, serve para desinfectar águas destinadas ao consumo humano, piscinas e em processos de limpezas domésticas e hospitalares. É usado, ainda, como matéria-prima para fabricação de águas sanitárias.

>>> Obtida a partir da diluição do hipoclorito de sódio em água, a água sanitária destina-se à limpeza, branqueamento e desinfecção em geral. O produto é conhecido popularmente como água de lavadeira e cloro líquido. Ela também é eficiente na desinfecção como hipoclorito de sódio, sendo menos perigosa e mais adequada ao uso diário.

O médico toxicologista Flavio Zambrone, consultor da Abiclor, alerta que não se deve reutilizar a embalagem de outros produtos de limpeza para armazenar hipoclorito de sódio e água sanitária. Ele explica que há o risco de o produto reagir com resíduos da substância que estava na embalagem, gerando um processo químico que pode resultar até em explosões. Além disso, o frasco onde o produto estiver armazenado deve ser devidamente identificado, para evitar acidentes.


Estresse ocupacional: saiba como conhecê-lo e combatê-lo




As exigências e o ritmo de trabalho atuais, assim como a falta de autonomia ou um ambiente profissional ruim podem estar por trás do estresse ocupacional, um dos principais problemas atuais dos trabalhadores e empresas.
No Brasil, segundo dados da Isma-BR (International Stress Management Association), 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão. Complicações cardiovasculares e transtornos do sono são algumas consequências do estresse ocupacional na saúde, assim como o isolamento social e produtividade baixa no trabalho.
Este tipo de estresse é um dos desafios que a grande maioria dos trabalhadores têm de enfrentar atualmente, já que seus efeitos acontecem no local de trabalho, mas também podem repercutir no ambiente social e familiar. A Dra. Blanca Usoz, especialista em Medicina Ocupacional e Familiar da Doctoralia, relata abaixo os principais fatores que levam ao estresse em ambientes profissionais.

Quais fatores estão por trás do estresse ocupacional?
Os fatores causadores do estresse ocupacional são chamados de “riscos psicossociais”, e são: falta de controle ou autonomia sobre os processos, carga de trabalho excessiva, baixo apoio social, horário de trabalho incompatível ou pouco flexível, compensação insuficiente, entre outros.

Como o estresse ocupacional afeta a saúde?
O estresse ocupacional é um tipo de estresse crônico, por isso tende a afetar a saúde das pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares, doenças musculo-esqueléticas, síndrome de “burnout” (esgotamento) e depressão. Também pode levar à adoção de um estilo de vida pouco saudável: má alimentação, transtornos do sono e, inclusive, maior consumo de tabaco e álcool.

Estes transtornos estão relacionados de tal forma ao estresse ocupacional que alguns países chegaram a incluí-los em listas de patologias do trabalho.

O estresse ocupacional pode afetar a vida social e o trabalho?
No ambiente social, o estresse ocupacional pode provocar isolamento e negligência pelas relações sociais (família, amigos, cônjuge...). No ambiente ocupacional, essa situação pode levar falta de engajamento, diminuição de motivação e satisfação, rendimento reduzido, entre outros, afetando a produtividade e a competitividade da empresa.

Não tenho excesso de trabalho. Posso estar estressado?
Mesmo que tudo indique que o estresse ocupacional venha a ser consequência de excesso de trabalho, nem sempre é assim. Uma atividade ocupacional pouco exigente, sem conteúdo, na qual o trabalhador não possa desenvolver suas capacidades pessoais pode ser igualmente causadora de estresse.

Quais medidas podem ser adotadas para controlar e prevenir o estresse ocupacional?
As empresas e os trabalhadores têm responsabilidade sobre a prevenção e o controle do estresse ocupacional. É fundamental que as empresas percebam a importância desse assunto e adotem medidas para detectar possíveis riscos e preveni-los, tanto coletivamente dentro da organização, quanto individualmente. Entre as principais medidas, é preciso estimular a participação dos funcionários, para que todos se sintam envolvidos, ter uma boa comunicação dos objetivos da empresa e a adaptar a carga de trabalho, de acordo à aptidão de cada empregado. Por outro lado, entre as medidas de caráter individual, deve-se reforçar o estilo de vida saudável e a resiliência pessoal. Recomendo fazer pausas ou descansos no trabalho e praticar técnicas de relaxamento, pois são ações que ajudam a administrar melhor as pressões e exigências do trabalho causadoras do estresse ocupacional. 


Doctoralia



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