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quarta-feira, 30 de março de 2016

O ser humano é mal educado?





Psicólogo fala sobre a importância de usar a educação simplificada no dia a dia
As guerras e atentados ocorridos pelo mundo afora durante anos remetem à questão da educação simplificada, dos simples “obrigado”, ”por favor”, “com licença”, por exemplo. O ser humano deixou de realizar essa tarefa durante o dia a dia e isso tem desencadeado situações desagradáveis em casa, no ambiente de trabalho e até mesmo nas ruas.

Dessa forma, o psicólogo João Alexandre Borba acredita que a tarefa de pôr em prática a educação simplificada é uma via de mão dupla. “Ao tratar o outro com delicadeza, você impulsiona a vontade dele em ser delicado também”, diz. Uma vez que a convivência é feita entre várias pessoas, é sempre necessário ter noção do espaço do outro na sociedade.

Segundo o profissional, “coisas simples como “bom dia”, “obrigado”, “com licença” podem fazer com a pessoa sinta-se bem em relação ao outro”. Esse tipo de atitude reflete nas relações sociais humanas, de modo que “quando bem feito, em fazer o outro se sentir confortável na sua presença”, aponta Borba.

Do ponto de vista psicológico, “uma palavra bem educada em relação as mais ásperas faz com que as pessoas comecem a priorizar o bom trato do outro”. Nessa questão também cabe a empatia, pois “tratar bem o próximo, falar coisas boas para o outro está muito ligado ao que está acontecendo dentro de mim, sendo assim, se eu estou bem, tratarei bem o outro também”.

Sendo assim, de acordo com o profissional, é importante que se estabeleça bem um convívio com as pessoas por meio da educação simplificada, com pequenos gestos, mas também é importante estar de bem consigo mesmo para que essa sensação boa possa externar para o restante das pessoas com quem convivemos durante a vida.


João Alexandre Borba - Co-CEO do Instituto Internacional Japonês de Coaching e Psicólogo . joao.alexandre@live.com - www.facebook.com/joaoalexandre.c.borba

Voto livre e consciente na qualidade da vida








Em 31 de março, Dia Mundial da Saúde e Nutrição, liberte-se da ditadura do desânimo e dos maus hábitos alimentares e faça uma revolução em sua qualidade de vida. Esta data faz parte do calendário do Ministério da Saúde e deve levar a todos à reflexão sobre suas escolhas alimentares, pois saber comer e dar relevância ao que se come é fundamental, já que uma alimentação adequada preveni doenças e são justamente as escolhas alimentares um dos fatores que estão relacionadas à qualidade de vida. É sempre bom ratificar a consciência de que, na democracia de nós mesmos, temos todo o poder de decisão!

No cenário atual do Brasil em que mais de 80% das mortes são por doenças crônicas não transmissíveis, em especial aquelas relacionadas de fatores como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, aumento dos níveis de glicose sanguíneos, desregulação dos níveis de gordura no sangue (dislipidemias), dentre outros, torna-se importante de uma mudança nos hábitos e atitudes de forma efetiva, sobretudo com relação à alimentação. Em São Paulo, cerca de 30% das mortes ocorrem por doenças cardiovasculares e, um dado que vale a pena ser lembrado é que, com o envelhecimento populacional, as pessoas comumente desenvolvem outras doenças que agravam sua saúde e acabam por piorar sua qualidade de vida, doenças essas que também apresentam relação direta com a alimentação tais como osteoporose e câncer.

A adoção de uma nova postura, associada a hábitos alimentares saudáveis, prática regular de atividade física, cessação de tabagismo e gerenciamento de estresse, podem evitar diversos fatores de risco na população como obesidade, elevação nos níveis da pressão arterial, alteração nos níveis de glicose sanguínea, entre outros.

O consumo frequente de alimentos industrializados com alta densidade calórica, como os fast-foods, refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, juntamente com a omissão de refeições e a baixa ingestão de frutas, legumes e verduras, são prejudiciais para uma boa nutrição.

Um estudo apresentado pelo jornal The Lancet Global, apresentou o panorama da alimentação mundial. Segundo o estudo, as nações menos desenvolvidas economicamente foram aquelas que consumiam mais frutas, verduras, castanhas e grãos integrais, alimentos sabidamente benéficos para a saúde, em especial para a saúde cardiovascular por conterem fibras e outros nutrientes que atuam na prevenção e também como adjuvantes no tratamento das doenças como diabetes, pressão alta e obesidade. Na outra ponta, as nações menos desenvolvidas consumiram mais alimentos industrializados e do tipo junk food, tendo, portanto, uma dieta empobrecida do ponto de vista nutricional.

Vale ressaltar que dietas da moda como Dieta Dukan, South Beach, Proteína, Sopa, Shakes não estimulam mudança de padrão alimentar de forma efetiva, visto que a pessoa não conseguirá manter o padrão estabelecido pela dieta por longo prazo. Mudanças de padrão alimentar que englobam os modelos de dietas propostos como 

“Dieta Mediterrânea”, “Pirâmide Alimentar”, são padrões alimentares que estabelecem modelos de estilos de vida. Entende-se aqui que a pessoa não está fazendo dieta e sim mudando padrão alimentar. O conceito é diferente entre dieta e mudança de padrão alimentar. No primeiro a pessoa irá mudar por um curto período, sem conseguir sustentar a longo prazo, enquanto que no segundo ela irá fazer uma mudança efetiva de seu comportamento, levando essas mudanças para sua vida toda.

O acompanhamento de um profissional nutricionista capacitado é de fundamental importância para que esta mudança se torne prazerosa e seja conduzida de maneira eficaz. É importante manter uma rotina de vida saudável, sem traumas para que então a qualidade de vida se estabeleça plenamente.
Desejo a todos um Feliz Dia da Nutrição e Saúde!


Cibele Regina Laureano Gonsalves - Diretora do Departamento de Nutrição da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).
SOCESP – SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PREVENÇÃO




Ministério da Saúde realiza mobilização para incentivar vacinação contra HPV

Deverão ser vacinadas meninas de 9 a 13 anos. A vacina irá reforçar as ações de prevenção do câncer do colo do útero e tem 98% de eficácia
 
O Ministério da Saúde está realizando uma mobilização nacional para incentivar as meninas de 9 a 13 anos a se vacinarem contra o HPV. Para reforçar a estratégia, foi lançada nesta quarta-feira (30) campanha publicitária, que tem como objetivo sensibilizar pais e responsáveis sobre a importância da imunização. Com o slogan “Proteja o futuro de quem você ama”, a campanha será veiculada entre os dias 3 e 15 de abril e é protagonizada pela atriz Carolina Kasting e sua filha de 13 anos.

A meta é vacinar cerca de 1,7 milhões de meninas de nove anos em todos os 5.570 municípios do país e também incluir as de 10 a 13 anos que ainda não se vacinaram ou não completaram as duas doses necessárias para a efetiva imunização. O secretário de Vigilâncias em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi ressaltou a importância de aplicar duas doses da vacina, sendo que a segunda seis meses após a primeira. “Só assim, essas meninas poderão chegar à idade adulta livre da ameaça de uma doença como a câncer do colo de útero, hoje responsável pela quarta causa de morte na população feminina brasileira”, enfatizou o Secretário.

Veja aqui a apresentação dos dados da mobilização

A vacina HPV quadrivalente faz parte do calendário nacional e está disponível em cerca de 36 mil  salas de vacinação de todo o país. Além disso, as meninas poderão ser vacinadas nas escolas públicas e particulares. A Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explicou a importância dessa estratégia. “Pesquisas em todo o mundo demonstram que envolver as escolas é a melhor forma de alcançar altos índices de cobertura, essenciais para conseguirmos um impacto relevante em termos de saúde púbica. Isso irá permitir que o Brasil tenha a chance de, nos próximos anos, ter um geração de mulheres livres do câncer de colo de útero”. A recomendação do Ministério é que as secretarias de saúde articulem junto às de educação a operacionalização das ações junto às escolas. “Assim, cada município define sua estratégia de vacinação de acordo com a logística e realidades locais”, completou a diretora.

CAMPANHA PUBLICITÁRIA - O filme protagonizado por Carolina Kasting e sua filha de 13 anos será veiculado em todo o país, durante o período da mobilização. Além disso, haverá peças para rádio e mobiliário urbano, como adesivos para ônibus e cartazes nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Brasília, Fortaleza, Curitiba e Salvador.

Além das adolescentes de 9 a 13 anos, o que inclui também a população indígena na mesma faixa etária, também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Atualmente existem no Brasil, cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e aids. Para meninas e mulheres vivendo com HIV e aids, o esquema vacinal consiste na administração de 3 (três) doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira (0, 2 e 6 meses).

O Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão para a compra de 32 milhões de doses nos últimos três anos. A vacina adotada pelo Ministério da Saúde é a quadrivalente que confere proteção contra quatro subtipos de HPV (6; 11; 16 e 18). Esta vacina é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.

A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.

Assista aqui o vídeo da campanha.

BALANÇO
- No acumulado de 2014 e 2015, 4,5 milhões de meninas foram imunizadas com a segunda dose da vacina contra o HPV, correspondendo a 92,3% do público alvo. Até 29 de março, 3,4 milhões de meninas de 9 a 11 anos foram vacinadas com a primeira dose contra HPV. Isso representa 69,5% das meninas nessa faixa-etária público-alvo (4,8 milhões). Quanto à segunda dose, até essa data, 2,1 milhões de meninas foram imunizadas, 0 que representa 43,73% do público-alvo.

CÂNCER - O Câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequentes entre mulheres brasileiras e a quarta causa de morte na população feminina, atrás do câncer de mama e colorretal. Receber a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Portanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero. Estudos apontam que 265 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 16 mil novos casos e cerca de 5,4 mil óbitos em 2016.

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) reafirmam que, após dez anos de uso desta vacina nos programas de imunização de diversos países, há evidências significativas de sua segurança, eficácia e eficiência na prevenção do câncer do colo do útero. Nesse sentido, as mudanças no Calendário Nacional de Vacinação do Brasil, que passaram a valer no país a partir de janeiro de 2016, estão em conformidade com as recomendações da OPAS/OMS e são benéficas para a população.

A mais recente avaliação feita pelo Comitê Global Consultivo sobre Segurança de Vacinas da OMS foi divulgada em 2014 e destacam que já são mais de 175 milhões de doses distribuídas no mundo e mais países oferecendo a vacina por meio de programas nacionais de imunização, constatando, mais uma vez, a segurança dos produtos disponíveis.

Em relação ao impacto da vacinação HPV, um estudo americano realizado entre 2003 e 2012 em mulheres, revelou que a prevalência de HPV diminuiu de 11,5% para 4,3% entre as mulheres com idade de 14 a 19 anos, após 6 anos da introdução da vacina HPV quadrivalente. Nas mulheres com idade entre 20 e 24 anos, esta redução foi de 18,5% para 12,1%.  E, entre as mulheres sexualmente ativas, com idade entre 14 a 24 anos, a prevalência foi menor em vacinados (≥1 dose) comparado com mulheres não vacinadas: 2,1% e 16,9%, respectivamente.

Destaca-se que a introdução e ampliação dessa vacina foram possíveis mediante um acordo de transferência de tecnologia entre o Ministério da Saúde, por meio Instituto Butantan e do Laboratório produtor da vacina, MerckSharpDohme (MSD).  A transferência está sendo feita de forma gradual, sendo que, até o final de 2018, a produção da vacina HPV quadrivalente deverá ser 100% nacional.

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