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segunda-feira, 4 de abril de 2016

CDC disponibiliza plataforma sobre o vírus Zika destinada a pediatras






Artigo analisa informações sobre o vírus Zika, suas características epidemiológicas, a apresentação clínica em crianças, testes laboratoriais, tratamentos e métodos de prevenção



Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agências do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, compilaram suas pesquisas e recomendações sobre o vírus Zika em um novo artigo, publicado no Pediatrics, jornal oficial da Academia Americana de Pediatria.

Segundo os autores do artigo, o objetivo era reunir num só local as informações relevantes para os pediatras que necessitam aconselhar as mulheres que estão pensando em viajar para lugares onde pode haver a transmissão em curso do vírus, bem como informações sobre a prestação de cuidados destinados às crianças infectadas pelo vírus Zika e suas famílias.

“O vírus Zika, um flavovírus transmitido por mosquitos, já é conhecido desde 1947, mas somente no ano passado começou a se espalhar pelas Américas. A introdução do vírus coincidiu com o aumento do número de casos de microcefalia no Brasil. Mais de 5.000 casos suspeitos de microcefalia foram relatados por aqui, desde outubro de 2015. O número supera a média de 150-200 casos por ano no Brasil”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Os pesquisadores agora estão estudando as associações entre o vírus em mulheres grávidas e os casos de microcefalia, bem como outros distúrbios neurológicos nos bebês, embora uma ligação causal ainda não tenha sido definida, apesar de muito provável. “A cada semana a doença preocupa mais as autoridades de saúde no mundo todo e mais informações científicas sugerem que a ligação entre o vírus e a microcefalia é real”, explica o pediatra.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou extrema preocupação com o vírus Zika e as doenças que ele vem causando numa conferência de imprensa realizada em 22 de março. “Embora as associações ainda não estejam definitivamente comprovadas, agora há um consenso científico de que o vírus Zika está implicado em diversos distúrbios neurológicos. O tipo de ação pedida por esta emergência de saúde pública não deve esperar por uma prova mais definitiva”, defendeu Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde.

O vírus Zika agora está espalhado em mais de 38 países e territórios na América Latina e no Caribe, segundo a OMS. Com a proximidade do verão no hemisfério norte, as autoridades dizem que provavelmente o vírus vai se espalhar pelo continente americano, particularmente em áreas que abrigam os vetores primários, o Aedes aegypti e, possivelmente, o Aedes albopictus. Em casos raros, o Zika também pode ser transmitido através do contato sexual.

“Para os 20% das pessoas infectadas que apresentam sintomas, a doença é leve e os sintomas são febre, erupção cutânea, dor nas articulações e conjuntivite. A principal preocupação é em relação aos bebês nascidos de mães que possam ter contraído Zika durante a gravidez”, explica Moises Chencinski.

O CDC, em colaboração com a Academia Americana de Pediatria, está divulgando orientações aos pediatras para que eles possam identificar lactentes e crianças que possam ter sido infectados. Confira as principais recomendações das entidades nesse sentido:

·        Lactentes devem ser testados para Zika  quando nasceram com microcefalia ou calcificações intracranianas e quando a mãe passou algum tempo em uma área afetada durante a gravidez ou teve contato sexual com um parceiro do sexo masculino que viajou para as áreas de disseminação do  vírus;
·        Lactentes devem ser testados para Zika se a mãe teve um teste positivo ou inconclusivo para Zika, pois muitos defeitos de nascimento não são detectados no pré-natal ou no momento do nascimento;
·        Crianças cujas mães apresentaram resultados negativos para Zika ou não foram testadas e que não nasceram com microcefalia ou calcificações intracranianas devem receber cuidados preventivos rotineiramente;
·        A suspeita de Zika deve ser levantada em crianças com dois dos sintomas acima mencionados em suas duas primeiras semanas de vida se a mãe viajou para uma das áreas afetadas, antes de duas semanas do parto;
·        A suspeita de Zika deve ser levantada em crianças que apresentam pelo menos dois sintomas depois de duas semanas de viagem a uma área afetada;
·        Os adolescentes também podem ser expostos ao vírus através do contato sexual com um homem que passou um tempo em uma área afetada.

Nos EUA, o vírus é uma doença de notificação obrigatória nacional e deve ser relatado para os departamentos de saúde estaduais ou locais para facilitar o teste. Os dirigentes do CDC dizem que estão trabalhando para melhorar a disponibilidade de testes de diagnóstico, mas nenhum deles está disponível no mercado americano no momento.

“Para lactentes e crianças que contraem o Zika através da picada do mosquito, a doença é tipicamente leve, como é nos adultos. O tratamento envolve cuidados de suporte. Nos EUA, as mortes de duas adolescentes têm sido associadas com o vírus, mas, pelo menos, uma delas tinha outras condições pré-existentes de saúde graves. Os pesquisadores também estão explorando possíveis associações entre o vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré”, informa o médico.

Vírus Zika x aleitamento

Chencinski destaca que “o vírus Zika já foi encontrado no leite materno, mas não há casos infantis de infecção pelo vírus relacionados com a amamentação. As entidades de saúde recomendam que as mães com diagnóstico de Zika, que vivam em áreas onde o vírus esteja se espalhando, continuem a amamentar. Não há nenhuma evidência de transmissão (através do leite materno) e nós já sabemos quais são os benefícios da amamentação”.

Como medida preventiva, as autoridades de saúde recomendam que as mulheres grávidas evitem viagens para áreas onde o vírus esteja disseminado, pois não há vacinas disponíveis. “Todos os que viajam para áreas onde o Zika vírus está sendo transmitido devem tomar medidas para evitar picadas do mosquito”, destaca Chencinski, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo.





Moises Chencinski - http://www.drmoises.com.br - Email: fale_comigo@doutormoises.com.br - Fanpage: https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski

Segurança para os Pais e Avós




Aplicativo Me Appego é capaz de monitorar os idosos em tempo real e até observar se houve algum acidente

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população de idosos morando sozinhos no Brasil cresceu quase 80% entre 1999 e 2009 e já soma 2,9 milhões de pessoas no nosso país. Atrelada a essa estatística, está a alarmante realidade dos acidentes domésticos, como por exemplo, as quedas frequentes de pessoas da terceira idade. Isso ocorre devido ao desequilíbrio e à redução da massa muscular, que gera menos força e menor proteção do esqueleto contra o impacto gerado pelos tombos.

Lançado recentemente pelo Grupo C&M, o aplicativo ME APPEGO funciona com um dispositivo que promove o monitoramento de pessoas, objetos e animais em tempo real. Dentre as funcionalidades do aplicativo há um sensor de movimento que permite detectar se houve alguma queda ou movimento brusco de um idoso. Se isso ocorrer, será emitido um alerta para o aplicativo ligado à rede de pessoas, como filhos, familiares e cuidadores, que terão a chance de tomar providências mais rapidamente.

Para aqueles que moram sozinhos, a demora no socorro pode agravar ainda mais o estado de saúde dos idosos. O dispositivo de apenas 5 cm que pesa somente 35 gramas pode ser colocado em uma pulseira, colar ou até mesmo no bolso. Desse modo, o idoso é monitorado em tempo real e os seus familiares conseguem saber onde ele está e se houve alguma alteração gravitacional.

Aos idosos que sofrem do Mal de Alzheimer, ou alguma outra doença em que é preciso um monitoramento full time, o aplicativo possibilita que se crie uma “cerca virtual”, que delimita um perímetro que não pode ser ultrapassado. Caso a pessoa saia do perímetro determinado, são emitidos, ao mesmo tempo, alertas por notificação, e-mail e SMS, que possibilita que seja verificado, em tempo real, o que está acontecendo.

Sobre o aplicativo e o dispositivo
A novidade também conta com um botão SOS para localizações rápidas, além de aviso de socorro, sensores de gravidade e, ainda, alarme de velocidade. Também é resistente à água, poeira e areia. 

O dispositivo possui um sistema de posicionamento GPS utilizando a tecnologia satelital; LBS para localização a partir da rede de telefonia móvel; e assistência ao GPS, conhecida como A-GPS, que confere maior eficiência à conexão tornando-a mais rápida e estável.

Entre as funções estão: detector de queda, rastreamento em tempo real, bateria recarregável com modo de economia e duração de até 20 dias, cabo mini USB, estação de carregamento, elásticos de conexão, SIM Card Vodafone M2M de 5 MB, suporte de encaixe multifuncional, medalha PIN com um número identificador caso o dispositivo esteja sem bateria ou sinal (ferramenta que permite a quem encontrou o dispositivo alertar os perfis monitores pela plataforma ME APPEGO), pacote de dados mensais Vodafone e cadastro na rede Me Appego, com conteúdo e ofertas exclusivas. 

Após adquirir o serviço, o consumidor tem todo o suporte pós-venda. A compra do dispositivo pode ser feita pelo site: www.meappego.com.br e custa em torno de R$ 700,00.  A utilização do serviço sai por apenas R$ 19,90 mensalmente.

Grupo C&M Executive  - www.cemexecutive.com.br

Pânico provoca falta de Tamiflu em farmácias; SUS dá remédio com receita






O pânico em torno de uma nova epidemia de Gripe A explica o sumiço do Oseltamivir -- nome genérico do Tamiflu -- nas farmácias da cidade de São Paulo. Mas não deveria ser assim. As pessoas consideradas vulneráveis é que devem tomar o remédio, e com receita médica. É o que diz o médico infectologista Carlos Magno Fortaleza, do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu (interior paulista). E, para quem tem receita, o SUS (Sistema Único de Saúde) fornece o remédio gratuitamente. 

Entre os critérios de vulnerabilidade elencados pelo Ministério da Saúde estão doenças crônicas do coração e pulmonares, por exemplo, além de diabetes, gestantes, crianças e idosos. De acordo com o professor, estudos científicos apontam que apenas algo em torno de 1% a 2% dos casos evoluem com maior gravidade dentro de um universo inteiro de pessoas com Gripe A – e é justamente nessa faixa em que entram os vulneráveis.

"O uso do Oseltamivir tem que, de fato, ser priorizado às pessoas mais vulneráveis, às que apresentam evolução mais grave. Tinha que ser feita essa 'peneira'. Mesmo porque, é sabido que o uso indiscriminado de todas essas medicações está associado à resistência a elas, no futuro, por parte do organismo", disse Fortaleza.
Para o infectologista, o fato de o Oseltamivir  ser vendido sem prescrição médica nas farmácias privadas é um fator que contribui para o desequilíbrio entre demanda e oferta: "Tinha que ter um critério para a venda desse remédio – por exemplo, só com receita. Porque, em momentos de pânico, como agora, ele some; há mais procura do que a capacidade de produção da indústria", analisou.

Nas farmácias da rede SUS (Sistema Único de Saúde) o medicamento é liberado mediante receita médica com o nome genérico do remédio. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há oferta do medicamento em todas as regiões. Um site da prefeitura indica onde tem remédio.

"Temos tido problemas sérios com Prontos Socorros --porque estamos tentando redirecionar às Unidades Básicas de Saúde o fluxo de pacientes menos graves. Mas, mesmo com gripe leve, diante de toda a comoção pública com a doença, as pessoas correm aos PSs de imediato", afirmou o infectologista da Faculdade de Medicina em Botucatu, que já trabalhou na Secretaria de Estado da Saúde em São Paulo.

"Acho que há lugares em que os PSs não estão dando conta de tanta demanda. Mas acredito que, com organização, a rede rede pública pode dar conta – ainda que com dificuldades. Demos conta da pandemia de 2009, que foi algo muito pior do que temos hoje", lembrou.
Metade das mortes é em pessoas vulneráveis
Fortaleza menciona ainda que estudos sobre a pandemia de Gripe A em 2009 apontaram que ao menos metade das mortes causadas pela doença foi registrada em pessoas predisponentes.

"Parece um empate com as não-vulneráveis, mas, na prática, o número de pessoas com condições predisponentes é pequeno; então, o risco de elas morrerem foi muito maior", explicou.

"Temos a possibilidade de otimizar o uso do Oseltamivir para as pessoas que já apresentam, de início, um quadro de evolução grave ou pessoas com morbidades – se isso for feito, certamente conseguiremos evitar que falte medicamento para todo mundo", concluiu.

Apesar de todo o alarido em torno do Tamiflu – e da falta dele no mercado –, tanto Fortaleza quanto outro infectologista ouvido pelo UOL mencionaram um medicamento que poderia ser alternativa no combate aos sintomas da Gripe A, o relensa, ou zanamivir (nome genérico).

“Geralmente, pacientes de maior gravidade é que têm necessidade desse tratamento, sejam asmáticos, diabéticos, cardiopatas... O efeito do Relensa é o mesmo do Tamiflu, e, como ele, deve ser usado logo nas primeiras 48h iniciais para inibir a replicação do vírus"

Infectologista Edmilson Migowski, presidente do Instituto Vital Brazil, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)


Janaina Garcia
Colaboração para o UOL, em São Paulo

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