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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Ceratocone: o que o anel intraestromal faz por sua visão?






Um dos avanços mais recentes no tratamento do ceratocone – doença que afina e aumenta a curvatura da córnea, promovendo rápida progressão da miopia e do astigmatismo – é o implante do anel intraestromal. De acordo com Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, esse dispositivo é especialmente indicado para quem não consegue corrigir a visão fazendo uso de lentes de contato. “Os anéis intraestromais foram desenvolvidos, inicialmente, para melhorar os resultados obtidos com a cirurgia refrativa a laser – principalmente para reduzir efeitos de cicatrização da córnea. Mas, sendo ajustável e reversível, a técnica vem apresentando resultados refracionais surpreendentes”.


Neves explica que o implante do anel intraestromal é um procedimento simples, em que o paciente é levemente sedado em ambiente cirúrgico e tem alta no mesmo dia. “Durante o procedimento, implantamos o anel – ou melhor, dois semicírculos de material rígido – na camada da córnea que se chama estroma. Além de preservar a integridade da córnea, o implante promove seu remodelamento, regulariza a superfície, desloca o ápice corneado para o centro da pupila, e promove a correção refrativa para que o paciente volte a ter boa visão”.


De acordo com o especialista, o ceratocone acomete uma em cada duas mil pessoas e costuma atingir os dois olhos. “Geralmente, um olho apresenta ceratocone em estágio mais avançado que o outro. A adolescência é o período em que a doença mais avança – tendendo a uma estabilização na idade adulta. O problema é que, dependendo do agravamento, só um transplante de córnea surge como opção para que o paciente volte a enxergar bem. Por isso é tão importante diagnosticar a doença o quanto antes e recorrer às técnicas que podem corrigir ou retardar o agravamento do quadro”.


Entre os avanços em termos de tratamento, o crosslink também tem registrado bons resultados. “Trata-se do enrijecimento do colágeno da córnea. Esse é um tratamento conservador que evita a progressão da doença. Ou seja, é ideal para ser realizado em paciente jovem. Essa técnica pressupõe a aplicação de riboflavina (vitamina B) na córnea. Esse agente fotossensibilizante estimula novas ligações entre as moléculas de colágeno. A técnica não só promove um aumento de rigidez biomecânica da parte anterior da córnea e estabiliza o ceratocone, como, em alguns casos, proporciona melhor visão”.


Colírios antibióticos e anti-inflamatórios são necessários durante alguns dias, até que o paciente passe a enxergar com clareza. Resultados efetivos podem ser conferidos num prazo de 90 dias. “O endurecimento da córnea é o que previne danos nas estruturas oculares profundas, sendo que não há risco para a lente nem para a retina. Assim como o implante de anéis intracorneanos, essa técnica vem sendo aprimorada e representa um avanço muito importante para a Oftalmologia, dando novas esperanças a quem está com muita dificuldade de enxergar por conta do ceratocone”, diz Neves.



Prof. Dr. Renato Augusto Neves - cirurgião-oftalmologista e diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

Lei que regulariza ativos não declarados no Exterior passa a valer a partir de abril





O compartilhamento de dados entre autoridades fiscais de diversos países deve estimular a adesão do contribuinte

Para Fernando Ayres, advogado tributarista e sócio do escritório Souto Correa, trata-se de uma legislação inédita no Brasil, que afasta a responsabilização penal de quem possui recursos não declarados ou declarados de forma incorreta fora do país. “O conceito já foi aplicado em outros países com bastante sucesso e pode ser uma boa opção para o contribuinte regularizar a sua situação”, afirma.

De 4 de abril até 31 de outubro de 2016, residentes ou domiciliados no Brasil em 31 de dezembro de 2014 que tenham sido ou sejam proprietários de recursos, bens ou direitos de origem lícita fora do país, até então não declarados ou declarados de forma incorreta à Receita Federal, poderão regularizá-los. Os valores estarão sujeitos ao pagamento do Imposto de Renda (15%), além de multa de 100% do imposto incidente sobre o valor declarado, totalizando 30%.

Com a medida, conhecida como Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), instituído pela Lei nº 13.254 - conhecida como “Lei da Repatriação”, o governo federal espera arrecadar R$ 21 bilhões este ano. Outros países, como a Itália, já aderiram à repatriação anteriormente, chegando a arrecadar mais de US$ 100 bilhões.

Fernando atenta para o fato de que instituições internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), contam cada vez mais com mecanismos que facilitam a troca de informações entre o fisco dos países. “Programas como o plano de ação BEPS (Base Erosion and Profit Shifting Action Plan) da OCDE e o FATCA (Foreign Account Tax Compliance Act), regime de prestação de informações para entidades dos Estados Unidos, do qual o Brasil é signatário desde 2014, aumentarão a exposição de quem mantém recursos não declarados no Exterior.  

Caso tais recursos sejam identificados por autoridades fiscais ou cambiais, há risco de enquadramento em crimes contra a ordem tributária ou de evasão de divisas. Esse é um incentivo para as pessoas aderirem ao regime”, explica o tributarista. Nos próximos anos, a previsão é de que mais de 100 países participem de acordos que envolvam a troca de informações financeiras internacionais, prevê.

Psicóloga do Colégio Humboldt explica como reconhecer e agir diante do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)





O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos assuntos mais polêmicos que existe na pediatria atual. Os principais sintomas da doença são dificuldade em manter a atenção, mesmo em atividades lúdicas; não finalizar tarefas escolares; perder material escolar; ser facilmente distraído por estímulos alheios a tarefa; agitação motora, entre outros. De acordo com Carolina Rodrigues, psicóloga escolar do Colégio Humboldt, escola bilíngue que completa 100 anos em 2016, estima-se que de 3 a 6% da população mundial sejam portadoras do TDAH, com uma prevalência maior no sexo masculino.

A profissional afirma que o diagnóstico da doença acontece por volta dos 7 anos de idade, período em que as crianças estão nos primeiros anos do ensino fundamental I e começam a ter mais responsabilidades, como tarefas de casa e provas. Embora o diagnóstico seja mais fácil de encontrar na faixa etária citada, o cuidado e atenção dos pais devem existir desde cedo. “Para que o diagnóstico seja confiável, os sintomas devem ter início antes dos 7 anos, estar presentes por no mínimo 6 meses e devem aparecer em pelo menos dois contextos diversos”, afirma Carolina.

Os maiores desafios para as crianças que possuem TDAH estão relacionados aos sintomas do próprio transtorno, como falta de atenção, que acaba fazendo com que a criança não consiga aprender o conteúdo de forma satisfatória e a agitação motora, que também impede que aluno aprenda uma vez que ele não consegue ficar sentado registrando a aula.

O professor é o profissional dentro da escola que passa mais tempo com o aluno, sendo assim, sua observação sobre os sinais e comportamentos discrepantes do aluno em relação a outras crianças da mesma faixa etária contribui para o encaminhamento para uma avaliação externa. “Um professor que tenha conhecimento acerca desse transtorno de aprendizagem torna-se fundamental para contribuir com o diagnóstico”, relata. Ao levantar a hipótese de TDAH, o professor e a psicóloga escolar ou coordenador devem agendar uma reunião com os pais para apresentar os dados de observação. A partir disso, o aluno é encaminhado para uma avaliação.

Ainda segundo a psicóloga, a partir do momento em que é confirmado o diagnóstico, o ideal é que escola e pais caminhem juntos para o melhor desempenho da criança. “A partir da descoberta, cabe ao psicólogo escolar orientar todos os professores envolvidos sobre quais as maiores dificuldades do aluno, como podem ajudá-lo em sala de aula e garantir que as adaptações sejam realizadas conforme combinado com a profissional que acompanha  o caso. A família, por sua vez, precisa de acolhimento e escuta para que sinta que seu filho está sendo assistido da melhor maneira possível e tem direito ao estudo como qualquer outra criança”, ressalta.

Confira outras dicas da especialista:
  • A partir da confirmação do diagnóstico, deve-se estabelecer uma parceria com os pais, apresentando uma proposta de atendimento diferenciado e de inclusão possível oferecida pela escola, e, em contraponto, a família precisa garantir um acompanhamento externo com um especialista em TDAH.

  • O professor deve, sempre que possível, elogiar o que o aluno consegue fazer – um aluno com autoestima elevada procura manter-se atento por mais tempo para receber os elogios.

  • Para facilitar o trabalho é importante incentivar a cumprir tarefas, anotar as aulas, datas de provas e trabalho, mas é preciso estabelecer alguns modelos de organização. O aluno que tem dificuldade para se conter e não consegue “entender” o espaço que ocupa precisa desses modelos: mostrar como arrumar os cadernos, como iniciar uma anotação; listar tarefas priorizando a ordem das datas; apontar as linhas no caderno para ajudar a escrever no lugar certo, etc.

  • Planejar, junto com o aluno, horário de estudo e organizar revisões orais e/ou escritas. Dessa forma, família e escola podem estabelecer os critérios a respeito do estudo mais produtivo.


Colégio Humboldt  -  www.humboldt.com.br

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