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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Sete razões para você se preocupar com Fracking




Enquanto o mundo investe em energias de baixo carbono e no desinvestimento em combustíveis fósseis, o Governo Brasileiro insiste em explorar comercialmente o gás do xisto através de operações de fracking. 

O fraturamento hidráulico, conhecido como fracking, é a tecnologia utilizada para a extração do gás do folhelho pirobetuminoso de xisto. Fracking consiste na perfuração profunda do solo para inserir uma tubulação por onde é injetada, sob altíssima pressão, entre 7 a 15 milhões de litros de água, areia e centenas de produtos químicos tóxicos e cancerígenos para fraturar a rocha e liberar o gás do xisto (shale gas).ileiro insiste em explorar comercialmente o gás do xisto através de operações de fracking.

Veja as sete razões pelas quais a Coesus – Coalizão Não Fracking Brasil  - e 350.org Brasil estão empenhadas em impedir que o fracking chegue ao Brasil:

1 - Contaminação da água potável na superfície e fontes subterrâneas por até 600 substâncias químicas tóxicas e cancerígenas. As três mais comuns são naftaleno, cloreto de benzilo e formaldeído. Além da contaminação, operações de fracking requerem bilhões de litros de água, que poderiam ser utilizados pelas famílias, animais e indústria, contribuindo para agravar o abastecimento nas cidades e no campo.

2 – Esterilização do solo, tornando-o infértil para agricultura, contaminando a produção e inviabilizando a pecuária e o turismo, afetando drasticamente a geração de emprego e renda. Já há estudos que comprovam a  fragmentação do ecossistema de floresta, causando doenças em animais selvagens, domésticos e de produção.

3 – Poluição do ar pelo metano, que após o fraturamento chega à superfície pelas milhares de fissuras no solo e pela água contaminada no subsolo.. O metano ‘fugitivo’ libertado durante as perfurações também chega às torneiras e aos rios, tornando a água inflamável (com risco de explosões) e imprópria para o consumo.

4 – Causa graves e irreversíveis danos à saúde das pessoas que vivem no entorno – num raio de até 80 quilômetros - dos poços onde o fracking acontece. Quanto maior a exposição – seja pela proximidade ou período de tempo – maiores são os danos. Estudos relacionam fracking como origem de problemas respiratórios, cardíacos e neurológicos, ocorrência de  diversos tipos de câncer, má formação congênita, esterilidade em mulheres e até o aumento da mortalidade infantil e perinatal, nascidos de baixo peso, parto prematuro e câncer em bebês e crianças.

5 – Terremotos são outro terrível impacto já relacionado ao fracking, e que está trazendo medo às populações que convivem com a tecnologia. De acordo com o Serviço Geológico de Oklahoma, entre 17 e 24 de Junho deste ano, o estado americano registrou 35 terremotos de magnitude 3,0 ou superior, um salto enorme em relação à média de cerca de 12 por semana anotados ao longo do ano passado.

6 – Fracking intensifica as mudanças climáticas, através da liberação de gases que favorecem o agravamento do aquecimento global.  Vazamentos de operações de gás de xisto não só emitem gás metano, mas os do efeito estufa também, como os compostos orgânicos voláteis (COV) que contribuem para a poluição atmosférica, e tóxicos tais como benzeno. Com fracking há maior incidência de seca, enchentes e tufões, além de variações radicais do clima.

7 – O Brasil não precisa de fracking, pois possui potencial para gerar energia limpa e renovável como a hídrica, solar, eólica e de biomassa. O governo brasileiro está na contramão da história ao adotar o fraturamento hidráulico como alternativa energética, altamente poluidora e danosa aos ecossistemas, eliminadora da biodiversidade e da qual não há mecanismos para controlar ou evitar os seus impactos ambientais, econômicos e sociais.


Vamos dizer NÃO ao fracking!

No próximo dia 07 de Outubro, a Agência Nacional de Petróleo de Gás Natural (ANP) realiza a 13ª Rodada para leiloar 266 novos poços para exploração de gás por fracking. Para a 13ª Rodada, há blocos em cima dos Aquíferos Serra Geral e Guarani no Paraná e São Paulo, próximos ao arquipélago de Abrolhos, na Bahia, e na parte sul da floresta amazônica, já no Acre, representando uma ameaça real ao futuro do Brasil. Onde há fracking, não há vida!

Para mostrar que a  sociedade brasileira não quer fracking, a Coalizão Não Fracking Brasil realiza no dia 04 de Outubro, domingo anterior ao leilão, uma ação global para mostrar a solidariedade internacional à luta contra o fracking no país.

Para saber como participar, acesse o site www.naofrackingbrasil.com.br  e compartilhe a nossa página no Facebook /Não Fracking Brasil.
 

Inflação dobra entre janeiro e julho de 2015, aponta FecomercioSP





Preços do grupo habitação tiveram a maior alta no ano, com aumento de 16,73%

Durante os sete primeiros meses do ano, a inflação dos preços de produtos e serviços dobrou se comparada com o mesmo período de 2014. De janeiro a julho de 2015, o crescimento médio dos preços foi de 0,98% ao mês, contra 0,49% no ano passado.

Dentre as nove categorias avaliadas na pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o segmento habitação foi o que apresentou a maior alta para o bolso do consumidor paulistano. De janeiro a julho deste ano, a variação desse grupo chegou a 16,73%. Em relação a junho, o crescimento foi de 2,42%.

A classe E, cujos rendimentos são inferiores à R$ 976,58, foi a mais impactada com esse aumento nos preços, uma vez que destina um quarto de sua renda para itens relacionados à  habitação.

Alimentação e bebidas também figuram entre as maiores elevações, completando 11 meses de altas consecutivas. Em julho, o acréscimo foi de 0,71% ante a elevação de 0,48% apontada em junho. No período que compreende os meses de janeiro a julho, a variação foi de 6,61%.

Juntos, os gastos com habitação e com alimentação e bebidas respondem por quase 40% do total de consumo das famílias paulistanas, o que, claramente, evidencia uma necessidade de reorganização no orçamento doméstico. De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a restrição do poder de compra, especialmente nas classes de renda mais baixa, é o primeiro reflexo a ser observado. Isso porque tais grupos contemplam itens essenciais que são considerados prioridade na hora dos pagamentos. 

Seguindo este processo inflacionário, outras atividades tiveram aumento mensal nos preços: saúde (0,70%); transportes (0,32%); artigos do lar (0,15%); despesas pessoais (0,45%); e comunicação (0,55%). Apresentaram queda na variação os itens de vestuário (-0,40%) e educação (-0,02%). No caso de vestuário, o recuo deve-se, ao menos em parte, segundo economistas, às liquidações realizadas no setor, em decorrência dos estoques elevados e da queda nas vendas.

A exemplo dos resultados de pesquisas anteriores, as classes de renda mais baixa são as mais afetadas com a alta dos preços. Na classe D, o indicador registrou, no mês, alta de 0,95%, seguida da classe E (0,93%) e da classe C (0,77%). Para essas camadas (com rendimentos até R$ 7.324,33), a elevação dos preços supera a média geral de 0,75%. Já nas demais, A e B, que possuem ganhos além desse valor, o CVCS encerrou o mês com aumento, respectivamente, de 0,58% e 0,69%.

De acordo com os economistas da FecomercioSP, os preços enfrentam um cenário de disseminação e persistência de altas, características típicas de um quadro inflacionário.

Os aumentos nas tarifas de água e energia permanecem como os maiores responsáveis na elevação do custo de vida do paulistano. Somado isso, verifica-se, mais uma vez, o impacto maior nas classes de renda mais baixa, que acabam sentindo 50% mais do que as outras, já que as maiores altas estão concentradas em itens essenciais e, por esse motivo, não podem ser eliminadas da lista de consumo das famílias. 

IPV
O Índice de Preços do Varejo (IPV), um dos indicadores que compõem o CVCS, registrou alta de 0,16% em julho, abaixo do 0,46% observado no mês anterior. Já no acumulado de 2015, o aumento foi de 5,01%. No mesmo período do ano passado, o indicador registrou variação mensal zero.

O grupo alimentação e bebidas liderou com a maior alta no mês (0,70%). Na comparação mensal, os destaques ficaram por conta do aumento dos preços da pêra (15,65%); azeitona (9,38%); mamão (9,18%); salmão (5,715); leite longa vida (5,41%); e milho verde em conserva (5,31%). Os produtos comercializados nesse setor acumulam 6,43% de elevação no ano.

Em segundo lugar, o item saúde e cuidados pessoais contribuiu com avanço de 0,21% na alta do IPV. Aparelho ortodôntico (1,06%) e higiene pessoal (0,52%) - com destaque para os produtos para o cabelo (1,95%) e para a unha (1,90%) - puxaram as maiores variações positivas.

Neste caso, a classe D, que possui rendimentos entre R$ 976,59 a R$ 1.464,87, é a mais atingida, já que destina parte relativamente maior do seu orçamento para itens de alimentação e saúde.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) encerrou o mês de julho com alta de 1,37% com relação a junho, quando registrou 1,39%. No acumulado do ano, a variação é de 9,19%. O indicador apontou média mensal de 1,27% de alta entre janeiro e julho deste ano, praticamente três vezes mais do que os 0,46% registrados no mesmo período de 2014.

Das nove categorias analisadas, oito tiveram crescimento nos preços no mês, com exceção apenas de educação (0,0%). O protagonista das maiores altas foi o grupo habitação, que respondeu por 61% do total de elevação observada. Entre os serviços que mais pressionaram a atividade em julho, estão energia elétrica residencial (11,11%); conserto de refrigerador (3,40%); taxa de água e esgoto (2,25%); aluguel residencial (0,75%); reforma de estofado ( 0,70%); e gás encanado (0,51%).

O grupo que apresentou a segunda maior alta foi o de transportes, com variação de 0,98%. No acumulado de 2015, o crescimento foi de 2,71%.

Saúde e cuidados pessoais vêm em seguida, com aumento médio de 1,33% nos preços e variação positiva de 6,70% no acumulado do ano. As altas nos preços de plano de saúde (1,61%); hospitalização e cirurgia (1,43%) e exames de imagem (0,54%) contribuíram de forma contundente para o resultado do indicador.
 

Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV de 181 produtos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

Consumidor já pagou R$ 1,2 bi de empréstimo a elétricas




Custos das distribuidoras subiram nos últimos anos devido à seca


Os consumidores brasileiros de energia elétrica já pagaram 1,2 bilhão dos 21,75 bilhões de reais em empréstimos tomados para cobrir custos extraordinários das distribuidoras de energia com a compra de energia mais cara ao longo de 2014 e 2015, sendo esse um dos principais fatores a pressionar as tarifas neste ano.
"O empréstimo feito às distribuidoras tem, em média, onerado as tarifas nos processos tarifários na casa de 6 por cento", revelou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone nesta terça-feira, durante reunião do órgão regulador em Brasília.
Os custos das distribuidoras subiram nos últimos anos devido à seca, que levou ao acionamento de termelétricas, que geram energia mais cara que as hidrelétricas. A situação também elevou os preços da energia no mercado de curto prazo. As distribuidoras receberam os empréstimos, tomados junto a bancos privados e públicos, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2014 e 2015 por meio de operações intermediadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e coordenadas pelos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia.
Os financiamentos serão amortizados até abril de 2020, por meio da arrecadação de recursos nas tarifas, sendo que a primeira parcela será paga aos bancos em 15 de novembro, segundo a CCEE.
Segundo relatório publicado pela CCEE, a Conta-ACR começou a ser repassada aos consumidores a partir de março, quando seis concessionárias de distribuição passaram a cobrar nas tarifas um valor destinado a quitar a dívida.
Em agosto, 34 distribuidoras já cobravam o empréstimo do consumidor, sendo que a arrecadação do mês, de 383,3 milhões de reais, levou o saldo acumulado na Conta-ACR a mais de 1,2 bilhão de reais, ainda de acordo com os dados divulgados pela CCEE.
“O restante das distribuidoras começa a pagar o encargo à medida que passam pelos seus respectivos reajustes tarifários de 2015, conforme cronograma da Aneel. Até janeiro de 2016, todas já estarão efetuando os pagamentos”, informou a CCEE, por meio de nota.
Os recursos serão acumulados na conta até novembro com o objetivo de formar um fundo que permita a continuidade dos pagamentos, mesmo no caso de eventual inadimplência de alguma distribuidora.
Até o momento, não foi registrada nenhuma inadimplência na arrecadação dos recursos, segundo a CCEE.
Os empréstimos foram realizados em três tranches, sendo que a primeira terá juros de CDI mais 2,525 por cento ao ano, a segunda pagará CDI mais 2,9 por cento e a terceira pagará CDI mais 3,15 por cento.
Fonte: Exame




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