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segunda-feira, 25 de abril de 2016

O primeiro acordo climático global da história







O dia 22 de abril, dia da Terra, foi designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2009 como forma de reconhecer a responsabilidade de toda humanidade em promover a harmonia com a natureza e o planeta Terra, com o objetivo de alcançar um equilíbrio justo entre as necessidades econômicas, sociais e ambientais das atuais e das futuras gerações.

Pois foi esse dia, carregado de simbolismo, que foi destinado para a assinatura do acordo climático alcançado em Paris durante a COP-21 com a participação de 195 países. Com comparecimento recorde de 165 países o evento de formalização das assinaturas foi um sucesso sem precedentes demonstrando o interesse e preocupação dos países diante do agravamento do aquecimento global.

Durante a semana do evento, a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) divulgou relatório indicando que o mês de março deste ano foi o mais quente já registrado desde que se iniciaram as medições em 1880. Foi o 11º mês consecutivo em que se bate este recorde, revelando uma sequência inédita e preocupante, pois indicam que o processo de aquecimento global está se acelerando. Acrescente-se que 2015 foi o ano mais quente já registrado, superando o de 2014 que havia atingido esse recorde anteriormente. E, tudo indica que 2016 superará o ano anterior.

O impacto causado pelas mudanças climáticas continua desestabilizando diversas formas de vida, ecossistemas e grandes regiões, como o Ártico e a Groenlândia. A desertificação e a seca têm provocado o deslocamento massivo de pessoas em todos continentes, causando epidemias e gerando conflitos pelo controle de recursos. As mudanças climáticas são parte integrante da agenda de política exterior de todos os países, pois afeta a segurança global no atual momento, e não num futuro distante. Assim, a ação coletiva universal passa a ser fundamental para conter a ameaça.

Nesse sentido o Acordo climático para o qual foram colhidas assinaturas em número recorde, constitui uma ferramenta importante nessa ação coletiva, pois é um tratado legalmente vinculante que para ter força de lei deve ser ratificado pelos organismos legislativos de cada país. E somente quando se conseguir a adesão de 55 países, que representem pelo menos 55% do total das emissões de gases do efeito estufa (GEE) é que passará a vigorar substituindo o atual protocolo de Quioto em 2020.

O processo de ratificação pelos legislativos nacionais pode ser lento ou rápido e dependerá principalmente da mobilização obtida pelos diversos atores em suas respectivas sociedades. Todos devem realizar sua parte para que se alcance a vigência do acordo o quanto antes. Além dos atores estatais devem participar ativamente organizações não governamentais, empresas, cidades entre outros num esforço coletivo de implementação, que em sua fase inicial deve ter como foco a pressão sobre os legislativos nacionais para sua ratificação.

Ato contínuo, cada país tem a responsabilidade de desenvolver políticas de incentivo a práticas que reduzam a emissões de GEE contribuindo decisivamente para que se abra uma perspectiva de se alcançar um mundo sem a utilização dos combustíveis fósseis.

O Brasil tem um importante papel nesse processo, não só pelas suas dimensões continentais, sua população, mas principalmente pelos recursos que possui e que podem vir a substituir a utilização dos combustíveis fósseis num prazo relativamente curto pois tem condições para utilização de diversas fontes de energia: eólica, solar, bioenergia entre outras numa matriz diversificada que não nos torna dependentes de um só recurso como ocorre atualmente em relação aos combustíveis fósseis e a dependência em relação à energia obtida das hidrelétricas.

Ao mesmo tempo se deve combater as propostas que estão sendo veiculadas de intensificação da utilização de carvão em usinas termelétricas com o argumento de custo baixo, ou da utilização do “fracking”, fracionamento das rochas de xisto betuminoso para obtenção de gás e petróleo com a utilização de água e produtos químicos. Alternativas que são incompatíveis com o Acordo Global que assinamos e certamente ratificaremos.



Reinaldo Dias - professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas. É Doutor em Ciências Sociais, Mestre em Ciência Política pela Unicamp. É especialista em Ciências Ambientais.

Lei da Reconstrução Mamária completa três anos




No aniversário da Lei da Reconstrução Mamária, Femama explica o procedimento, quando é necessária sua realização e quem tem direito

A reconstrução mamária é uma cirurgia plástica reparadora, realizada após a retirada total ou parcial da mama, devido ao tratamento de câncer. Hoje é aniversário da Lei 12.802/2013, que, desde 2013, garante a pacientes o direito de realizar o procedimento por meio do SUS imediatamente após a retirada, total ou parcial, das mamas, se houver condições médicas, ou assim que a paciente apresentar os requisitos clínicos necessários, sempre respeitando a vontade da paciente em realizar o procedimento. Muitas mulheres desconhecem esse direito, por isso a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio ao Câncer de Mama (Femama) oportunamente esclarece o assunto.

A reconstrução mamária imediata significa que a paciente passa por cirurgia plástica reparadora da mama no mesmo ato cirúrgico da mastectomia (cirurgia para retirada da mama) ou da cirurgia conservadora (cirurgia de retirada apenas do tumor). Com isso, a paciente evita nova cirurgia para realizar essa etapa, além de não passar pela experiência de conviver com a ausência de uma das mamas, que pode ser algo impactante para algumas pacientes. Por isso, sempre que possível, a reconstrução deve ser imediata.

Apesar da reconstrução mamária imediata ser viável em cerca de 90% dos casos, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, por vezes não é possível que o procedimento ocorra no mesmo ato cirúrgico que a retirada da mama ou do tumor. O momento ideal para a reconstrução depende de algumas condições técnicas, influenciadas pelo tipo de câncer, seu estágio, tipo de tratamento indicado e também por características pessoais e emocionais de cada paciente. Por isso, é importante conversar com o mastologista antes da cirurgia para que juntos, médico e paciente, decidam sobre a melhor conduta.

Imediata ou não, a reconstrução mamária é direito de todo paciente de câncer de mama que passou por cirurgia na mama durante o tratamento da doença. Esse direito deve ser exigido junto ao SUS e aos planos de saúde antes da realização da mastectomia ou cirurgia conservadora, ou a qualquer momento após esses procedimentos, no caso de uma reconstrução tardia. Não há restrições etárias ou de outra ordem para o acesso a esse direito. Ainda assim, muitas pacientes ainda sofrem por não conseguirem realizar a cirurgia. Entre as principais dificuldades na rede pública, estão o baixo investimento do SUS para a realização do procedimento, bem como a falta de próteses e de especialistas disponíveis para a intervenção.


Pesquisa

A Femama busca pacientes de câncer de mama que tenham passado por mastectomia (retirada total da mama) para participar de uma pesquisa sobre reconstrução mamária.

Liderado pela Femama, com apoio da Johnson & Johnson Medical Devices Brasil, o estudo visa identificar o nível de conhecimento dessas pacientes sobre o procedimento de reconstrução mamária, direito garantido por Lei, além de levantar informações sobre os fatores envolvidos na decisão das pacientes por optarem ou não pela realização do procedimento.

Perfil das pacientes que podem participar da pesquisa:
- Mulheres com idade entre 18 e 69 anos
- Que tiveram câncer de mama e passaram por procedimento de mastectomia
- Que realizaram ou não a reconstrução mamária
- Pacientes tratadas via qualquer sistema de saúde (público ou privado)
- Que residam ou tenham realizado tratamento nos estados da Bahia, Paraná e São Paulo.

Para participar da pesquisa, basta preencher os dados do formulário, que pode ser encontrado no link http://goo.gl/forms/XgWpOr1kBN

A falta de sono pode acabar com a sua saúde




Especialista do Hospital CEMA explica por que a privação do sono pode ser tão prejudicial para o organismo e dá dicas de como dormir melhor


Experimente ficar sem dormir por um dia. 24 horas ininterruptas sem deitar a cabeça no travesseiro. Agora, tente ficar dias sem um bom sono. Certamente, você não vai aguentar firme por muito tempo.

A falta de sono é extremamente nociva para a saúde, aumenta a probabilidade de doenças como hipertensão, diabetes e depressão. Eleva os níveis de cortisol no cérebro - hormônio diretamente envolvido na resposta ao estresse -, causa problemas no sistema imunológico, déficits cognitivos, descontrole de peso e até distúrbios psíquicos. "Pesquisas mostram que um dia sem dormir já tem um efeito importante na saúde humana. Demoramos muito para nos recuperamos dessa privação", explica o otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono do Hospital CEMA, Alfredo Lara.

Os danos não param por aí. Irritabilidade, perda de memória, síndrome de fadiga crônica e sonolência excessiva, claro. O sono não é só descanso, ele restabelece as energias e mantém o organismo saudável. Por isso, precisa ser prioridade. E nada de querer descontar o sono ruim dias depois, algo comum para algumas pessoas. "É errado pensar que podemos ficar privados do sono durante a semana e dormir muito para recuperamos o tempo perdido no fim de semana", ressalta o médico. Os malefícios para o organismo são os mesmos.

Mas, afinal de contas, quanto tempo uma pessoa precisa dormir por dia para ficar bem, saudável, disposta? "Depende. Em média, de 7 a 8 horas de sono por dia é o padrão. Mas há os dormidores longos, que necessitam de mais horas, e os curtos, que precisam de menos. A quantidade de sono ideal de sono é aquela em que o indivíduo consiga sentir-se plenamente repousado e recuperado, após a noite", diz Lara. 

Além da quantidade de horas, é importante atentar-se para a qualidade do sono. Algumas medidas podem ajudar a dormir melhor. O especialista destaca algumas:

- Prefira ambientes escuros e silenciosos para dormir;

- Evite refeições pesadas antes de deitar; 

- Evite também o consumo de cafeína, estimulantes ou bebidas alcóolicas até 6 horas antes de ir para cama;

- Praticar atividades físicas é fundamental, porém, até, no máximo, 4 horas antes do horário do sono estabelecido, já que pode atrapalhar por servir como estimulante;

- Estabeleça uma rotina. Dormir sempre no mesmo horário regula seu organismo para acostumar-se a relaxar e pegar no sono mais fácil;

- Mantenha uma temperatura agradável no quarto. Isso ajuda a regular a temperatura do corpo.

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