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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Prevenção à cegueira é banalizada no Brasil





Pesquisa do IBGE mostra que só 51,1% dos bebês passam pelo teste do olhinho para diagnosticar doenças que causam cegueira na infância.

O Brasil tem 29 mil crianças cegas segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e este número pode crescer por falta de prevenção. Isso porque, a PNS  (Pesquisa Nacional de Saúde) mostra que só 51,1% das crianças brasileiras com menos de 2 anos passaram pelo "teste do olhinho" ou exame do reflexo vermelho antes de completar o primeiro mês de vida. A pesquisa também mostra que a  falta de prevenção é ainda mais grave nas regiões norte e nordeste, onde respectivamente só 28,9% e 30,4% dos bebês passaram pelo exame. No sul e sudeste do Brasil o exame é feito em 68,5% e 71,1% dos bebês, respectivamente.
Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os pais devem checar se o bebê passou pelo exame quando a mãe e o bebê recebem alta na maternidade. Ele destaca que o teste do olhinho permite diagnosticar as principais doenças que causam a perda da visão na infância e deve ser feito logo que o bebê nasce. Isso porque, explica, nos recém-nascidos os tecidos oculares estão em  processo de amadurecimento e qualquer obstáculo visual nesta fase da vida pode se tornar um mal permanente.
Como é feito
Queiroz Neto afirma que o exame é barato, rápido e indolor. É feito sem aplicar qualquer tipo de colírio numa sala escura com um oftalmoscópio, espécie de lanterna que possui lentes refletoras. Na falta do equipamento, o especialista diz  pode ser feito até com uma lanterna comum nos hospitais que tenham falta do equipamento. Consiste em mirar a uma distância de 30 cm  a luz na pupila do bebê. Quando a luz produz um reflexo vermelho contínuo indica visão perfeita. Se o reflexo for esbranquiçado ou descontínuo sinaliza doença ocular e a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista.
Doenças e Tratamentos
O especialista diz que o reflexo esbranquiçado pode indicar retinoblastoma ou catarata congênita. O retinoblastoma é  tumor ocular que representa uma urgência cirúrgica por colocar a vida do bebê em risco. A catarata congênita  responde por 20% dos casos de cegueira  infantil e deve ser operada o quanto antes para não comprometer o desenvolvimento da visão.
O médico esclarece que o reflexo descontínuo pode sinalizar alguma alteração no humor vítreo relacionada à presença de glaucoma congênito  e exige tratamento cirúrgico.
Quando o reflexo difere entre os olhos indica estrabismo que desencadeia ambliopia ou olho preguiçoso se não for tratado com a oclusão do olho de melhor visão para estimular o desenvolvimento do outro.
Doenças sistêmicas X visão do bebê
Queiroz Neto alerta que em recém-nascidos  febre, manchas vermelhas no corpo, coriza, e conjuntivite podem estar relacionadas a doenças sistêmicas  que indicam necessidade de consultar um oftalmologista. Isso porque, no bebê doenças como a rubéola, sarampo e meningite que apresentam estes sintomas podem prejudicar a visão definitivamente.
Como identificar problemas de visão no bebê
O oftalmologista alerta que o principal sinal de problema na visão do bebê é a falta de interesse pelo ambiente e  pessoas. Sintomas como lacrimejamento constante, fotofobia (sensibilidade à luz), olhos com secreção, vermelhos, acinzentados ou opacos indicam urgência em consultar um oftalmologista.


Urinar muito pode ser sinal de aumento da próstata




Problema pode atingir 25% dos homens a partir dos 60 anos, alerta o ‘Hospital do Homem’

Urinar muitas vezes ao dia e à noite são sintomas comuns em homens com hiperplasia prostática benigna (HPB), mais conhecida como aumento benigno da próstata. A doença pode atingir 25% dos homens a partir dos 60 anos.
No Centro de Referência em Saúde do Homem do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, a doença representa 25% do total de atendimentos urológicos.
Os pacientes com sintomas graves de HPB são tratados na unidade com tecnologia de ultima geração. O procedimento a laser é minimamente invasivo e possibilita alta em poucos dias.
A próstata aumentada ocorre principalmente em razão da idade ao longo dos anos, com o envelhecimento do homem. Quando essa glândula cresce, a uretra sofre uma pressão e o paciente passa a ter dificuldades para urinar. O HPB não é câncer e o aumento não representa risco para o surgimento do câncer de próstata.
Além de alterar a frequência para urinar, os pacientes com HPB apresentam sintomas como jato fraco e fino, esvaziamento incompleto da bexiga e incapacidade para controlar a vontade de fazer xixi. Infecções com sangue na urina também são complicações comuns para quem tem a próstata aumentada.
“São sintomas que classificamos como irritativos e obstrutivos, e que atrapalham a rotina de trabalho e sono dos homens”, explica o urologista e coordenador do Centro de Referência em Saúde do Homem, Joaquim Claro.
O especialista orienta que os homens procurem um urologista assim que sentirem alterações no jato ou na frequência para urinar. “Na consulta é realizado exame físico com questionário que vai classificar a gravidade de cada caso, com solicitação de exames complementares para diagnóstico e na sequencia seguirmos com tratamento” reforça.

Tabagismo é responsável por mais de 200 mil mortes ao ano




29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo

De acordo com o Ministério da Saúde, o hábito de fumar é responsável por cerca de 200 mil óbitos ao ano, no Brasil. Atualmente, 14,7% da população brasileira com mais de 18 anos é fumante e o hábito predomina entre os homens.
Para o cardiologista do Hospital VITA Mohamad Kamal Sleiman, o tabaco, além de ser responsável por vários tipos de câncer, aumenta o risco de doenças respiratórias e está associado a problemas cardiovasculares, como infarto e aumento da pressão arterial. Além de ser responsável por doenças crônicas, o fumo também é um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças, como tuberculose, infecções respiratórias, impotência sexual, úlceras pépticas, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, variadas formas de câncer, entre outras enfermidades.
O médico explica que a dependência maior do cigarro é por causa do uso da nicotina. De acordo com ele, a substância é um artefato para que os indivíduos criem dependência, já que esta age no cérebro dando ao indivíduo sensação de prazer e relaxamento. Em cada tragada são inaladas 4.700 substâncias tóxicas. Entre elas, três são consideradas as piores.
A primeira é a nicotina, que provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a temida cocaína, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea). A segunda é o monóxido de carbono (CO), aquele mesmo que sai do cano de escapamento dos carros. Ele combina com a hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio) e acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe do cigarro. "Nesse período de abstinência o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse ‘excesso’, reclama por meio das dores de cabeça", explica. A terceira substância tida como grande vilã é o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Tratamento - A dependência provocada pela nicotina traz prejuízos físicos e psicológicos ao indivíduo que tenta abandonar o vício. Segundo Sleiman, o incômodo psicológico compromete a abstinência, por isso, torna-se tão difícil abandonar cigarro. Entretanto, hoje em dia há métodos específicos e eficazes para tratar o tabagismo, como medicamentos, adesivos e chicletes que contêm nicotina. O tratamento medicamentoso consiste na diminuição dos sintomas de abstinência, os adesivos fazem a liberação lenta de nicotina e concomitantemente o paciente pode mascar e absorver a nicotina liberada.
O grande problema é que quase todas as pessoas que fumam não conseguem se desfazer deste hábito. De acordo com várias pesquisas, a cada 25 fumantes, pelo menos 22 precisam de seis tentativas para conseguir deixar o vício. "O fumante precisa contar com muito esforço e apoio médico para deixar a dependência, por isso, não é da noite para o dia que o indivíduo consegue deixar o cigarro", destaca o médico.

Cigarro eletrônico - O uso do produto não tem função terapêutica e seu uso não é uma forma eficaz de se livrar da dependência da nicotina, pois também possui substâncias nocivas à saúde. Segundo o cardiologista, quando o uso do cigarro eletrônico é interrompido, a pessoa pode apresentar os mesmos sintomas da síndrome de abstinência provocados pela privação do cigarro convencional.

Livre do vício
O que você ganha se ficar sem fumar por...
20 minutos: a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
2 horas: não tem mais nicotina circulando no sangue;
8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
2 dias: o paladar ganha sensibilidade novamente;
3 semanas: a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora;
5 a 10 anos: o risco de sofrer infarto passa a ser igual ao de quem nunca fumou.

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