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terça-feira, 7 de outubro de 2025

Tom sobre Tom

 Coletivo Pink ultrapassa as fronteiras do Outubro Rosa e propõe força-tarefa contra tumores de mama e próstata: projeto ocupa Casa das Rosas com programação gratuita que mistura arte, cultura, saúde e tecnologia 

Iniciativa aborda o impacto do câncer para toda a família trazendo esposas, maridos, pais, filhos e netos de pacientes como protagonistas em exposição inovadora; oficinas, debates e sessões de teatro, música e dança complementam a agenda 

 

Em meio à importância epidemiológica dos tumores de mama e próstata, que são os tipos de câncer de maior impacto entre os homens e mulheres do Brasil1, a 8ª edição do Projeto Coletivo Pink propõe um movimento que ultrapassa as fronteiras do Outubro Rosa e do Novembro Azul, convocando a sociedade para uma visão Tom sobre Tom. A partir desse mote, a iniciativa ocupa a Casa das Rosas, na Avenida Paulista (em São Paulo), com uma programação que une arte, cultura, saúde e tecnologia.

De natureza colaborativa, o Coletivo Pink é o resultado de muitas vozes: 14 associações de pacientes participam da edição 2025, conectadas pela Pfizer. “Ao misturar o Rosa com o Azul, a ideia é fomentar uma consciência coletiva em que homens e mulheres, unindo fortalezas e compartilhando dificuldades, possam se apoiar mutuamente na jornada contra os dois principais tumores do Brasil. São doenças que afetam não somente a saúde física, mas também a identidade e a autoestima desses homens e mulheres”, comenta a diretora da unidade de oncologia da Pfizer Brasil, Mariana Pestana.

 

A exposição

Quando alguém amado descobre um câncer, sua rede de afetos também sente o impacto da notícia. Mais do que causar efeitos físicos, a doença pode impactar os relacionamentos interpessoais, transformando a saúde emocional, a vida afetiva e até mesmo o interesse sexual2. Por isso, além dos pacientes, seus maridos, esposas, mães, pais, filhos e netos também ganham espaço na exposição ‘Rosa com Azul: homens e mulheres contra o câncer’, atração fixa do Coletivo Pink neste ano.

Ao longo da exposição, famílias diversas compartilham seus rostos e suas histórias na jornada de enfrentamento do câncer, dividindo aprendizados, desafios e sentimentos. Durante esse percurso, o visitante também tem a oportunidade de conhecer informações educativas sobre os fatores de risco dos tumores, dados sobre o diagnóstico precoce e detalhes a respeito dos exames de rastreamento – incluindo as novas regras para a realização da mamografia pela rede pública, anunciadas recentemente pelo Ministério da Saúde3.

A mostra também aborda o impacto dos estereótipos de gênero nos cuidados de saúde, no contexto do paciente oncológico. “Adoecer expõe fragilidades e essa vulnerabilidade contrasta com o conceito tradicional de masculinidade, muito ligado à ideia de vigor e resistência. A exposição discute como esse contexto social interfere nas práticas de cuidado do homem, afastando-o dos serviços de saúde. Essa situação pode ser ainda mais difícil no caso de doenças que afetam órgãos ligados à identidade masculina, como é o caso do câncer de próstata”, comenta a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

O fenômeno de ‘feminização do cuidado’, em que a mulher tende a ser responsabilizada pelas necessidades de saúde de seus familiares4, é outro tema discutido pela exposição. “Estudos mostram que, durante a primeira consulta para a avaliação da próstata, a maioria

dos homens é levada ao consultório por terceiros e as mulheres são as grandes influenciadoras nesse momento. Além disso, os cuidados principais da paciente com câncer de mama também tendem a se concentrar nas mulheres. Essa feminização do cuidado é um desafio que precisamos enfrentar, buscando equilibrar melhor as responsabilidades”, afirma Mariana Pestana.

 

Tecnologia e interatividade

Quem visitar a nova edição do Coletivo Pink poderá interagir com dois avatares temáticos: a Pinker, criada no ano passado, e o Blu, ferramenta inédita que estreia neste ano. Ambos estão programados para tirar dúvidas da população sobre o câncer, a partir de games interativos. A Pinker pode conversar sobre o câncer de mama, enquanto o Blu está preparado para responder a respeito dos mitos e verdades do câncer de próstata.

 

Programação cultural e educativa: música, dança, teatro, oficinas e debates

Atividades culturais e apresentações artísticas fazem parte da programação móvel do Coletivo Pink 2025, planejada para os finais de semana. Como fio condutor, as atrações compartilham a temática da saúde nos relacionamentos. A partir desse mote estão previstos espetáculos de teatro, performances de dança e números musicais – abertos ao público e totalmente gratuitos.

O projeto também contempla vivências, workshops e aulas diversas, tais como Oficina de Escrita Criativa, Oficina de Fotografia, Aula de Onco ioga e Curso de automaquiagem para pacientes. Estão programados, ainda, debates sobre a saúde oncológica da mulher e do homem, contemplando abordagens físicas, emocionais e sociais, com a participação de especialistas e representantes das associações de paciente do Coletivo Pink 2025.

 

O projeto

Lançado em 2018, o Coletivo Pink – Por um Outubro além do Rosa é um projeto colaborativo que reúne algumas das principais associações de pacientes do Brasil, conectadas pela Pfizer, para uma dupla missão: encontrar novas formas de dialogar com a sociedade sobre o câncer (a exemplo das abordagens artísticas e culturais), além de fortalecer a voz e a representatividade das pessoas que convivem com a doença.

Fazem parte do Coletivo Pink 2025 as seguintes associações de pacientes: Oncoguia - Associação Brasileira de Defesa do Paciente com Câncer, Américas Amigas, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Instituto Camaleão, Instituto Lado a Lado Pela Vida, Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Instituto Ana Michelle Soares, Instituto Natura, Instituto Olhar Rosa, Instituto Vencer o Câncer, Mão Amiga, UNACCAN (União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama), Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília e Nossa Casa -Associação de Apoio à Pessoas com Câncer.

 

 SERVIÇO GERAL

Projeto: Coletivo Pink 2025

Quando: até 9 de novembro

Onde: Casa das Rosas, térreo (Av. Paulista, 37, Bela Vista)

Horário: 10h às 17h30, de terça-feira a domingo

Entrada: gratuita para toda a programação

Mais informações: www.coletivopink.com Instagram: @coletivopinkoficial




Pfizer
Facebook.com/Pfizer e Facebook.com/PfizerBrasil.

Referências

1. SANTOS M DE O, LIMA FC DA S DE, MARTINS LFL, OLIVEIRA JFP, ALMEIDA LM DE, CANCELA M DE C. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023-2025. Rev. Bras. Cancerologia. Acesso em setembro de 2025. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3700

2. SALCI, MARIA APARECIDA; MARCON, SONIA SILVA. Enfrentamento do câncer em família. Texto & contexto enferm ; 20(spe): 178-186, 2011. Acesso em setembro de 2025, disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-07072011000500023

3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde garante acesso a mamografia a partir dos 40 anos. Acesso em setembro de 2025. Disponível em: Ministério da Saúde garante acesso a mamografia a partir dos 40 anos — Ministério da Saúde

4. RENK, V. E., BUZIQUIA, S. P., & BORDINI, A. S. J.. (2022). Mulheres cuidadoras em ambiente familiar: a internalização da ética do cuidado. Cadernos Saúde Coletiva, 30(3), 416–423. Acesso em setembro de 2025. Disponível em: SciELO Brasil - Mulheres cuidadoras em ambiente familiar: a internalização da ética do cuidado Mulheres cuidadoras em ambiente familiar: a internalização da ética do cuidado

 

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