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quinta-feira, 14 de abril de 2016

Os perigos da amamentação cruzada





Casos como o da inglesa que por questões de saúde foi impossibilitada de continuar amamentando seu bebê e por isso fez um apelo na internet que conseguiu mobilizar três amas-de-leite, despertam a atenção para a importância dos perigos da amamentação cruzada. Contraindicado formalmente pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida a prática de mães que amamentam filhos de outras que apresentam alguma dificuldade com o aleitamento, traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças, infecto-contagiosas, a mais grave, Aids. A pediatra do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marlene Roque Assumpção esclarece as principais dúvidas sobre o método e aconselha o que a mãe deve fazer caso tenha algum problema para amamentar o filho.

Quais são os perigos da amamentação cruzada?
O perigo é o bebê ser contaminado por uma doença infecto–contagiosa, como a Aids, que é uma doença crônica grave e ainda sem tratamento absoluto, sem cura. Por exemplo, se uma mãe tiver hepatite B em atividade, e doar leite a outro bebê, que não tenha ainda as doses da vacina suficientes (ou seja, não está totalmente imunizado), ela poderá passar a doença para a criança, através do leite materno, em caso de sangramento do mamilo  por trauma mamilar.

Quando a amamentação cruzada foi contraindicada?
Com o advento da Aids, a partir de 1985, a amamentação cruzada começou a ser contraindicada. Hoje, a contraindicação formal pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é para o HIV e o HTLV . Se a mãe tiver um desses dois vírus não poderá amamentar. Neste caso, o seu filho terá que ser alimentado conforme indicação do pediatra, conforme a idade que ele esteja.

O que a mãe deve fazer caso não consiga amamentar?
A primeira orientação é buscar ajuda junto ao seu médico, pediatra ou a unidade onde teve o seu filho. Caso não consiga nenhum auxílio, a mulher pode procurar um Banco de Leite Humano (BLH). No Rio, nós temos 17 bancos e no Brasil, 218. Então, há uma disponibilidade muito grande para ajudá-la.

Qual a diferença do leite do banco de leite para o leite de outra pessoa?
A diferença fundamental do leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por uma outra mãe é que no BLH o leite é tratado, pasteurizado e, por isso, isento de qualquer possibilidade de transmissão de doenças. A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Mesmo se esta mãe estiver com os exames normais ou se teve uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica, e esse bebê correr o risco de contrair alguma doença.

Quais são os outros benefícios da amamentação, além de evitar doenças?
O leite materno é uma substância viva, adequada às fases de vida do bebê. A mãe de um prematuro, por exemplo, terá um leite específico para um bebê naquela faixa etária. Se o bebê estiver com   alguma infecção o leite materno vai produzir mais defesas para combater àquela infecção. O organismo da mulher entende que precisa liberar mais anticorpos, mais células, mais defesas, para proteger esses bebês e combater a infecção a qual está acometido.

As vantagens do leite materno são inúmeras, tanto para a mãe quanto para o bebê. Além de unir mãe e filho, evita a introdução precoce, de alimentos alergênicos.

Qual o conselho que você dá às mães que estão com dificuldade de amamentar?
Para saber o que está causando essa dificuldade, a mãe deve procurar um profissional de saúde que possa ajudá-la ou procurar um BLH. A família ou a mãe sozinha provavelmente não dará conta. Por mais que uma mãe tenha tido experiência boa em uma amamentação, em outra gravidez, pode não ter na atual. Cada bebê é diferente. Nem os gêmeos univitelinos são iguais.  

Há um medo nas mães do leite ser fraco. Isso pode acontecer?
Isso é um mito. Não existe leite fraco, o que existe são momentos em que a mãe pode estar produzindo menos leite, mas por falta de estímulo adequado. Ainda pode ocorrer de o bebê estar mamando muito o leite anterior, ou seja, ele mama um pouco em um peito e logo troca de lado. Não esvaziar a mama, pode não saciar a criança, que fica sempre chorando e querendo mamar muitas vezes.  Isso deixa a nutriz angustiada e insegura. Desse modo, nunca chegará ao leite final, que tem maior teor de gordura, fazendo o bebê engordar e dá saciedade, possibilitando mais tempo entre uma mamada e outra. O leite anterior é ótimo, é necessário, mas tem um teor de calorias menor.

Com a preocupação atual com a Zika, a mãe que tiver suspeita de ter o vírus deve parar de amamentar?
Não se deve interromper o aleitamento materno e nem a doação de leite porque não há evidências de que esse vírus seja transmitido pelo leite para o bebê. A mãe deve continuar amamentando ou doando leite mesmo estando doente. Inclusive, ela estará passando anticorpos, que são as defesas do bebê. O colostro, que é aquele leite da primeira semana de vida é um leite diferente, específico, com teor alto de anticorpos. Todos os anticorpos que a mãe tem no organismo de todas as doenças que ela foi acometida durante a sua vida, serão passados para o bebê através do leite.  Chamado de primeira vacina do bebê. O primeiro leite da mãe que está amamentando um bebê prematuro é ainda mais importante, pois tem todos as defesas para o seu bebê, que é mais frágil.

Em caso de dúvidas, procure o Banco de Leite Humano do IFF, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, ou entre em contato com o SOS Amamentação pelo telefone 08000-26-8877.

Problemas de audição na terceira idade podem comprometer qualidade de vida e causar depressão






Um terço dos idosos acima de 65 anos e metade dos que possuem acima de 75 anos possuem deficiência auditiva. Por vergonha ou desconhecimento, muitos idosos não têm acesso à tecnologia de reabilitação auditiva, e com isso se privam de uma convivência mais saudável e plena

De acordo com o IBGE, o Brasil tem hoje 25 milhões de pessoas com mais de 60 anos e deve chegar a 58,4 milhões até 2060. O aumento da expectativa de vida no país ressalta a importância e de se pensar em prevenção e cuidados com a saúde – algo essencial para quem planeja ter qualidade de vida em tidas as fases da vida. Entre os problemas mais comuns para os idosos está a perda auditiva, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete um terço da população acima de 65 anos e metade daqueles com mais de 75 anos.

“Apesar de a perda auditiva ser uma consequência natural que a população idosa enfrenta, existem alguns fatores que podem contribuir para o agravamento do problema e dificultar o tratamento”, explica a fonoaudióloga Andréa Abrahão, Diretora Técnica da rede de reabilitação auditiva Direito de Ouvir.

Segundo a especialista, é importante que o idoso procure ajuda assim que perceber que não está ouvindo bem, pois quanto antes for diagnosticada a deficiência auditiva, menores serão as consequências do problema. Quem protela o problema fica mais exposto a doenças secundárias, como a depressão, e se priva de manter uma convivência plena com as pessoas, o que seria facilmente resolvido através da reabilitação auditiva.

Relação com a depressão
Um estudo realizado com idosos, feito pela Universidade Johns Hopkins (EUA), constatou uma relação entre perda auditiva não tratada e problemas de saúde física, emocional e mental. Entre os idosos com perda auditiva não tratada, 32% haviam sido hospitalizados, 36% tinham uma probabilidade maior de sofrer danos nos próximos dez anos e 57% estavam mais suscetíveis a sofrer depressão. “O fato do idoso não conseguir ouvir bem faz com que se isole para não correr o risco de passar por situações constrangedoras. Este tipo de comportamento torna-se uma rotina e pode ter como consequência a depressão”, diz Andréa.

O apoio dos amigos e familiares é extremamente importante, pois motiva a procura por ajuda médica e o inicio do tratamento. “Graças ao avanço da medicina e da tecnologia, hoje é possível uma pessoa com mais de 60 anos ter uma qualidade de vida excelente. Basta consultar um especialista e estar disposta a receber o tratamento mais adequado.“

Tecnologia permite 100% de reabilitação
Para a maioria dos casos de perda auditiva é recomendado o uso de um aparelho auditivo. Atualmente, os modelos estão mais modernos, contam com mais recursos, e têm preços variáveis. Há modelos que permitem até mesmo ouvir música do celular. Uma das opções mais conhecida é o Resound Linx, considerado o aparelho auditivo mais inteligente do mundo, atendendo 90% das perdas auditivas, inclusive aquelas mais severas.

Alguns aparelhos utilizam comunicação wireless, dispensando cabos, como é o caso do ReSound Verso, que se adapta continuamente a qualquer mudança no ambiente sonoro, sendo que o usuário consegue configurar o tipo de som que vai ouvir.

Sinais de perda auditiva
Idosos e familiares devem estar atentos aos primeiros sintomas de perda auditiva. Sinais mais comuns: a pessoa começa a ouvir a televisão mais alta, tem dificuldade de falar ao telefone, se perde nas conversas e pede que perguntas sejam repetidas, procura isolamento.

Sobre a Direito de Ouvir
No mercado desde 2007, a missão da Direito de Ouvir é possibilitar às pessoas com perda auditiva uma melhor qualidade de vida através de uma ampla variedade de aparelhos com preços acessíveis e alta tecnologia. A empresa adotou formato de franquia em 2013 para possibilitar que empreendedores de diferentes segmentos - e não apenas fonoaudiólogos – pudessem ter a chance de trabalhar com a marca, considerada uma das mais importantes no segmento de aparelhos auditivos no Brasil. O sucesso fez com que em 2014, a rede se juntasse à multinacional Amplifon, líder mundial em soluções auditivas, presente em 22 países. A Direito de Ouvir possui cerca de 400 fonoaudiólogas credenciadas, uma loja própria e cinco franquias em diferentes regiões do país. Site: http://www.direitodeouvir.com.br/

Como amenizar as olheiras?





Especialista da clínica Monte Parnaso explica que não existe só um tipo de olheira e cada um tem o seu tratamento

Uma noite de sono ruim não é a única causa de pálpebras marcadas. São três os principais fatores que as causam as olheiras: excesso de pigmento (melanina), aumento e dilatação dos vasos sanguíneos abaixo da pele e bolsas de gordura exacerbadas. Ana Regina Trávolo, dermatologista e diretora da clínica Monte Parnaso, explica como é possível identificá-las e os principais procedimentos que as amenizam. 

Aparência 
Cada tipo tem sua característica, então é preciso observá-las para identificar. “As olheiras por excesso de melanina possuem tom marrom claro; as provocadas por aumento de vasos, tons roxos ou azuis; e as decorrentes do aumento da gordura nas pálpebras formam uma área com maior inchaço superior e uma área de sulco mais profundo inferiormente”, explica Ana Regina. 

Tratamento 
Nas olheiras com maior concentração de melanina, podem ser prescritos cremes com despigmentantes, como a vitamina K, ácido kójico, ácido fítico, hidroquinona, ácido tioglicólico e antioxidantes, como as vitaminas C e E. “Os produtos antiolheiras sozinhos, todavia, não fazem milagre”, elucida a especialista. 

Para as olheiras com excesso de melanina, os peelings químicos podem ser aplicados por dermatologistas diretamente na pele da pálpebra. “Esses ativos normalmente provocam uma descamação e renovação da pele da região, diminuindo a quantidade de pigmento. Alguns tipos de laser e a luz pulsada também podem ser aplicados nas olheiras”, aponta a dermatologista. 

No caso de pessoas que apresentam sulco fundo na região, pode ser feito uso do preenchimento com ácido hialurônico, aplicado com agulha ou cânula sob a pele da região. “Isso corrige a parte profunda e ainda mascara a pigmentação presente na região”, explica. Quando as bolsas de gordura estão muito intensas, pode ser necessária uma correção cirúrgica para retirada delas.

Receita caseira 
Compressas geladas ou com camomila gelada à noite por 10 a 15 minutos podem ajudar a amenizar as olheiras com componente vascular importante. “Nada também como um boa noite de sono para ajudar no tratamento”, indica Ana Regina Trávolo. 

Prevenção 
A diretora da Monte Parnaso explica que não há como prevenir totalmente as olheiras, por terem o fator genético como principal causa. Todavia, ter noites de sono regulares, suprimir o uso do tabaco e reduzir o de consumo álcool, além de proteger a pele da região do sol pode ajudar no controle do quadro, segundo a dermatologista. O uso de cremes despigmentantes prescritos pelo dermatologista e de bases corretivas também ajudam no dia a dia dos cuidados com as olheiras.



Clínica Dermatológica Monte Parnaso
Centro Médico Júlio Adnet
SEPS 709/909 Bl. A Clínica 9 1º Subsolo Brasília-DF
Tel.: (61) 3263-0833 / 0834 - Web: www.monteparnaso.com.br

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