O Mercado Livre de Energia é um setor em
crescimento no Brasil e, desde janeiro deste ano, empresas que utilizam alta
tensão (grupo A), como indústrias e comércios de grande porte, que necessitam
de voltagem acima de 2,3 quilovolts (kV), podem aderir ao mercado livre.
Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel),
este mercado responde por 30% da energia consumida no país.
Outro exemplo é que em janeiro, o consumo de
energia elétrica no Brasil registrou um aumento de 6,6% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Esse aumento impulsionou ainda mais o Mercado Livre de
Energia, registrando um aumento de 5% em comparação a 2023. Essas informações
são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE).
Mas afinal, quais as vantagens do Mercado Livre de
Energia para as empresas?
O CEO da Spirit Energia, empresa
especializada em assessoria de consumidores no mercado livre de energia, Uberto
Sprung, explica que um dos benefícios do segmento é ser um ambiente onde os
vendedores e os compradores podem negociar energia elétrica voluntariamente.
“Isso quer dizer que os consumidores conseguem escolher e contratar seus
fornecedores de energia elétrica”, diz.
Além disso, ele ressalta que este é um sistema
oposto ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR), em que o consumidor é
obrigado a comprar energia da distribuidora atuante na cidade em que a empresa
está localizada. “Para as empresas, essa migração significa uma mudança na
forma de gerenciar os custos da empresa com a energia elétrica, ou seja, é mais
liberdade para o empresário, que vai poder escolher de qual empresa ele quer
comprar a energia que vai abastecer o seu negócio”, salienta.
Entretanto, o CEO da Spirit Energia destaca que os
clientes que desejam aderir ao mercado livre de energia precisam ter atenção,
pois vão precisar passar por uma migração. “Essa migração inclui etapas como
análise de viabilidade, em que analisamos a economia real e o produto que
melhor se encaixa para o cliente e suas necessidades”.
Além disso, o cliente terá a responsabilidade de
comprar e gerir a energia, assumindo o risco de negociar em um mercado que tem
regras e procedimentos específicos. “Se a pessoa comprar menos energia do que
precisa, pode sofrer uma penalidade. O que também pode acontecer é ela precisar
compensar a energia que faltou, comprando no mercado de curto prazo e ficando exposta
a preços mais altos. Porém, se o empresário gerir a compra de energia de forma
correta, a economia tende a ser recompensadora, chegando a até 30% da conta”,
finaliza.
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