Pesquisar no Blog

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Inflação dobra entre janeiro e julho de 2015, aponta FecomercioSP





Preços do grupo habitação tiveram a maior alta no ano, com aumento de 16,73%

Durante os sete primeiros meses do ano, a inflação dos preços de produtos e serviços dobrou se comparada com o mesmo período de 2014. De janeiro a julho de 2015, o crescimento médio dos preços foi de 0,98% ao mês, contra 0,49% no ano passado.

Dentre as nove categorias avaliadas na pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o segmento habitação foi o que apresentou a maior alta para o bolso do consumidor paulistano. De janeiro a julho deste ano, a variação desse grupo chegou a 16,73%. Em relação a junho, o crescimento foi de 2,42%.

A classe E, cujos rendimentos são inferiores à R$ 976,58, foi a mais impactada com esse aumento nos preços, uma vez que destina um quarto de sua renda para itens relacionados à  habitação.

Alimentação e bebidas também figuram entre as maiores elevações, completando 11 meses de altas consecutivas. Em julho, o acréscimo foi de 0,71% ante a elevação de 0,48% apontada em junho. No período que compreende os meses de janeiro a julho, a variação foi de 6,61%.

Juntos, os gastos com habitação e com alimentação e bebidas respondem por quase 40% do total de consumo das famílias paulistanas, o que, claramente, evidencia uma necessidade de reorganização no orçamento doméstico. De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a restrição do poder de compra, especialmente nas classes de renda mais baixa, é o primeiro reflexo a ser observado. Isso porque tais grupos contemplam itens essenciais que são considerados prioridade na hora dos pagamentos. 

Seguindo este processo inflacionário, outras atividades tiveram aumento mensal nos preços: saúde (0,70%); transportes (0,32%); artigos do lar (0,15%); despesas pessoais (0,45%); e comunicação (0,55%). Apresentaram queda na variação os itens de vestuário (-0,40%) e educação (-0,02%). No caso de vestuário, o recuo deve-se, ao menos em parte, segundo economistas, às liquidações realizadas no setor, em decorrência dos estoques elevados e da queda nas vendas.

A exemplo dos resultados de pesquisas anteriores, as classes de renda mais baixa são as mais afetadas com a alta dos preços. Na classe D, o indicador registrou, no mês, alta de 0,95%, seguida da classe E (0,93%) e da classe C (0,77%). Para essas camadas (com rendimentos até R$ 7.324,33), a elevação dos preços supera a média geral de 0,75%. Já nas demais, A e B, que possuem ganhos além desse valor, o CVCS encerrou o mês com aumento, respectivamente, de 0,58% e 0,69%.

De acordo com os economistas da FecomercioSP, os preços enfrentam um cenário de disseminação e persistência de altas, características típicas de um quadro inflacionário.

Os aumentos nas tarifas de água e energia permanecem como os maiores responsáveis na elevação do custo de vida do paulistano. Somado isso, verifica-se, mais uma vez, o impacto maior nas classes de renda mais baixa, que acabam sentindo 50% mais do que as outras, já que as maiores altas estão concentradas em itens essenciais e, por esse motivo, não podem ser eliminadas da lista de consumo das famílias. 

IPV
O Índice de Preços do Varejo (IPV), um dos indicadores que compõem o CVCS, registrou alta de 0,16% em julho, abaixo do 0,46% observado no mês anterior. Já no acumulado de 2015, o aumento foi de 5,01%. No mesmo período do ano passado, o indicador registrou variação mensal zero.

O grupo alimentação e bebidas liderou com a maior alta no mês (0,70%). Na comparação mensal, os destaques ficaram por conta do aumento dos preços da pêra (15,65%); azeitona (9,38%); mamão (9,18%); salmão (5,715); leite longa vida (5,41%); e milho verde em conserva (5,31%). Os produtos comercializados nesse setor acumulam 6,43% de elevação no ano.

Em segundo lugar, o item saúde e cuidados pessoais contribuiu com avanço de 0,21% na alta do IPV. Aparelho ortodôntico (1,06%) e higiene pessoal (0,52%) - com destaque para os produtos para o cabelo (1,95%) e para a unha (1,90%) - puxaram as maiores variações positivas.

Neste caso, a classe D, que possui rendimentos entre R$ 976,59 a R$ 1.464,87, é a mais atingida, já que destina parte relativamente maior do seu orçamento para itens de alimentação e saúde.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) encerrou o mês de julho com alta de 1,37% com relação a junho, quando registrou 1,39%. No acumulado do ano, a variação é de 9,19%. O indicador apontou média mensal de 1,27% de alta entre janeiro e julho deste ano, praticamente três vezes mais do que os 0,46% registrados no mesmo período de 2014.

Das nove categorias analisadas, oito tiveram crescimento nos preços no mês, com exceção apenas de educação (0,0%). O protagonista das maiores altas foi o grupo habitação, que respondeu por 61% do total de elevação observada. Entre os serviços que mais pressionaram a atividade em julho, estão energia elétrica residencial (11,11%); conserto de refrigerador (3,40%); taxa de água e esgoto (2,25%); aluguel residencial (0,75%); reforma de estofado ( 0,70%); e gás encanado (0,51%).

O grupo que apresentou a segunda maior alta foi o de transportes, com variação de 0,98%. No acumulado de 2015, o crescimento foi de 2,71%.

Saúde e cuidados pessoais vêm em seguida, com aumento médio de 1,33% nos preços e variação positiva de 6,70% no acumulado do ano. As altas nos preços de plano de saúde (1,61%); hospitalização e cirurgia (1,43%) e exames de imagem (0,54%) contribuíram de forma contundente para o resultado do indicador.
 

Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV de 181 produtos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

Consumidor já pagou R$ 1,2 bi de empréstimo a elétricas




Custos das distribuidoras subiram nos últimos anos devido à seca


Os consumidores brasileiros de energia elétrica já pagaram 1,2 bilhão dos 21,75 bilhões de reais em empréstimos tomados para cobrir custos extraordinários das distribuidoras de energia com a compra de energia mais cara ao longo de 2014 e 2015, sendo esse um dos principais fatores a pressionar as tarifas neste ano.
"O empréstimo feito às distribuidoras tem, em média, onerado as tarifas nos processos tarifários na casa de 6 por cento", revelou o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone nesta terça-feira, durante reunião do órgão regulador em Brasília.
Os custos das distribuidoras subiram nos últimos anos devido à seca, que levou ao acionamento de termelétricas, que geram energia mais cara que as hidrelétricas. A situação também elevou os preços da energia no mercado de curto prazo. As distribuidoras receberam os empréstimos, tomados junto a bancos privados e públicos, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2014 e 2015 por meio de operações intermediadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e coordenadas pelos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia.
Os financiamentos serão amortizados até abril de 2020, por meio da arrecadação de recursos nas tarifas, sendo que a primeira parcela será paga aos bancos em 15 de novembro, segundo a CCEE.
Segundo relatório publicado pela CCEE, a Conta-ACR começou a ser repassada aos consumidores a partir de março, quando seis concessionárias de distribuição passaram a cobrar nas tarifas um valor destinado a quitar a dívida.
Em agosto, 34 distribuidoras já cobravam o empréstimo do consumidor, sendo que a arrecadação do mês, de 383,3 milhões de reais, levou o saldo acumulado na Conta-ACR a mais de 1,2 bilhão de reais, ainda de acordo com os dados divulgados pela CCEE.
“O restante das distribuidoras começa a pagar o encargo à medida que passam pelos seus respectivos reajustes tarifários de 2015, conforme cronograma da Aneel. Até janeiro de 2016, todas já estarão efetuando os pagamentos”, informou a CCEE, por meio de nota.
Os recursos serão acumulados na conta até novembro com o objetivo de formar um fundo que permita a continuidade dos pagamentos, mesmo no caso de eventual inadimplência de alguma distribuidora.
Até o momento, não foi registrada nenhuma inadimplência na arrecadação dos recursos, segundo a CCEE.
Os empréstimos foram realizados em três tranches, sendo que a primeira terá juros de CDI mais 2,525 por cento ao ano, a segunda pagará CDI mais 2,9 por cento e a terceira pagará CDI mais 3,15 por cento.
Fonte: Exame




SPC Brasil ajuda a descobrir se consumidor é consciente





Teste elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito classifica o internauta em três categorias de consumidores. Descubra em qual você se encaixa e siga as dicas dos especialistas.
Você desliga o chuveiro para se ensaboar no banho? Só dorme ou sai de casa depois que retira todos os aparelhos da tomada? Jamais compraria um produto pirata mesmo que o preço seja bastante atrativo? Uma pesquisa recente realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que a maioria dos brasileiros reconhece a importância de consumir de forma consciente, mas nem todos praticam, individualmente, ações colaborativas para a vida em sociedade. De acordo com o levantamento, apenas dois em cada dez consumidores (21,8%) podem ser considerados "conscientes".

Para ajudar os internautas a identificarem se são consumidores conscientes, o portal ′Meu Bolso Feliz′, uma iniciativa de educação financeira do SPC Brasil, desenvolveu um teste que avalia o nível de engajamento e as práticas responsáveis dos brasileiros na hora de consumir. As perguntas do questionário englobam as três grandes dimensões que compõem o conceito de consumo consciente, como as atitudes financeiras, avaliando as habilidades dos consumidores para lidar com os apelos do consumismo; as práticas ambientais, que investiga a disposição do consumidor para minimizar o impacto do consumo no meio ambiente; e as atitudes para engajamento social, que levam em consideração se o consumidor analisa as consequências de suas ações na sociedade e incentiva os outros a procederem de maneira responsável.

"O objetivo do teste é fazer o brasileiro refletir sobre o impacto que as suas atitudes de consumo tem na sociedade, de maneira que ele possa revê-las e mudar os seus costumes inadequados", explica o educador financeiro do portal 'Meu Bolso Feliz, José Vignoli.

O teste divide os consumidores em três categorias distintas, de acordo com a intensidade da prática dos comportamentos considerados adequados: 'consumidores conscientes' - que apresentam frequência de atitudes corretas acima de 80%; 'consumidores em transição' - cuja frequência varia entre 60% e 80% de atitudes adequadas, e 'consumidores nada ou pouco conscientes' - quando a incidência de comportamentos apropriados não atinge 60%.

Para descobrir em qual categoria o consumidor se enquadra, ele deve responder ao teste com questões múltiplas disponível no portal 'Meu Bolso Feliz' no link meubolsofeliz.com.br/teste/consumo-consciente.
Dicas para se tornar um consumidor consciente:

1. De olho nas compras

Um passo importante na hora de se tornar um consumidor consciente é pensar antes de comprar e, consequentemente ficar longe das armadilhas do consumismo. "Aqui, podemos citar alguns inimigos do seu dinheiro: vaidade, crédito, propaganda, status, ansiedade e crédito fácil", diz Vignoli. Por isso, vale ficar atento às dicas abaixo e, a partir delas, se policiar antes da próxima compra:

- Sempre pesquise preços antes de adquirir algo novo.
- Não tenha vergonha de pechinchar;
- Compre produtos originais e evite promoções tentadoras;
- Não use o cheque especial ou cartão de crédito para comprar o que não cabe no seu orçamento;
- Não encare compras ou passeios no shopping como lazer;
- Quando se deparar com uma promoção, pergunte-se se precisa mesmo daquilo;
- Programe as compras de supermercado e chegue ao local com uma lista de compras;
- De preferência à qualidade e durabilidade do produto e não apenas a marca que ele carrega.

2. Use o telefone com moderação

Também faz parte das atitudes do consumidor consciente saber usar o  telefone fixo e o celular com moderação. Entre as práticas que devem ser adotadas estão controlar a conta visando economia e falar apenas o necessário, deixando conversas importantes para serem feitas pessoalmente. Aqui, vale usar aplicativos sem custo como o whatasapp e avaliar se não vale a pena ter mais de um chip e aproveitar diferentes promoções das operadoras.

3. Fique atento aos sinais do meio ambiente

Já é altamente difundido que precisamos cuidar do planeta, certo? Junto a isso, empresas têm adotado iniciativas e atitudes como não gastar papel para impressão e usar menos o carro tem feito muito sucesso. Para garantir um consumo consciente e voltado ao meio ambiente, fique atento:

- Ao invés de jogar fora aquilo que não quer mais, doe;
- Invista em atividades ao ar livre;
- Dê preferência a produtos que tenham a embalagem reciclável;
- Consuma frutas da época, mais saudáveis e mais baratas;
- Separe o lixo para reciclagem;
- Analise a procedência e atividades de fabricantes e marcas antes de adquirir algo.

4. Use a água e a energia elétrica com sabedoria

Ainda respeitando o meio ambiente, é necessário cuidar e respeitar bens finitos como a água e a energia. Por isso, adote atitudes como:

- Fechar a torneira enquanto escova os dentes, faz a barba, toma banho ou lava a louça;
- Use a máquina de lavar sempre em sua capacidade máxima;
- Apague as luzes de ambientes que não estão sendo usados;
- Prefira lâmpadas econômicas;
- Verifique a quantidade de energia que um eletroeletrônico gasta antes de comprá-lo;
- Tire aparelhos da tomada quando não estiverem sendo utilizados;
- Convide todos da casa para assistir TV no mesmo cômodo;
- Controle as contas mês a mês visando economizar.

5. Mobilize as pessoas à sua volta

Com tudo isso em mente, é a hora de mostrar aos outros que ser um consumidor consciente faz bem para todo mundo e aprender a ir além e dar mais um passo rumo ao consumo 100% consciente. Para isso:

- Incentive as pessoas de casa a seguirem seus passos e passe mais tempo com a família e amigos;
- Pense e aconselhe os outros a pensarem de forma consciente;
- Invista no consumo colaborativo, troque peças, empreste e alugue;
- Não jogue alimentos fora.


Vinícius Bruno, Renan Miret e Carolina Laert
Fonte: SPC Brasil e In Press PNI

Posts mais acessados