Eficiência e agilidade. Ambas as ações vêm definindo a sobrevivência dos negócios no cenário atual. Em se tratando da indústria moderna, o principal gargalo não está mais na capacidade da máquina, mas na inteligência com que a produção é orquestrada. Afinal, há muito tempo essa gestão deixou de ser uma medida de tentativa e erro e se tornou um elemento fundamental. É, justamente, nesse contexto, que os sistemas MES e APS se consolidam como a dupla estratégica do chão de fábrica.
O
Manufacturing Execution System (MES) é um sistema de monitoramento e controle
de toda a execução em tempo real das atividades fabris. Já o Advanced Planning
& Scheduling (APS) atua no planejamento e sequenciamento da produção.
Os
dois sistemas não são novidades no mercado, mas, nos últimos tempos, vêm
ganhando popularidade. Um exemplo disso é o APS que, até então, era utilizado
por poucas indústrias, criando a falsa sensação de inacessibilidade. Enquanto
isso, o MES já é uma ferramenta conhecida e tem ficado, cada vez mais, no radar
das empresas, considerando a grande busca pela digitalização – um elemento
imprescindível na Indústria 4.0, além da robotização.
Mas,
por que utilizar apenas um quando se pode obter vantagens com os dois? Como
citado anteriormente, enquanto um atua no monitoramento, o outro planeja e faz
o sequenciamento da produção. Essa complementaridade, na prática, promove
inúmeros ganhos na linha de produção, como otimização, redução de custos,
agilidade e, sobretudo, a simplificação do processo de programação de fábrica,
deixando de ser algo moroso e centralizado em apenas um membro da equipe.
A
partir da apresentação de dados reais em tempo real, a indústria passa a ser
eficiente, uma vez que as decisões deixam de ser tomadas com base em achismos.
Isso possibilita reações rápidas diante de situações emergenciais, bem como
promove a melhor antecipação e planejamento frente a cenários diversos, com
menos atrasos e mais lucros.
São
diversos ganhos que os dois sistemas são capazes de promover, no entanto, ainda
existe um obstáculo a ser superado: a cultura organizacional. Ou seja, mesmo
que, segundo a PwC, a transformação digital avançou em 2024 nas empresas
brasileiras, atingindo a marca de 3,7 pontos, ainda assim, muitas companhias
não têm clara a importância de investir na digitalização.
Além
disso, a capacitação da equipe também é um ponto que deve ser trabalhado, a fim
de conscientizar sobre a importância da utilização desses recursos no dia a dia
fabril. Quanto a isso, é crucial investir em ações de treinamento, desde a alta
gestão até a linha de frente de produção, visando mostrar o porquê apoiar a
mudança e como cada solução irá atuar em prol do desenvolvimento da empresa.
Considerando
toda a jornada que deve ser trilhada desde a implementação do MES e APS até a
orientação da equipe, contar com o apoio de uma consultoria especializada na
oferta dessas soluções é essencial. Isso porque, diante das diversas
funcionalidades que as ferramentas oferecem, o time especializado irá traçar
qual o melhor recurso que se adapta de acordo com a realidade da empresa,
garantindo a aplicação das melhores práticas.
À medida que a transformação digital avança, cabe à indústria buscar colocar em prática ações que agreguem eficiência, agilidade e, principalmente, controle do chão de fábrica. Nesse sentido, a integração do MES e APS é mais um recurso estratégico para apoiar o mercado nessa missão, uma vez que uma ferramenta complementa a outra, garantindo um acompanhamento de ponta a ponta em toda a gestão. Afinal, é aquela velha história: a tecnologia não irá eliminar as pessoas, mas ajudá-las.
Fábio Bosnic - COO da Aloee, startup da ABC71.
ABC71
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