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quarta-feira, 30 de março de 2016

Sonho de ser servidor público deve ir além da motivação financeira





Para especialista em direito administrativo, servidores engajados com o bem comum são fundamentais para desenvolvimento do País

Cerca de um ano antes da suspensão dos concursos públicos, anunciada em setembro do ano passado, pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) organizava o maior concurso da história do país. No total, a banca responsável pelo edital registrou mais de 1,1 milhão de inscritos naquele que viria a ser o último concurso da Caixa Econômica Federal antes da medida.

Para Thiago Donnini, mestre em Direito do Estado e professor do Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública (Ibegesp), esse número recorde de inscritos já não surpreende. “Trata-se de uma tendência observada há alguns anos”. Ele observa, também, uma dimensão preocupante na crescente busca por trabalho na área pública: “por vezes, essas carreiras são vistas tão somente pela busca de uma segurança financeira ou, o que é pior, pela percepção de que no ambiente estatal haveria pouca cobrança por resultados”.

Para o especialista, a ideia de que o ambiente estatal oferece facilidades e comodidades não encontradas na iniciativa privada ainda é reforçada por conta de ineficiências crônicas do Poder Público. “As consequências desse tipo de convicção são nefastas. Aqueles que têm o sonho da carreira pública movidos por percepções como essas representam um pesadelo para a cidadania e para o desenvolvimento do país. Pois reforçam uma cultura avessa à inovação e ao empreendedorismo dentro do ambiente estatal”, diz Donnini.

Por outro lado, existem aqueles que almejam exercer sua vida profissional em órgãos ou entidades estatais com a finalidade de realmente construir instituições mais sólidas. “Um objetivo de ordem financeira será legítimo se estiver aliado à dimensão do desafio institucional. No Brasil, os órgãos e entidades estatais precisam de muita dedicação e esforço de seus servidores para adquirir ou manter credibilidade institucional”, afirma o professor do Ibegesp.

Logo, além do desejo individual, a pessoa que está se preparando para um concurso público precisa alinhar o seu interesse com a vontade de enfrentar desafios. “Se essa disposição, que está diretamente relacionada ao compromisso de construir um país mais justo e desenvolvido, estiver presente nos sonhos dos que almejam carreiras públicas, ainda que ao lado do desejo por segurança financeira, podemos dizer que o ‘sonho’ de ser servidor é legítimo”, ressalta.  

Ele conta ainda que a palavra “servidor” não é usada por acaso, pois o desejo efetivo de servir ao País deve estar presente. “Isso é fundamental para dar sentido à função que ele venha a desempenhar no ambiente estatal, o que deve ser feito, claro, em contínuo processo de aperfeiçoamento pessoal. A necessidade de seguir se aperfeiçoando será fundamental para o servidor público avançar na sua carreira. É um dos requisitos básicos para a sua promoção e que deve repercutir, é claro, no fortalecimento da instituição à qual se vincula”, finaliza Donnini.

Sobre o Ibegesp
O Instituto Brasileiro de Educação em Gestão Pública é uma associação educacional e científica sem fins lucrativos, instituída com o objetivo de disseminar as melhores práticas de gestão pública por intermédio da educação continuada. Assim, junto a profissionais capacitados para dissertar sobre diversos temas é promovida a eficácia dos procedimentos internos e elevado o nível da prestação de serviços públicos aos cidadãos. Para mais informações, acesse: www.ibegesp.org.br


O preconceito da sociedade e a falta de interesse na doença prejudica diretamente o convívio social do autista




     No Dia da Conscientização sobre Autismo, comemorado em 02/04, as pessoas devem buscar informação sobre a doença e dar fim aos estereótipos e preconceitos. O que a sociedade precisa é de esclarecimento e sensibilidade.
      
O principal desafio da doença é a falta de informação das pessoas. O autista precisa de apoio e interesse para desenvolver habilidades e ter uma vida normal. Segundo a diretora da Escola Cristã Reverendo Olavo Nunes, psicopedagoga e também mãe de um menino autista de 7 anos, Raquel Liane, o preconceito da sociedade e a falta de interesse na doença, prejudica diretamente o convívio social entre autista e não autista, já que no próprio contato com a sociedade eles não têm a aceitação necessária para que possam se sentir seguros em ambientes de convívio social. "Devemos olhar para eles como olhamos para uma pessoa comum. Com interesse, paciência e tolerância, alguns conhecimentos específicos, atendimentos profissionais adequados e apoio da família, qualquer autista se desenvolve e tem uma vida normal", fala Liane.
    
 Muitos autistas têm dificuldades de aprendizagem ou habilidade acadêmica fora do comum, mas boa parte também possui aprendizagem igual a de qualquer outra pessoa. Apenas uma minoria apresenta grave comprometimento intelectual. Por isso, os estereótipos precisam ser evitados ao tratarmos dessa doença. "Não é possível querermos condicionar todos os autistas a características tão específicas e rígidas. A pessoa com autismo é um ser humano com características muito mais abrangentes do que apenas as que se referem à doença", fala Liane.
    
 Estudos mostram que de cada 100 pessoas, 1 está dentro do espectro autista, que é muito amplo, reunindo desde pessoas com traços autistas até pessoas com autismo severo. Para Raquel Liane, o maior problema quando se fala na doença, é o desconhecimento. "Geralmente a sociedade pensa automaticamente no autismo clássico, em que o autista vive sem convivência social e tem muitos comportamentos estereotipados. Mas nem sempre funciona assim", fala Liane.
   
  O autismo ainda é uma doença com várias lacunas a serem preenchidas pelos médicos, repleta de perguntas e ainda carente de respostas. Existem, porém, traços que auxiliam na identificação das pessoas portadoras dessa doença, tais como: dificuldade de olhar nos olhos, brincadeiras repetitivas, dificuldades na aquisição da linguagem, nas interações sociais, na compreensão das regras, interesse por assuntos específicos e interesse por objetos que giram.
  
   Diante da falta de conhecimento da sociedade acerca da doença e seus múltiplos preconceitos relacionados a este tema, as crianças autistas e seus pais são os mais afetados pelos estereótipos criados. O importante, ao tratar-se da criança com autismo, é envolvê-la em um ambiente seguro e estável, com pessoas dispostas a dar o estímulo necessário para que ela desenvolva suas habilidades da melhor maneira possível.
    
 A intervenção precoce também é algo importante, pois quanto antes a criança for diagnosticada autista e tiver atendimento, melhor será para seu desenvolvimento futuro. "Os pais devem estar atentos ao comportamento da criança, se ela é muito quieta e dificilmente chora, se evita o olho no olho, se tem interesse exagerado por objetos que giram, se chora muito mostrando-se irratadiça, se não consegue compreender as regras sociais e especialmente o "não", ela pode ser autista e deve ter à sua disposição o tratamento indicado.", fala Liane.
    
 São vários os profissionais que podem auxiliar a o autista a desenvolver suas habilidade e facilitar sua comunicação com os outros. Trabalhando em conjunto com a família e amigos do paciente autista estão o fonoaudiólogo – na aquisição e ampliação da linguagem; o psicomotricista – para aqueles que apresentam alguma dificuldade motora; o psicólogo – ajudando a criança a se relacionar com os outros, compreender o mundo a sua volta e apoiando os pais na dificuldade; o neuropediatra ou o psiquiatra infantil – acompanhando e medicando quando é necessário; o psicopedagogo – auxiliando nas dificuldades de aprendizagem.
      
Até o momento, o autismo é um distúrbio crônico, sem cura. O diagnóstico precoce possibilita que o tratamento realizado por uma equipe multidisciplinar seja iniciado o quanto antes, resultando em melhor qualidade de vida para a pessoa portadora de autismo.

31 de março é o Dia Mundial da Nutrição: arroz com feijão continua sendo a combinação ideal de vitaminas e nutrientes





Devido à falta de informação, a dupla tradicional no cardápio brasileiro tem sido substituída por lanches e erroneamente tachada como engordativa; com 11 tipos de grãos, todos com controle de resíduos de agrotóxico, Broto Legal orienta pais que muitas vezes substituem alimento por guloseimas


31 de março é o Dia Mundial da Saúde e Nutrição. A data faz parte do calendário do Ministério da Saúde e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da saúde e da boa alimentação. E falar de boa alimentação é falar da dupla mais famosa na mesa dos brasileiros: arroz com feijão. Além do preço acessível, é um prato que atende as necessidades nutricionais do organismo e, segundo os nutricionistas, os dois juntos formam um pacote completo de vitaminas e nutrientes. O carboidrato do arroz tem a energia que uma pessoa precisa para enfrentar a rotina do dia a dia e a proteína e o ferro do feijão fazem bem principalmente para intestino, coração e sistema imunológico. 

A nutricionista Carolina Chuichmam explica que o arroz com feijão é uma combinação única, que não se encontra em outros alimentos. Ela recomenda o consumo diário: “As crianças entre quatro a oito anos podem ingerir a proporção de duas colheres de sopa de arroz para uma de feijão. A recomendação diária nutricional aumenta conforme a idade, prática de atividade física e outros fatores que envolvem o crescimento”, diz.  A dupla arroz-feijão conta ainda com a abundância de vitaminas do complexo B e cálcio, importantes para a manutenção das células, fortalecimento dos ossos, cabelos e unhas, reparação muscular e prevenção de doenças, como anemia e diabetes.

“São muitos benefícios em um prato só e a maior parte da população sabe disso, por isso consume arroz e feijão de maneira constante. Infelizmente, e notamos isso até pelos e-mails que recebemos na empresa, às vezes alguns pais têm dificuldade em dar o arroz e feijão porque a criança prefere fast food ou guloseimas, ou ainda prefere dar um lance de tarde porque acha que jantar arroz e feijão engorda, o que é um engano”, destaca Vitor Fujisawa, diretor da Broto Legal, líder de vendas de feijão e arroz  no Interior Paulista.  A Broto possui quatro tipos de arroz,: agulhinha, integral, parboilizado, arbóreo e cateto integral. A variedade de feijão é ainda maior. Ao todo são sete tipos: carioca, preto, branco, rajado, bolinha, rosinha e jalo. Todos os grãos possuem controle de resíduo de agrotóxicos pelo Instituto Biológico de São Paulo. 

A nutricionista confirma que achar que o arroz e feijão engordam é um mito e que esses alimentos não devem ser retirados do cotidiano das crianças, pelo contrário. “O consumo do arroz com feijão promove saciedade, evitando com que a criança recorra o consumo de alimentos ultraprocessados - como biscoitos, bolachas, salgadinhos, fritura, fast-food, refrigerantes etc. - para suprir sua necessidade energética. O aumento do colesterol e do peso está relacionado ao consumo desses alimentos ultraprocessados e do sedentarismo”, alerta.

Quanto à aceitação do prato em si, Carolina destaca que a dificuldade maior para os pais muitas vezes é iniciar as crianças nos alimentos saudáveis. De acordo com ela, o exemplo deve vir da família: é necessário que toda a família coma de maneira saudável para que a criança se espelhe no grupo e não associe o alimento a uma imposição.

Ela também sugere fazer pratos devem ser coloridos e chamativos para atrair a atenção da criança e lembra que o arroz integral é ainda mais saudável para o consumo. Como o sabor não é muito aceito pelas crianças, uma dica é misturar o arroz integral no arroz branco aos poucos e ir reduzindo gradativamente a quantidade do segundo. Outra dica para os pais é misturar verduras e legumes ao arroz para a criança que tem dificuldades em comer esses alimentos.

Carolina destaca que a partir de nove meses de idade os pais  já podem começar a introduzir o consumo do arroz bem cozido com caldo do feijão. “E a partir dos 12 meses pode se incluir os grãos. Já o consumo entre os pré-adolescentes e adolescentes, entre nove a 14 anos, deve ser, em média, de três colheres de sopa de arroz para uma colher e meia de feijão. O melhor é que não há contraindicação de consumo.”

Arroz integral ou branco?
Carolina explica qual o melhor para as crianças: “O arroz integral pode ser oferecido aos bebês a partir dos seis meses, quando dá início a alimentação complementar. No entanto, este arroz é mais rígido, pois preserva a casquinha no processo de beneficiamento. O que é bom, pois essa casquinha possui nutriente e fibras bem relevantes para a saúde do bebê. Porém, por este motivo, o primeiro arroz que o bebê for comer pode ser mais macio”.

A nutricionista Carolina Chuichmam  finaliza dando uma sugestão de um cardápio para crianças de cinco a oito anos:

2 colheres de sopa de arroz branco/integral;
2 colheres de sopa de feijão (50% grãos e 50% caldo);
1 hambúrguer de carne moída assado ou 2 colheres de sopa de lagarto desfiado com cenouras em cubinhos ou iscas de frango grelhadas ou 1/2 filé de pescada cozido no vapor com cenouras baby e vagens, ao alho e óleo;
Salada de alface e tomates cereja;
Sobremesa: uma fruta.

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