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quarta-feira, 6 de abril de 2016

No Dia Mundial da Atividade Física, Marcio Atalla dá cinco dicas para se movimentar com saúde





Comemorado no dia 06 de abril, a data reforça a importância de fazer exercícios regulamente

Praticar atividades físicas é uma das principais formas de medicina preventiva. Uma pessoa ativa vai sete vezes menos ao médico do que aquelas que são sedentárias. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade é o quarto maior fator de risco de mortalidade global.

No entanto, muitos brasileiros ainda não se conscientizaram sobre a importância da prática de exercícios físicos. Quase metade (48%) da população brasileira é sedentária, aponta a Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. O estudo mostrou ainda que 35% da população se exercita três vezes por semana, quando o ideal seria 30 minutos por dia, cinco vezes por semana.

“O Dia Mundial da Atividade Física não deve ser visto como mais uma data comemorativa, mas sim como um reforço e estímulo à mudança para hábitos mais saudáveis, pois a população precisa disso. Mesmo com a rotina agitada, é possível encontrar uma janela para se exercitar e, consequentemente, cuidar da saúde”, diz Marcio Atalla, preparador físico e apresentador do programa Medida Certa, do Fantástico.
Veja algumas dicas do preparador físico para iniciar as atividades físicas com saúde:

1.       Olhe para o ambiente - Muitas vezes, as pessoas não têm tempo de ir à academia, mas há várias outras opções viáveis, explica Atalla. “Entre elas, trocar o elevador pela escada, nadar na piscina do prédio ou correr no parque aos finais de semana, usar a bicicleta como meio de transporte, entre outros. A dica é: olhe ao redor e preste atenção em atitudes simples que podem ser transformadas em movimento”, completa.

2.       Não se prive – Um estilo de vida saudável não significa abrir mão dos pequenos prazeres, o que importa, sempre, é o equilíbrio entre as calorias ingeridas e as gastas. No contexto da alimentação, o corpo precisa de todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. “Dietas da moda que excluem o açúcar, gordura ou o glúten não são eficazes no longo prazo. Para quem está num projeto de fazer exercícios, inclusive, o carboidrato tem papel fundamental como fonte rápida de energia e fortalecimento dos músculos”, afirma o preparador.

3.       Descubra uma atividade que te dê prazer – Estar em movimento é essencial, porém, para ser algo regular, precisa ser também prazeroso. Sendo assim, vá trás do que você gosta de verdade! Se não é a academia, que tal tentar fazer aulas de dança, natação, yoga, pilates, as possibilidades são variadas e atendem à todos os gostos.

4.       Convoque um(a) amiga(o) -  Atividades em grupo ajudam bastante, principalmente, quando é preciso motivação. Segundo um estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, pessoas que treinam com amigos tem uma perda de peso maior, além de ter mais chances de manter a regularidade dos exercícios.  Segundo Atalla, o exercício proporciona a criação de uma rede de pessoas que gostam de praticá-los juntas, seja na academia, no parque ou em qualquer outro espaço, promovendo encontros prazerosos.

5.       Pense nos benefícios do movimento e alimentação saudável – Cuidar da saúde reflete em muitos benefícios, tais como autoestima, longevidade e prevenção. Quem não quer ter um corpo bonito? O padrão de beleza é individual, mas as atividades e boa alimentação contribuem para qualquer gosto, principalmente, para quem busca o emagrecimento, a manutenção do peso ou o fortalecimento dos músculos. O movimento está relacionado à medicina preventiva, ou seja, os benefícios das atividades são tantos que até podem evitar gastos médicos no futuro, já que o corpo permanece mais forte e resistente.

 
Campanha Doce Equilíbrio - http://www.campanhadoceequilibrio.com.br/) - www.facebook.com/campanhadoceequilibrio - http://instagram.com/campanhadoceequilibrio

Ceratocone: o que o anel intraestromal faz por sua visão?





Um dos avanços mais recentes no tratamento do ceratocone – doença que afina e aumenta a curvatura da córnea, promovendo rápida progressão da miopia e do astigmatismo – é o implante do anel intraestromal. De acordo com Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, esse dispositivo é especialmente indicado para quem não consegue corrigir a visão fazendo uso de lentes de contato. “Os anéis intraestromais foram desenvolvidos, inicialmente, para melhorar os resultados obtidos com a cirurgia refrativa a laser – principalmente para reduzir efeitos de cicatrização da córnea. Mas, sendo ajustável e reversível, a técnica vem apresentando resultados refracionais surpreendentes”.

Neves explica que o implante do anel intraestromal é um procedimento simples, em que o paciente é levemente sedado em ambiente cirúrgico e tem alta no mesmo dia. “Durante o procedimento, implantamos o anel – ou melhor, dois semicírculos de material rígido – na camada da córnea que se chama estroma. Além de preservar a integridade da córnea, o implante promove seu remodelamento, regulariza a superfície, desloca o ápice corneado para o centro da pupila, e promove a correção refrativa para que o paciente volte a ter boa visão”.

De acordo com o especialista, o ceratocone acomete uma em cada duas mil pessoas e costuma atingir os dois olhos. “Geralmente, um olho apresenta ceratocone em estágio mais avançado que o outro. A adolescência é o período em que a doença mais avança – tendendo a uma estabilização na idade adulta. O problema é que, dependendo do agravamento, só um transplante de córnea surge como opção para que o paciente volte a enxergar bem. Por isso é tão importante diagnosticar a doença o quanto antes e recorrer às técnicas que podem corrigir ou retardar o agravamento do quadro”.

Entre os avanços em termos de tratamento, o crosslink também tem registrado bons resultados. “Trata-se do enrijecimento do colágeno da córnea. Esse é um tratamento conservador que evita a progressão da doença. Ou seja, é ideal para ser realizado em paciente jovem. Essa técnica pressupõe a aplicação de riboflavina (vitamina B) na córnea. Esse agente fotossensibilizante estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. A técnica não só promove um aumento de rigidez biomecânica da parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como, em alguns casos, proporciona melhor visão”.

Colírios antibióticos e anti-inflamatórios são necessários durante alguns dias, até que o paciente passe a enxergar com clareza. Resultados efetivos podem ser conferidos num prazo de 90 dias. “O endurecimento da córnea é o que previne danos nas estruturas oculares profundas, sendo que não há risco para a lente nem para a retina. Assim como o implante de anéis intracorneanos, essa técnica vem sendo aprimorada e representa um avanço muito importante para a Oftalmologia, dando novas esperanças a quem está com muita dificuldade de enxergar por conta do ceratocone”, diz Neves.


 Prof. Dr. Renato Augusto Neves - cirurgião-oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

Dia Nacional do Braille: alunos com deficiência visual enfrentam dificuldades de alfabetização





Pedagoga especializada em educação especial da Laramara destaca os principais pontos que comprometem o acesso ao sistema de leitura e escrita dos cegos

Ir à escola e não encontrar professores que conheçam o sistema de leitura e escrita em Braille, não ter acesso à máquina de escrever em Braille ou aos livros escolares adaptados, o que constitui uma dura realidade para crianças, jovens e adultos com deficiência visual. Em meio a essas adversidades, estes alunos comemoram em 8 de abril o Dia Nacional do Braille, data criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância das políticas públicas para inclusão de pessoas com cegueira no sistema educacional do Brasil. Por falta de recursos, muitas crianças e jovens nessas condições frequentam a sala de aula apenas como ouvintes. 

Segundo dados do INEP, instituto do Ministério da Educação, existem mais de 70.866 mil alunos com deficiência visual matriculados em escolas de ensino regular nas classes comuns; e 6.104 mil crianças e jovens em escolas inclusivas ou salas especiais espalhadas pelo país. Mesmo com números expressivos, a falta de recursos e profissionais especializados ainda é uma realidade enfrentada por essa importante parcela da população brasileira. 

Em janeiro deste ano, entrou em vigor a Lei Brasileira da Inclusão que assegura igualdade de diretos e oportunidades entre as pessoas com deficiência, inclusive no âmbito escolar e em todas as etapas de ensino. De acordo com Maria da Graça Corsi Monteiro, pedagoga especializada em educação especial da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “muito já foi feito sobre inclusão escolar, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. O ideal é criar uma cultura de inclusão e derrubar barreiras que ainda existem para que os alunos com deficiência visual possam fazer parte efetivamente do sistema de ensino, possibilitando, assim, sua participação social”. 

O que acontece nas escolas:
Faltam professores com domínio do sistema de leitura e escrita em Braille;
Alunos vão à escola apenas como ouvintes por conta da escassez de máquina de escrever em Braille;

Carência de materiais pedagógicos adaptados em Braille. 

A especialista Maria da Graça da Laramara indica que para fazer a inclusão escolar de maneira efetiva e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso fortalecer a formação dos educadores, criando uma rede sinérgica de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e instituições assistenciais de apoio às pessoas com deficiência visual. Também é essencial ter todos os equipamentos e ferramentas que contemplem o processo de alfabetização, assim como receber apoio educacional especializado. “A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento dos alunos com cegueira ou baixa visão. O respeito aos direitos e à liberdade humana, é a questão-chave para a construção da cidadania, e deve ser incentivado”, explica. 

Em seus 24 anos de existência, a Laramara ganhou reconhecimento internacional por seus projetos assistenciais voltados ao desenvolvimento das pessoas com deficiência visual no Brasil e na 
América Latina. Ao longo de sua existência, a instituição ofereceu apoio no processo de alfabetização em Braille e na capacitação dos profissionais da educação. Também foi responsável por nacionalizar a Máquina de escrever em Braille, principal recurso para alfabetização de alunos com cegueira, produzindo mais de 10 mil equipamentos, sendo que cerca de 7mil já foram doados por meio de parcerias e projetos assistências.

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