Pesquisar no Blog

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Pânico provoca falta de Tamiflu em farmácias; SUS dá remédio com receita






O pânico em torno de uma nova epidemia de Gripe A explica o sumiço do Oseltamivir -- nome genérico do Tamiflu -- nas farmácias da cidade de São Paulo. Mas não deveria ser assim. As pessoas consideradas vulneráveis é que devem tomar o remédio, e com receita médica. É o que diz o médico infectologista Carlos Magno Fortaleza, do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu (interior paulista). E, para quem tem receita, o SUS (Sistema Único de Saúde) fornece o remédio gratuitamente. 

Entre os critérios de vulnerabilidade elencados pelo Ministério da Saúde estão doenças crônicas do coração e pulmonares, por exemplo, além de diabetes, gestantes, crianças e idosos. De acordo com o professor, estudos científicos apontam que apenas algo em torno de 1% a 2% dos casos evoluem com maior gravidade dentro de um universo inteiro de pessoas com Gripe A – e é justamente nessa faixa em que entram os vulneráveis.

"O uso do Oseltamivir tem que, de fato, ser priorizado às pessoas mais vulneráveis, às que apresentam evolução mais grave. Tinha que ser feita essa 'peneira'. Mesmo porque, é sabido que o uso indiscriminado de todas essas medicações está associado à resistência a elas, no futuro, por parte do organismo", disse Fortaleza.
Para o infectologista, o fato de o Oseltamivir  ser vendido sem prescrição médica nas farmácias privadas é um fator que contribui para o desequilíbrio entre demanda e oferta: "Tinha que ter um critério para a venda desse remédio – por exemplo, só com receita. Porque, em momentos de pânico, como agora, ele some; há mais procura do que a capacidade de produção da indústria", analisou.

Nas farmácias da rede SUS (Sistema Único de Saúde) o medicamento é liberado mediante receita médica com o nome genérico do remédio. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há oferta do medicamento em todas as regiões. Um site da prefeitura indica onde tem remédio.

"Temos tido problemas sérios com Prontos Socorros --porque estamos tentando redirecionar às Unidades Básicas de Saúde o fluxo de pacientes menos graves. Mas, mesmo com gripe leve, diante de toda a comoção pública com a doença, as pessoas correm aos PSs de imediato", afirmou o infectologista da Faculdade de Medicina em Botucatu, que já trabalhou na Secretaria de Estado da Saúde em São Paulo.

"Acho que há lugares em que os PSs não estão dando conta de tanta demanda. Mas acredito que, com organização, a rede rede pública pode dar conta – ainda que com dificuldades. Demos conta da pandemia de 2009, que foi algo muito pior do que temos hoje", lembrou.
Metade das mortes é em pessoas vulneráveis
Fortaleza menciona ainda que estudos sobre a pandemia de Gripe A em 2009 apontaram que ao menos metade das mortes causadas pela doença foi registrada em pessoas predisponentes.

"Parece um empate com as não-vulneráveis, mas, na prática, o número de pessoas com condições predisponentes é pequeno; então, o risco de elas morrerem foi muito maior", explicou.

"Temos a possibilidade de otimizar o uso do Oseltamivir para as pessoas que já apresentam, de início, um quadro de evolução grave ou pessoas com morbidades – se isso for feito, certamente conseguiremos evitar que falte medicamento para todo mundo", concluiu.

Apesar de todo o alarido em torno do Tamiflu – e da falta dele no mercado –, tanto Fortaleza quanto outro infectologista ouvido pelo UOL mencionaram um medicamento que poderia ser alternativa no combate aos sintomas da Gripe A, o relensa, ou zanamivir (nome genérico).

“Geralmente, pacientes de maior gravidade é que têm necessidade desse tratamento, sejam asmáticos, diabéticos, cardiopatas... O efeito do Relensa é o mesmo do Tamiflu, e, como ele, deve ser usado logo nas primeiras 48h iniciais para inibir a replicação do vírus"

Infectologista Edmilson Migowski, presidente do Instituto Vital Brazil, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, e professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)


Janaina Garcia
Colaboração para o UOL, em São Paulo

Crime de furto é o mais comum entre os liberados provisoriamente





A redução de prisões desnecessárias, depois da implantação das Audiências de Custódia em todo o país pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem mantido fora das cadeias suspeitos de delitos de baixo potencial ofensivo, como o furto, o crime mais comum entre os casos de liberdade provisória sob condições. É o que se verifica nos três maiores tribunais de Justiça (São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro) que receberam pouco mais da metade (50,8%) dos 20,1 milhões de novos casos da Justiça Estadual em 2014, último dado disponível.

"O furto é um crime leve, se cometido sem grave ameaça, e um dos casos mais relacionados à miséria", avalia o juiz Rodrigo Tellini, do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária de São Paulo (DIPO). Primeiro estado a receber as audiências de custódia, em fevereiro de 2015, São Paulo registrou 3.999 flagrantes de furto, de março a dezembro do ano passado. Desse total, apenas 29,13% foram convertidos em prisão preventiva. "Colocar um furtador de mercado na cadeia ou um pequeno traficante, que poderiam responder em liberdade, é fornecer alvos fáceis para o crime organizado", avalia o juiz.

Com pena de um a quatro anos de detenção e multa, o tratamento ao crime de furto difere do de delitos com punição semelhante. Casos de porte ilegal de arma de fogo — de um a três anos de detenção — tiveram maior conversão em prisão em São Paulo (40,15%). “Em regra, o porte antecede o roubo”, observa o magistrado.

Primários - Em Minas Gerais, onde as audiências de custódia passaram a ser realizadas a partir de agosto do ano passado, 5.081 pessoas presas em flagrante passaram pelo procedimento, sendo que 42% receberam liberdade provisória com medida cautelar.

“Vários furtos, em Minas, são cometidos por réus primários. Há casos de peças de roupa em shopping, por exemplo. Mesmo os suspeitos com outras passagens quase nunca têm condenações anteriores”, relata a coordenadora da Central de Flagrantes do Tribunal de Justiça do estado, juíza Paula Murça.

Segundo a magistrada, grande parte das subtrações em Minas Gerais está ligada à falta de condições materiais. “Em muitos casos, a autoridade policial arbitra fiança, só que o processo vem para a audiência porque os familiares não conseguem pagar. Não fosse a audiência de custódia, os réus estariam presos dias a mais por crimes menores", afirma.

No Rio de Janeiro, depois dos furtos, os crimes de estelionato e de receptação ocupam a segunda e terceira posições. O estado — que adotou as audiências de custódia em setembro do ano passado — chegou à milésima audiência em fevereiro. Entre as liberdades provisórias concedidas estão a de um morador de rua pego com duas latas de azeite roubadas em um mercado e de uma mulher e sua empregada que saíram do estabelecimento comercial sem pagar as compras.

“O furto é o delito onde a incidência de solturas é maior por vários motivos”, afirma a juíza Marcela Assad Caram, responsável pela Central de Audiências de Custódia do TJRJ. “Dificilmente, se condenado, o réu receberá regime fechado, razão pela qual não faz sentido ficar em regime mais gravoso na medida cautelar do que em eventual cumprimento de sentença”, conclui.

Isaías Monteiro
Agência CNJ de Notícias

Dia Mundial da Saúde: evento no Parque do Povo tem foco no envelhecimento saudável e traz esportistas com mais de sessenta anos para um bate-papo sobre vida e saúde





O número de pessoas com mais de sessenta anos deverá duplicar até 2050, segundo a OMS. Como vida longa não significa necessariamente vida saudável, o Hospital Santa Paula irá discutir o assunto no Dia Mundial da Saúde

A comunidade poderá fazer exames e participar de um circuito funcional. Tudo gratuito

O Hospital Santa Paula promove no dia 9 de abril, das 8h às 13h, no Parque do Povo (zona sul de São Paulo), a 9ª edição do evento destinado ao Dia Mundial da Saúde. O tema deste ano é Você Pode Sim e o destaque fica por conta de um bate-papo com a participação de esportistas com idade a partir de sessenta anos para falar de saúde e suas vivências em esportes nesta faixa etária.

De acordo com o relatório divulgado no final de 2015 pela Organização Mundial da Saúde, o avanço da medicina ajudou as pessoas a terem uma vida mais longa. Com isso, até 2050 deve duplicar o número de pessoas com mais de 60 anos, o que exigirá uma mudança social radical. A preocupação da OMS é assegurar que essas pessoas tenham anos extras saudáveis, significativos e dignos. Para isso, o relatório enfatiza que os governos têm de garantir políticas que permitam às pessoas mais velhas continuar participando da sociedade.

Para contribuir com o debate sobre envelhecimento saudável, o Hospital Santa Paula convidou três esportistas com mais de sessenta anos para falar de suas trajetórias, sendo que dois deles começaram a praticar esporte depois dos cinquenta anos de idade. São eles:

Nora Rónai: 92 anos, a arquiteta italiana recentemente bateu o recorde mundial dos 100 metros borboleta na categoria Máster de natação. Sua história de vida inclui a fuga do nazismo, do ditador Mussolini e da II Guerra Mundial na década de 40. Um ano após a morte do marido, o escritor Paulo Rónai, ocorrida há 22 anos, Nora começou a nadar e a acumular medalhas e recordes mundiais de natação na categoria máster. Após a enchente na Região Serrana, em 2010, ela teve que sair de seu sítio e se mudar para a região mais central do Rio de Janeiro. Sua história está registrada no livro "Memórias de um lugar chamado onde". Em cada página, a paixão pelo esporte está presente.

Odilon Martins: 86 anos, lenda-viva do remo catarinense, é um dos remadores mais velhos ainda em atividade no Estado e conhece grande parte da história do esporte no país. Pratica e vive o remo desde 1952. Recentemente, esteve presente na Bélgica para participar de campeonatos mundiais da categoria Máster. Atualmente, se esforça para manter vivas as raízes do esporte e atrair crianças e jovens para a vida saudável por meio do esporte. É um exemplo tão grande para o esporte que foi indicado pela campeã mundial Fabiana Beltrame para conduzir a tocha olímpica durante o revezamento que irá preceder os Jogos Olímpicos.

Lúcio Diniz: 72 anos, acumula mais de 600 corridas de rua e medalhas, e quase 400 troféus. Sua história é escrita em cada passada. Mineiro de Esmeraldas, Seu Lúcio mora em Contagem e começou a correr aos 55 anos, depois que se aposentou como técnico em eletrônica. Ele conta que se recusou a passar a aposentadoria em casa, na frente da televisão. Começou o treinamento específico para as corridas em 2 de outubro de 1997 e passou a registrar tudo em seu diários. Ele participa de competições quase todos os domingos. Sua rotina semanal e treinos na rua, além de dois dias de descanso para o corpo.

A conversa tem início às 10h terá em torno de 1h30 de duração. A mediação será realizada pelo cardiologista e diretor médico do Hospital Santa Paula, Otavio Gebara, a geriatra Maristela Soubihe e a personal trainer Cau Saad.

Circuito funcional e exames preventivos gratuitos

Além do bate papo, Cau Saad vai levar seu conhecido circuito funcional para o evento com exercícios que podem ser praticados por pessoas de todas as idades. O objetivo é trabalhar todas as capacidades físicas do indivíduo como força, equilíbrio, concentração, superação, flexibilidade, agilidade, performance, coordenação motora, consciência corporal e prevenção de lesões. 

Durante todo o evento haverá uma tenda de assistência à população com uma equipe médica formada por cardiologistas, clínicos gerais, enfermeiros, fisiologistas, nutricionistas, médicos do esporte, fisioterapeutas e educadores físicos do hospital. Quem tiver interesse e for maior de 18 anos poderá participar de um circuito de exames gratuitos para medir colesterol, avaliar o risco cardiovascular, aferir a pressão arterial, fazer teste de glicemia e avaliar a massa corpórea – IMC.

Ao final do circuito, os participantes poderão degustar uma refeição saudável preparada por nutricionistas da Sodexo, empresa líder global de serviços de qualidade de vida.

Ação Social

Em torno de 20 idosos do Projeto Velho Amigo – Associação de Amparo ao Idoso, serão levados ao evento para participar de todas as atividades. Além do apoio financeiro, o Hospital Santa Paula busca contribuir com a cultura de inclusão do idoso, valorizando a sua participação na sociedade através do esporte, do lazer e da melhoria da qualidade de vida como forma de resgatar a sua dignidade e autoestima.

Hospital Santa Paula e o Selo Amigo do Idoso
O Hospital Santa Paula conquistou em outubro de 2015 o Selo Hospital Amigo do Idoso, concedido pelo Governo do Estado de São Paulo. Esta certificação exige o cumprimento de ações de acolhimento e humanização dentro do hospital, adaptando a forma de gestão assistencial, identificação e desenvolvimento de programas de capacitação do pessoal e adaptação dos ambientes para melhor adequar às necessidades dos idosos garantindo segurança e acessibilidade. O hospital realiza ações permanentes voltadas à capacitação dos profissionais e apoio aos cuidadores e acompanhantes de pessoas com mais de sessenta anos.
Hospital Santa
 Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000 


Serviço:
“Você Pode Sim” – 9ª edição do evento para o Dia Mundial da Saúde
Data: 09 de abril de 2015, sábado 
Horário: 8h às 13h (bate-papo com convidados às 10h)
Local: Parque do Povo - Av. Henrique Chamma, 420 – Vila Olímpia (próximo ao Shopping JK Iguatemi)
Fone: (11) 3073-1217
Evento gratuito.
Apoio: Sodexo.

Posts mais acessados