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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Com déficit de médicos, pronto-socorro pediátrico do Hospital Universitário passa a atender só no período da noite




Com apenas um pediatra, HU restringe atendimento no pronto-socorro


O pronto-socorro de pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) fechou as portas no período da tarde e agora irá restringir o atendimento apenas a casos emergenciais e durante o dia (das 7h às 19h). Com um único médico pediatra por plantão, a instrução do HU alega não ter condições de garantir que a população possa ser atendida em tempo integral seguindo os padrões mínimos de qualidade e segurança.

A crise no HU se arrasta desde 2014, com o número de médicos do corpo clínico diminuindo progressivamente, a ponto de deixar a pediatria com apenas um médico especialista. O déficit de profissionais é originário do Programa de Incentivo à Demissão Voluntária PIDV da USP responsável pela saída de 213 profissionais. Impedido de fazer novas contratações, as condições de trabalho no HU continuam críticas.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP) realizou hoje (25) uma assembleia para discutir a situação do hospital. Na ocasião, ficou acordada a emissão de um documento sobre a precariedade do sistema para a administração do HU e para o reitor da USP. A exigência imediata é que sejam feitas as contratações de médicos, enfermeiros e técnicos suficientes para que o serviço funcione integralmente, normalizando as condições de trabalho desses profissionais. “A falta de médicos está gerando uma condição de trabalho insustentável para aqueles que tentam manter o atendimento à população. Chegamos ao ponto de termos médicos que pedem demissão espontaneamente por conta disso”, diz o diretor do SIMESP, Gerson Salvador.

Salvador alerta que se o hospital não contratar imediatamente os novos profissionais, outros prontos-socorros também terão que fechar, uma vez que todo o sistema de atenção à saúde está com falta de profissionais e não conseguem atender à demanda da população corretamente. “O corpo clínico do pronto–socorro do HU precisa ser reconstituído com urgência, pois todos os PSs já estão com sobrecarga no atendimento tornando, impossível absorver essa população que estará desamparada e garantir a qualidade na assistência à saúde”, finaliza Salvador.


Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP)
Fundado em 1929, o Sindicato defende a atividade médica, a luta pela dignidade no exercício da medicina e o acesso à saúde como direito do cidadão. Aborda temas como planos de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), organizações sociais (OSs) e salário dos médicos, entre outros.

26 de abril: Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão




Cardiologista fala sobre os mitos e verdades da pressão alta e dá dicas de prevenção

No dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate a Hipertensão. Segundo dados do Ministério da Saúde, 24,8% da população brasileira sofrem da doença. O problema atinge mais as mulheres (27%) do que os homens (23%). A idade também influencia: 59,9% das pessoas com mais de 65 anos de idade se declaram hipertensos, ao contrário dos mais jovens, em que a doença se manifesta em 9,5% dos indivíduos entre 25 e 34 anos e em 4,6% na faixa etária entre 18 a 24 anos.

De acordo com o médico Otavio Gebara, cardiologista e diretor clínico do Hospital Santa Paula, a elevação da pressão arterial acontece por vários motivos, entre eles histórico familiar, má alimentação, maus hábitos como tabagismo e excesso de ingestão de álcool, além de algumas particularidades como a Síndrome da Apneia do Sono (despertares noturnos, ronco e sonolência durante o dia).

Uma das formas mais fáceis de evitar a hipertensão é se atentar ao consumo de alimentos com maior teor de sódio, substância que é a principal causa da doença e está presente no sal. Veja abaixo algumas estimativas dos alimentos mais consumidos em nosso cotidiano: 


A recomendação da Organização Mundial de Saúde é que um adulto não deve ingerir mais do que 2 mil mg por dia.

Para alertar a população sobre os cuidados necessários com essa doença, o médico do Hospital Santa Paula respondeu a 15 mitos e verdades sobre a doença:

1 - A hipertensão é uma doença silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas
Depende. A maioria das pessoas não tem nenhum sintoma. A minoria que apresenta sintomas, pode ter dor de cabeça, vômito, falta de ar, dificuldade para respirar, agitação e visão borrada.

2 - A pressão alta pode ser controlada apenas com uma alimentação balanceada e exercício físico
Verdade. A medidas não farmacológicas podem controlar a hipertensão e prevenir seu aparecimento.

3 - Alimentos como aveia, amêndoa, noz, azeite, ervas, alho e cereais integrais ajudam no controle da pressão
Verdade. Estes alimentos são ricos em nutrientes que ajudam no controle do colesterol e melhoram a saúde das artérias, facilitando o controle da pressão elevada.

4 – O tratamento dura a vida toda
Verdade. A pressão alta não tem cura. Uma vez diagnosticada, o tratamento será para a vida toda e engloba medidas gerais de readaptação no estilo de vida, como alimentação, prática de exercícios físicos e medicamentos. 

5 - Pressão alta provoca sangramento nasal
Depende. Raramente esse sintoma aparece, mas em alguns casos pode ser um sinal para detectar a hipertensão.

6 – O histórico familiar de pressão alta indica que, obrigatoriamente, a pessoa será hipertensa
Mito. Apesar de ser mais propensa, não é porque a pessoa tem histórico familiar que ela será hipertensa. O recomendado é que a pessoa tome as precauções logo cedo para evitar a doença.

7 - Musculação ajuda a controlar a pressão alta
Mito. A atividade física aeróbica é a melhor no controle da hipertensão.

8 - A medição da pressão arterial deve ser feita diariamente
Depende. Se o paciente está em tratamento não é necessário um acompanhamento diário, basta uma medição periódica se não houver grandes mudanças no peso, nível de atividade física e quantidade de sal na dieta.

9 - Os exercícios físicos e a alimentação adequada podem dispensar o remédio do controle da pressão
Verdade. Se houver uma redução significativa de peso e quantidade de sal e gorduras na dieta, os medicamentos podem ter sua dose reduzida ou, em alguns casos, sua suspensão completa.

10 – Os índices aceitáveis variam conforme a idade e o estado de saúde
Verdade. Os índices numéricos aceitáveis para a pressão arterial ser considerada normal é de 12 X 8. Abaixo de 14 X 9 é aceitável. Se existe a presença de diabetes ou doença renal esse nível é mais baixo. Acima de 70 anos pode-se aceitar níveis até 15 X 8.

11 – As mulheres sofrem mais de hipertensão do que os homens porque são mais frágeis
Mito. As mulheres sofrem mais de hipertensão após a idade da menopausa. Isso acontece pela perda da produção do estrogênio após a menopausa e também pelo fato de que a pressão se eleva com a idade. A longevidade das mulheres é maior.

12 – Sem tratamento adequado a hipertensão pode levar a morte
Verdade. Se não tratada corretamente, a hipertensão pode causar doenças no sistema cardiovascular como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e AVC (acidente vascular cerebral), que podem levar a morte.

13 - Uma criança com obesidade e pressão alta, pode tomar remédio mesmo sendo muito jovem
Verdade. Dependendo da gravidade do problema, apenas a medicação pode controlar a pressão arterial.

14 - Os sintomas de pressão alta e baixa são os mesmos
Depende. A pressão baixa mais frequentemente é associada com escurecimento visual, tontura e sensação de desmaio. A pressão elevada geralmente não tem nenhum sintoma.

15 - Em grávidas, a hipertensão costuma aparecer com mais frequência
Mito. Nos priméiros meses de gravidez a pressão geralmente é baixa. No último trimestre ela pode se elevar levando a uma doença chamada pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.


Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000 
www.santapaula.com.br 

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