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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Baixa umidade resseca olhos



Estiagem faz  incidência da síndrome do olho seco passar de 10% para 20%. Falta de tratamento pode evoluir para lesões oculares.

A estiagem prolongada que assola o país, dobrou no último mês o número de pessoas que chegam aos consultórios oftalmológicos se queixando de coceira nos olhos, ardor, irritação, visão embaçada que piora no final do dia e dificuldade para trabalhar no computador. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, é a síndrome do olho seco que passou de 10% para 20% dos atendimentos realizados neste período, conforme  prontuários do hospital.

A doença, esclarece, é resultado da menor produção de lágrima ou da alteração em um de seus três ingredientes: gordura, água e muco. O ar seco, pondera, provoca a maior evaporação da camada aquosa da lágrima que umedece o globo ocular e evita infecções por conter  substâncias antibactericidas. Isso explica porque a maior evaporação do filme lacrimal pode causar lesões superficiais na córnea, lente frontal e transparente do olho. Também predispõe à conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a  face interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. 

Questão  hormonal
O oftalmologista afirma que os grupos mais atingidos pela síndrome do olho seco são as mulheres e quem já passou dos 50 anos. Isso porque, têm queda na produção da camada gordurosa da lágrima que evita a evaporação da camada aquosa. Na mulher, ressalta, isso acontece por conta das oscilações hormonais durante o período reprodutivo e  diminuição da produção desses hormônios após a menopausa. Entre homens com mais de 50 anos é a queda na produção da testosterona que provoca o ressecamento dos olhos.

Vida digital
Queiroz Neto afirma que o uso intensivo do computador também contribui com a síndrome. Isso porque, normalmente, piscamos cerca de vinte vezes por minuto e na frente do monitor de seis a sete vezes. Resultado: A evaporação é maior porque as camadas não se misturam. Para melhorar a lubrificação dos olhos no computador, as dicas do médico são piscar voluntariamente e posicionar o monitor 20o abaixo dos olhos.

Outros fatores de risco
O especialista ressalta que doenças imunológicas como lúpus, síndrome de Stevens-Johnson e penfigóide também ressecam a lágrima. O uso contínuo de  medicamentos para hipertensão, digestão, depressão, alergia ou pílula anticoncepcional também aumenta o risco. Até a maquiagem mal retirada pode influir na lubrificação ocular, comenta, caso a camada de muco da lágrima que tem a função de reter impurezas fique sobrecarregada e ocorra obstrução dos ductos lacrimais. 

Diagnóstico e tratamento
O especialista diz que o  diagnóstico é feito com papel filtro centimetrado colocado na base do olho para o oftalmologista observar se depois de 5 minutos menos de um terço fica molhado.  O tratamento pode ser feito com colírio lubrificante, exigir o uso de pomada de vaselina, implante de um plugue no canal lacrimal e até uso de colírio imunossupressor em casos de inflamação das vias lacrimais. Como existem vários tipos de olho seco com causas distintas não dá nem para pensar em usar a receita de outra pessoa.

Prevenção
As principais dicas do médico para prevenir a síndrome do olho seco são:

Incluir na dieta vitaminas A e E encontradas em frutas, verduras e legumes.
Evitar carne bovina, carboidratos e gordura.
Consumir fontes de Ômega 3 encontrado em semente de linhaça, nozes e sardinha
Eliminar o uso de aquecedor de ar sempre que possível.
Manter os ambientes livres de poeira e  com  vasilha de água para hidratar o ar.
Beba água com frequência para hidratar o corpo.



Primeira vacina contra dengue vai custar até R$ 138 por dose



Primeira vacina contra dengue vai custar até R$ 138 por dose

O custo da vacinação em clínicas particulares pode ficar mais alto pela cobrança da aplicação 

As doses da primeira vacina contra a dengue aprovada no país vão custar entre R$ 132,76 e R$ 138,53 em clínicas e hospitais particulares. Os preços tabelados foram divulgados pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) na última segunda-feira (25).

O tratamento com a vacina da Sanofi Pasteur inclui três doses, com seis meses de intervalo entre elas. O custo da vacinação em clínicas particulares pode ficar mais alto pela cobrança da aplicação.

A vacina aprovada em dezembro de 2015 só é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos. Ela é mais eficiente em pessoas que já contraíram dengue do que em pessoas que nunca tiveram a doença, afirma a Anvisa.

Os índices de eficácia são considerados baixos por especialistas. A média é de 66% entre os quatro tipos de vírus da dengue, transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.
Em maio deste ano, o Ministério da Saúde havia informado que seria "praticamente impossível incorporar a vacina da dengue ao calendário de vacinação da rede pública.

No entanto, redes municipais ou estaduais podem decidir comprar doses da vacina. A Secretaria Estadual do Paraná informou que vai aplicar a vacina nesta terça (26) em Paranaguá, em uma parceria com a empresa francesa. Não foi informado o número de doses que serão aplicadas.

Vacina do Butantã começou a ser testada em humanos

Nesta segunda (25), o Instituto Butantan iniciou testes da sua vacina em humanos no Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza (CE). Cerca de 1,2 mil pessoas entre 2 e 59 anos serão imunizadas durante o estudo, que constitui a terceira e última etapa de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Anvisa.

Somente após a aprovação, a vacina poderá ser ser produzida em larga escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.

Além de Fortaleza, também serão realizados testes clínicos no Recife (PE) e Aracaju (SE). Já há testes simultâneos acontecendo em Manaus (AM), Boa Vista (RR), no Estado de São Paulo e em Porto Velho (RO). Ao todo, os testes envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil.

Há ainda duas vacinas contra dengue sendo desenvolvidas pela empresa Takeda e pelo Instituto Bio-manguinhos/Fiocruz (em parceria com a GSK).

Neste ano, o Brasil já soma quase 1 milhão de casos de dengue. Em 2015, o país registrou recorde da doença, com mais de 1,6 milhão de casos.

Tire suas dúvidas

1) O que é a vacina aprovada pela Anvisa?

A Dengvaxia é a primeira vacina registrada contra a dengue no Brasil. O medicamento é destinado ao público entre 9 e 45 anos de idade e é contra indicado para gestantes, mulheres em período de amamentação e pessoas em tratamento médico de doenças graves, a exemplo do câncer. A vacina tem que ser aplicada em três doses, a cada seis meses.

Ela é mais eficiente em pessoas que já contraíram dengue do que em pessoas que nunca tiveram a doença, afirma a Anvisa.

2) Qual a diferença entre esta e a vacina do Butantã?

A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã ainda está na fase final de testes, mas tem apresentado resultados melhores do que a vacina criada pela Sanofi Pasteur. "Os resultados são animadores. A vacina do Butantã poderá ser mais barata e mais eficaz para os quatro sorotipos do vírus da dengue, além de ser necessária apenas uma dose para sua aplicação", explica a infectologista Mônica Jacques de Moraes.

Não há previsão para aprovação final da vacina do Instituto Butantã pela Anvisa. A Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório japonês Takeda também desenvolvem suas vacinas contra a doença.

3) A vacina contra dengue também protege contra o vírus da zika?

Não. "O vírus da zika e o vírus da dengue são transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, mas esta vacina só protege a pessoa contra o vírus da dengue. Portanto, a pessoa que receber esta vacina, não estará protegida contra o vírus da zika que causa a microcefalia em bebês, ou contra o chikungunya," explica a diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Mônica Jacques de Moraes. Ela lembra que a dengue é uma doença infecciosa causada por quatro sorotipos de arbovírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).

Redação
Fonte: Uol

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