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domingo, 31 de julho de 2016

Mercado de trabalho para os maiores de 60 anos é possível




Especialista em transição de carreira diz quais são as áreas que mais contratam pessoas na melhor idade, e as vantagens de contratar um profissional mais experiente.
 


Já se foi o tempo em que pessoas com mais de 60 anos não conseguiam uma recolocação profissional no mercado. Segundo o Ministério do Trabalho, em 2009, foram contratadas cerca de 320 mil pessoas, com mais de 60 anos para trabalhos formais, tanto em setores públicos, como privados. Esse número corresponde a 7,08% a mais do que no ano anterior – e o número só tende a crescer.

Com a expectativa de vida cada vez maior, muitos daqueles que chegam aos 60 anos não querem deixar de trabalhar, ou ainda, desejam retornar ao mercado depois de um período de descanso. “Essa volta ao mercado de trabalhadores aposentados é um fenômeno recente no Brasil. Os 70 anos de hoje podem ser comparados com os 50 anos de algumas décadas atrás”, explica Madalena Feliciano, Diretora do Instituto Profissional de Coaching.

Segundo a especialista em transição de mercado, existe, principalmente, duas razões para que os profissionais acima dos 60 procurem uma ocupação que lhes rendam dinheiro “Cada vez mais as pessoas chegam aos 60 anos com grandes capacidades profissionais, vontade de ganhar seu próprio dinheiro e ter uma boa vida pessoal. Isso faz com que elas não queiram ficar em casa e voltem grande parte da sua atenção para o trabalho, assumindo com uma grande responsabilidade o que é delegado a eles”, explica Madalena.As empresas optam por esses profissionais quando a atividade exige mais responsabilidade, disponibilidade e respeito ao horário.

De acordo com Madalena, não existe idade máxima para se trabalhar, o que existe é a capacidade que cada pessoa tem para determinadas funções. “Os profissionais acima dos 60 podem sentir algumas dificuldades para retornar ao trabalho, afinal, muitas vezes o convívio com profissionais mais jovens, conectados à internet e às redes sociais, atualizados das novidades em suas áreas de atuação; a necessidade de falar outros idiomas e de ter uma atuação multidisciplinar, por exemplo, podem pôr em risco a confiança do profissional mais velho. Mas ele não deve se abalar: se foi contratado, é porque a empresa está à procura de experiência e maturidade, características normalmente encontradas em profissionais com mais experiência”, exalta. Isso acontece porque o ideal é contar com profissionais experientes – e essa experiência só é alcançada com a vivência.

Para aqueles que desejam regressar ao mercado de trabalho, existem algumas recomendações que podem ser seguidas “Identifique suas principais competências; procure por um trabalho alinhado às suas experiências profissionais anteriores; faça um bom currículo, destacando a sua experiência; não pareça resistente às mudanças e novidades.Boa apresentação pessoal e postura são muito importantes, capriche nelas; e procure manter-se atualizado sobre a sua área de atuação”, aconselha Madalena.

Para o empregador também existem grandes vantagens em contratar pessoas com mais idade – que vão além da experiência. “Em geral, os mais velhos são excelentes para o atendimento a clientes, são mais humildes em reconhecer seus erros e buscar a melhoria, são menos ansiosos, têm paciência para um plano de carreira mais longo, maior disponibilidade de tempo e flexibilidade na negociação do salário; menor responsabilidade com filhos - geralmente já são formandos ou independentes. Em geral, já recebem a aposentadoria e por isso o foco do trabalho nem sempre é exclusivamente o salário. Hoje em dia, os profissionais acima dos 60 fazem tudo: entram na internet, dirigem, fazem exercícios, dançam, namoram, estudam, enfim, procuram algo que venha trazer bem-estar e o melhor caminho para felicidade – e muitas vezes o trabalho ajuda e muito nesse caminho” conclui a especialista.



Outliers Careers
Madalena Feliciano - Diretora Geral
madalena@outlierscareers.com.br - www.outlierscareers.com.br
Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.

Terceira Idade ganha atenção em imóveis e empregos nos EUA



 As empresas estão apostando na mão-de-obra que a terceira idade pode oferecer. Nos Estados Unidos, por exemplo, já existem programas específicos para a contratação de pessoas mais experientes, com chances de carreira. Os idosos estão apostando nas oportunidades de emprego e se adequando, fazendo cursos, se atualizando tecnologicamente e profissionalizando.

No Brasil, o ranking das ocupações que mais empregaram a terceira idade, nos últimos dois anos, teve dirigentes públicos em primeiro lugar, seguido por professores do ensino fundamental e construção civil. O setor da construção, aliás, é um dos que apresentam saldo positivo para essa faixa da população.

De olho nessa demanda, a Elite International Realty, consultoria de imóveis sediada em Miami e comandada pelos brasileiros Léo e Daniel Ickowicz, pai e filho, está investindo em empreendimentos que atendam ao público na questão da moradia.

O Aventura Parksquare, comercializado pela imobiliária, é um complexo formado por condomínios residencial e de escritórios, hotel, centro de bem-estar e uma comunidade para a terceira idade.

O empreendimento conta com uma instalação de luxo de repouso para idosos e 144 apartamentos adaptados para eles, são os chamados Sênior Community, desenvolvidos exclusivamente para pessoas que têm mais de 55 anos de idade. Todos com portas mais largas, barras de apoio nos banheiros, tomadas mais baixas e acessos externos facilitados.

Os apartamentos foram projetados sob a premissa de que a casa deve ser um local seguro, confortável e se adaptar à rotina dos moradores. É essencial proteger as pessoas que têm problemas de equilíbrio e flexibilidade. Planejar a residência e garantir a autonomia dos idosos permite que sua rotina permaneça a mais estável possível.

Problemas de visão, redução da audição, hipertensão, labirintite e efeitos colaterais de remédios são algumas das causas dos acidentes que acontecem principalmente dentro de casa.

De acordo com projeções das Nações Unidas, uma em cada nove pessoas no mundo tem 60 anos ou mais e estima-se um crescimento para uma em cada cinco por volta de 2050. Em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos.

No Brasil, não existem dados estatísticos dos tipos de instituições que estão disponíveis para idosos, mas sabe-se que muitos asilos funcionam sem registro, são irregulares e predomina o caráter filantrópico e assistencial com voluntários. Estima-se que cerca de 26% dos idosos vivam em situações precárias e tenham más condições de vida.

"É um mercado que merece a devida atenção. Existem muitos programas de incentivo à cultura e ao turismo com benefícios para estimular que o idoso continue tendo uma vida ativa, mas não observo investimento em residências para esse público no Brasil", afirma Léo.

Assistência de casas de repouso ou de cuidadores, serviços e mão de obra para os idosos são muito caros, por isso eles acabam ficando em suas próprias casas, que não são adaptadas, fato que os sujeita a um enorme número de acidentes - 70% dos que ocorrem com idosos se dão dentro de casa.

"Nos Estados Unidos está crescendo o investimento nesse tipo de imóvel, já que a demanda só tende a crescer. A adaptação dos ambientes residenciais precisa estar diretamente relacionada às necessidades de assistência e capacidades física e sensorial. Nosso objetivo é promover a independência e a autonomia do morador", conclui Daniel.

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