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terça-feira, 26 de julho de 2016

VOCÊ SABIA?

Cálcio: é bom só para os ossos?
Que o cálcio faz bem para os ossos ninguém duvida, mas é só isso?

Você sabia que este mineral participa de funções importantes do organismo e, por isso, sua presença é vital para o perfeito funcionamento do corpo humano?
A nutricionista Ana Paula Del´Arco mostra como e o porquê a recomendação do consumo de 3 porções de lácteos ao dia é tão importante para o suprimento da ingestão deste mineral.

Nervos e músculos - o cálcio é responsável pela transmissão de impulsos nervosos e contração muscular, o que se traduz, por exemplo, pelos batimentos cardíacos.
Controle da massa corpórea - participa de sinalizações intra e extracelulares, como por exemplo a regulação da termogênese (regulação da temperatura corporal) e a regulação de lipogênese (produção de ácidos graxos (gorduras) a partir do excesso de glicose no organismo, guardando energia) e lipólise (o contrário da lipogênese, ou seja, é a quebra da gordura (dos ácidos graxos) em glicerol, para obter energia para o corpo), atuando positiva ou negativamente nos quadros de obesidade.
Ossos – sabidamente fundamental para a saúde óssea e dentária.

Assim, o cálcio tem definidas duas funções no organismo: as regulatórias (sinalizações celulares) e as estruturais (estrutura óssea e dentária).

Você sabia que nosso corpo possui um reservatório de cálcio? Ele é o mineral mais abundante no organismo, representando 1,5% de toda a massa corporal e é o 5º em presença entre todos os elementos, perdendo apenas para o oxigênio, carbono, hidrogênio e nitrogênio.
O corpo humano abriga 99% do cálcio no esqueleto, ou seja cerca de 1,3 kg de cálcio estão armazenados nos ossos, estando presente em 60% do esqueleto humano.
O organismo tem a capacidade de controlar a distribuição do cálcio para suas diversas funções, por vezes retirando o mineral do reservatório (esqueleto) quando há inadequada ingestão do mineral.  A correta distribuição do cálcio para as diversas funções no corpo é orquestrada por hormônios, mais precisamente pelo PTH (hormônio da paratireoide), a calcitonina e a forma ativa da vitamina D, além de um receptor para detectar as concentrações de cálcio no fluído extracelular (CaR).
Ou seja, o PTH tem a função de manter os níveis adequados de cálcio no fluido extracelular, e a calcitonina a função de evitar níveis muito elevados de cálcio no sangue. “É como se o corpo possuísse duas alavancas: uma para inibir a redução de cálcio e outra para prevenir aumentos anormais de cálcio. É por isso que alertamos para os prejuízos que o organismo pode ter tanto para a falta quanto para o excesso de cálcio”, explica.

Você sabia que o corpo não absorve 100% do cálcio ingerido? Em torno de 30% de todo o cálcio que ingerimos é absorvido pelo organismo, sendo normal a excreção de cálcio pela urina e pelas fezes. Por isso, as recomendações dietéticas de ingestão de nutrientes consideram estas peculiaridades de absorção de cada nutriente no cálculo das necessidades.
Assim, a existência de cálcio nas fezes e na urina é normal e não indica necessariamente que está havendo um excesso no consumo do mineral. “O que se revela na população brasileira é uma ingestão inadequada de cálcio, segundo a POF (2008-2009), a inadequação de ingestão de cálcio variou de 84 a 100%”, explica Ana Paula.

Veja a relação entre a quantidade de cálcio presente em alguns alimentos e a absorção estimada pelo organismo em alguns alimentos:

Alimento
Quantidade de cálcio
Absorção estimada
Leite (206 g)
300 mg
96,3 mg (32%)
Feijão (177 g)
50 mg
7,8 mg (15,5%)
Brócolis (71 g)
35 mg
21,5 mg (61%)
Espinafre (90 g)
122 mg
6,2 mg (5%)
Fonte: adaptada de Weaver e Heaney, 2005.

É por isso que as fontes lácteas são as mais indicadas para o adequado consumo de cálcio.

Fonte: Consultora para a Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios - Nutricionista Ana Paula Del’Arco

Acidente ocular é a principal causa de cegueira em um dos olhos no Brasil



 
No dia 27 de julho é comemorado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Dentre os acidentes oculares de trabalho, 6% causam problemas irreversíveis. No Brasil, o acidente ocular é a principal causa de cegueira em um dos olhos. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia estima que os acidentes ocupacionais oculares correspondam a 150 mil casos por ano, com maior frequência entre homens na faixa etária de 20 a 40 anos, quando se está no auge da produtividade. Como este órgão é muito sensível, uma contusão ou descuido pode ter desfechos dramáticos. Apesar dos grandes avanços da medicina na área oftalmológica, os danos nem sempre são reversíveis.

O oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, explica que muitos acidentes oculares ocorrem por desrespeito às normas e leis de segurança de empresas ou uso inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Existem profissões que exigem o uso de EPIs, como, por exemplo, os óculos de proteção, e concentração do funcionário para evitar danos à visão. Quando estes dois fatores são subestimados, os riscos de lesões são altos”, diz o especialista, apontando que a inaptidão para o trabalho causada pelo comprometimento da visão é, em média, de 15 semanas, quando não permanente, contra cinco para as que afetam outras partes do corpo.

Cerca de 60% da população brasileira entre 18 a 40 anos precisam de lentes corretivas devido a algum tipo de desvio de refração (miopia, astigmatismo, hipermetropia). Muitas vezes, o acidente de trabalho acontece porque a pessoa não quer usar óculos de grau ou lentes ou está usando lentes com grau defasado e, consequentemente, não enxerga direito.

Curiosamente, os ferimentos mais comuns nos olhos não são decorrentes das profissões mais arriscadas que exigem o uso de óculos de proteção e máscaras. São os causados por produtos utilizados na limpeza doméstica, objetos pontiagudos ou estilhaços. A água sanitária e os produtos de limpeza são os grandes vilões. “Um respingo no globo ocular é suficiente para danificar a visão”, afirma Hilton Medeiros, alertando que grande parte dos acidentes poderiam ser evitados caso os adultos fossem mais cuidadosos ao manusear as substâncias.

Queimaduras provocadas por substâncias químicas são tão perigosas quanto aquelas causadas por fontes térmicas. O produto químico precisa ser removido rapidamente, caso contrário continua penetrando nos olhos, gerando reações inflamatórias, podendo perfurar os tecidos oculares.  

Colisões contra os olhos também são freqüentes e podem gerar desde um simples arranhão na córnea, um descolamento de retina, até o desencadeamento de uma catarata precoce ou glaucoma. “Nos casos mais graves, em que a contusão pode desenvolver uma catarata precoce ou até o descolamento de retina, tem de ser feita cirurgia para evitar a morte da retina e, consequentemente, a perda da visão”, explica o especialista. O mesmo procedimento deve ser adotado no caso de objetos perfurantes. “Objetos que chegam a perfurar e se instalar na estrutura ocular podem levar a perda total da visão em questão de dias”, completa.

Há outras situações em que os pacientes apresentam quadro de hemorragia, mas melhoram em até três dias. E nos casos mais simples, onde há apenas um arranhão no epitélio - fina camada de pele que envolve a córnea -, o paciente pode apresentar o quadro de dor e embaçamento da visão, e se recuperar em até dois dias.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, a cada ano, entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas ficam cegas no mundo em consequência de danos causados por traumas oculares.

HPV pode estar associado a 20% dos casos de câncer da cavidade oral



Hospital Alemão Oswaldo Cruz adere a campanha “Julho Verde”, que alerta para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço; álcool e tabagismo ainda são os principais fatores de risco


 Os tumores de boca, faringe, laringe e amígdala, denominados cânceres de cabeça e pescoço, estão atingindo cada vez mais os adultos jovens, de 30 a 45 anos, que não fumam ou consomem bebida alcoólica. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, neste ano, haja cerca de 15 mil novos casos de câncer de cavidade oral (orofaringe, boca e garganta), 20% deles ligados ao HPV (Vírus do Papiloma Humano). Os tumores de cabeça e pescoço são o quarto tipo mais frequente entre os homens brasileiros. Em países da Europa e nos Estados Unidos o vírus é responsável por 70% dos cânceres de língua ou amígdalas.

            Diante deste cenário, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz adere ao “Julho Verde”, que celebra o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço (27/7), para alertar a população sobre os principais fatores de risco e sobre a importância da prevenção da doença.  Durante este mês, como uma forma de simbolizar a campanha, a fachada do Complexo Hospitalar estará iluminada de verde.

            De acordo com o oncologista Carlos Henrique Teixeira, do Centro de Oncologia do Hospital, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os principais responsáveis pelo surgimento de câncer de cabeça e pescoço, no entanto, nos últimos anos o HPV se tornou um importante fator de risco. “O fato do câncer de cabeça e pescoço, associado ao HPV, estar crescendo entre a população jovem, se deve a mudança do comportamento sexual e da prática do sexo oral sem proteção. Homens e mulheres estão vulneráveis ao surgimento destes tumores”, afirma Teixeira. 

O especialista ainda alerta sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Feridas na boca que não cicatrizam, sangramento espontâneo da parte interna da cavidade bucal, manchas brancas ou vermelhas, rouquidão contínua e mudanças no tom de voz, nódulos e dores na região do pescoço podem indicar o surgimento da doença.

“ O autoexame é importante para observar as regiões internas e externas dos lábios, boca, língua e bochechas, além da procura de gânglios na região do pescoço. Caso a pessoa identifique algo diferente é importante procurar um dentista ou um médico para a confirmação diagnóstica”, diz Teixeira. 

Tratamento Integrado
O Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipe multidisciplinar composta por médicos oncologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões bucomaxilofacial, radio-oncologistas, além de psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogo, capazes de oferecer atenção adequada a todas as fases da doença. 

 “Durante ou após o tratamento o paciente pode apresentar dificuldade para comer ou para falar. Por isso é extremamente importante ele poder contar com especialistas que irão disponibilizar um cuidado integrado. Além do tratamento específico, é extremamente importante amenizar os efeitos colaterais e atuar na reabilitação dos pacientes”, diz o oncologista. 

No Centro de Oncologia do Hospital, pacientes se beneficiam dos avanços e das novas técnicas de radioterapia, que atualmente permitem dirigir o feixe de radiação de uma forma que atinge o tumor em todas as suas dimensões, sem agredir os tecidos das regiões próximas, promovendo sequela mínimas e mais rapidez no tratamento. Todos os recursos de imagem necessários para o planejamento preciso da radioterapia - PET- CT, tomografias e ressonâncias magnéticas -, são diferenciais oferecidos no Centro.

“A conduta no tratamento, entre cirurgia, radioterapia ou ambos, associados ou não a quimioterapia, sempre vai depender de cada caso. Por isso a importância de uma equipe integrada que contemple todo o tratamento. Em casos de pacientes de cabeça e pescoço ligados ao HPV, geralmente o prognóstico é melhor. Porém, o tratamento padrão ainda deve ser seguido, com quimioterapia, cirurgia e/ou radioterapia”, finaliza Teixeira.

 

 
Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br

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