Aumento
da expectativa de vida traz desafios para a garantia de direitos. Organizações
da sociedade civil passam a destinar recursos para projetos com pessoas idosas
A proporção de idosos na população brasileira só cresce. Segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de pessoas com 60 anos ou mais quase duplicou de 2000 a 2023. O percentual saltou de 8,7% para 15,6% em 23 anos.
Paralelamente,
observa-se um recuo no número de nascimentos, que foi de 3,6 milhões, em 2000,
para 2,6 milhões em 2022, e deve cair para 1,5 milhões, em 2070, enquanto a
expectativa de vida cresce. Em 2000, a média era 71,1 anos em 2000, saltou para
76,4 anos no último censo e deve chegar aos 83,9 anos em 2070. Todos esses
dados mostram uma inversão da pirâmide etária do Brasil, que migra de uma base
para um topo mais volumoso.
Esse movimento de
crescimento da população idosa deixa um alerta para diversos setores da
sociedade. No consumo, a indústria prateada já é uma realidade, desenvolvendo
produtos e serviços adequados para as pessoas com 60 anos ou mais. Na área da
garantia de direitos básicos, esse aumento da expectativa de vida traz outros
desafios.
Projetos sociais
voltados para pessoas idosas têm se mostrado uma resposta relevante. Segundo
dados do Mapa das OSCs do Ipea, mais de 6 mil organizações no Brasil
desenvolvem atividades com foco na população idosa. Essas iniciativas vão desde
centros de convivência até programas de assistência, saúde preventiva,
atividades culturais e apoio psicossocial.
Em São Paulo, a
ASA é uma organização da sociedade civil com mais de 80 anos, que oferece
serviços de educação e assistência social para pessoas em situação de
vulnerabilidade social em diversas etapas da vida.
Em uma das 12
unidades de atendimento, o foco é na qualidade de vida da pessoa idosa. O
Centro Dia para Idoso (CDI) oferece um espaço de convivência de atenção diurna
para pessoas acima de 60 anos, em vulnerabilidade social, com grau de
dependência leve e moderada, que devido a sua condição, necessitam de amparo
técnico e acompanhamento da equipe multidisciplinar.
As ações
desenvolvidas envolvem exercícios físicos, terapêuticos, além de atividades que
potencializam as relações sociais, autonomia, o fortalecimento das capacidades
cognitivas e dos vínculos familiares. São realizadas atividades como oficinas
de informática, atividade física, yoga, artesanato, pintura, entre outros. O
espaço é conveniado a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social (SMADS).
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