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domingo, 2 de dezembro de 2018

Alimentação contra as doenças do coração


Você já passou em uma consulta com o cardiologista e foi orientado a se alimentar melhor? Pois bem, os alimentos e o coração andam de mãos dadas quando o assunto é a saúde. Existe uma estimativa que diz que com uma alimentação saudável somada a práticas diárias de exercícios físicos podem reduzir até 80% das chances de desenvolver alguma doença do coração. Mas você sabe o porquê?


Alimentação ruim é sempre um fator de risco

Todo mundo sabe que o estilo de vida de moderna é um gatilho para se alimentar de forma errada. Muitas pessoas possuem rotinas exaustivas e quase nunca se empenham em preparar refeições pensadas, o que resulta na ingestão de alimentos vazios: pobre em nutrientes. Porém, esses alimentos são ricos em gorduras saturadas, sódio, carboidratos, açúcares e conservantes. Dia após dia, esses alimentos tentadores e de rápido preparo se tornam praticamente impossíveis de não estarem presentes na mesa do jantar.

Esses, até então, inofensivos alimentos aumentam gradativamente as taxas de colesterol, aumentam os números na balança, deixam o organismo mais propenso a inflamações, criam a chance do desenvolvimento de diabetes, promovem o acúmulo de gorduras viscerais, causam a hipertensão e facilitam a formação de placas de gorduras nas artérias, tornando-se assim, os maiores vilões para a saúde do coração.


Usando a alimentação em prol da saúde

Existem vários fatores que podem desencadear as doenças cardiovasculares, sejam genéticos ou ambientais. Porém, a alimentação pode ajudar (e muito) para que os riscos diminuam. Uma mudança nos hábitos alimentares ajuda não só na saúde do coração, mas na saúde do organismo todo.

Muitos alimentos são conhecidos como “cardioprotetores” por possuírem nutrientes e vitaminas que são essenciais para o bom funcionamento do coração. Entre eles, se destacam frutas como jabuticabas, melancias e o cupuaçu, que além de serem tipicamente brasileiras, ajudam na redução da pressão arterial, impedem a formação de coágulos, combatem a aterosclerose e ajudam a manter o nível do bom colesterol. Para uma alimentação equilibrada é recomendado o consumo de três a cinco porção de frutas diariamente.

Outros alimentos que devem estar presentes diariamente em todas as refeições são as verduras e os legumes, já que quanto mais dessas porções estiverem no prato, haverá menos espaços para opções calóricas e gordurosas. Esses alimentos oferecem grandes quantidades de fibras e vitaminas que são essenciais para a manutenção e proteção do coração.

Existem alimentos que favorecem a saúde cardiovascular de forma indireta, por melhorarem a circulação, na inibição de absorção de gordura pelo organismo, na sensação de saciedade e no controle do colesterol, algum desses são: Óleos vegetais, como óleo de soja, de girassol e o azeite; Oleaginosas, como castanhas de caju, nozes e avelãs; Laticínios em suas versões desnatada, como leites e iogurtes e cereais, como a aveia e a linhaça.

Cuide do seu coração!






Dr. Elcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


Perda auditiva por exposição a ruído é um dos maiores riscos no trabalho


Perigo de surdez no ambiente ocupacional afeta principalmente quem atua em indústrias; medidas de prevenção ajudam a evitar o problema


Lembrado sempre pelo incentivo ao diagnóstico precoce do câncer de próstata, o mês de novembro também é marcado pela prevenção e o combate à surdez. A perda auditiva por exposição ao ruído é um dos mais frequentes riscos ocupacionais. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para evitar esse problema no ambiente de trabalho.

A perda é lenta e geralmente não leva à surdez total, mas ocorre uma redução significativa e irreversível da capacidade auditiva. As fontes mais frequentes de ruído nos ambientes de trabalho são as máquinas. As indústrias, portanto, são ambientes potencialmente perigosos, em especial a da construção, a metalmecânica e a da madeira (veja abaixo quadro das 12 principais ocupações com casos de perda auditiva).

Outros ambientes que podem elevar o risco de perda auditiva são os aeroportos, por causa das turbinas dos aviões, e restaurantes, boates e estabelecimentos de entretenimento com música e sistemas de som em alto volume.

O trabalhador com perda auditiva pode receber auxílio-doença caso fique afastado por período superior a 15 dias. Nessas condições, ele tem estabilidade de um ano após o retorno ao trabalho.


Prevenção – De acordo com o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Jeferson Seidler, o uso do protetor auditivo, como Equipamento de Proteção Individual (EPI), é indispensável em muitas situações, mas não é a melhor maneira de prevenir o problema e não pode ser a única.

“O empregador tem que identificar as fontes de ruído e procurar atenuar o barulho – se possível, isolar completamente – na fonte e na trajetória. Somente enquanto está implantando essas medidas de proteção coletiva, ou naquelas situações em que esse isolamento é inviável, é que o EPI deve ser utilizado. É possível também usar o EPI como uma proteção a mais em exposições de curta duração”, diz Seidler.

A Norma Regulamentadora nº 07 (NR-07) determina que todos os trabalhadores com exposição a ruídos acima de 85 decibéis (dB) devem ser submetidos a exame de audiometria no momento da admissão. O teste deve ser refeito seis meses após a entrada no emprego e, anualmente, a partir de então.

É importante que trabalhadores e empregadores estejam atentos também a sintomas como zumbidos, dificuldade para compreensão da fala durante conversas, dificuldade para saber a origem da fonte sonora, dificuldade de atenção e concentração na execução das tarefas, dores de cabeça frequentes, tonturas, irritação e ansiedade, entre outros.


Redução – Os registros de perda auditiva relacionada ao trabalho têm diminuído nos últimos anos. Em 2017, foram 366 casos em todo o Brasil, sendo 344 com Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e 22 sem CAT. No ano anterior, foram 440 casos (399 com CAT e 41 sem CAT).

A queda é ainda mais significativa quando se incluem os dados de 2015. Naquele ano, houve 690 afastamentos por perda auditiva (639 com CAT e 51 sem CAT). Nos últimos cinco anos, o Brasil teve 2.838 casos – sendo 2.3617 com CAT e 221 sem CAT.

É importante lembrar que os números não refletem a realidade. Como a perda auditiva não costuma gerar afastamento do trabalho e pode ser adquirida ou agravada fora do ambiente laboral, a emissão da CAT nem sempre é realizada.

“Ocorre que a comunicação deve ser feita também nos casos suspeitos, ou seja, sempre que um trabalhador exposto a ruído apresentar a chamada perda auditiva neurossensorial, ou tiver perda agravada de acordo com os critérios da NR-07, a CAT deve ser registrada e a exposição ao ruído no trabalho e fora dele, controlada”, declara Seidler.


Publicações – A Fundacentro, instituição ligada ao Ministério do Trabalho voltada para o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho, disponibiliza publicações sobre saúde auditiva e normas para as empresas. Você pode baixar os materiais gratuitamente pela internet.



Perda Auditiva - Afastamento do Trabalho (mais de 15 dias)

CAT
Sem CAT
Total
2013
602
55
657
2014
633
52
685
2015
639
51
690
2016
399
41
440
2017
344
22
366
Total
2.617
221
2.838
Fonte: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho - AEAT


Ocupações com mais casos de afastamento por perda auditiva
(nos últimos cinco anos)

 





Fonte: Levantamento a partir de dados das CAT fornecidos pela Secretaria de Previdência ao MTb.


Ministério do Trabalho

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