Segundo Andressa
Gnann, é preciso enfrentar a pressão pela perfeição e entender que está tudo
bem em não dar conta de tudo o tempo todo
Muitas mulheres acreditam que não são
suficientemente boas e que deveriam dar conta de muito mais coisas do que conseguem.
Trabalho, maternidade, estudos, autocuidado e tantas outras áreas da vida
parecem demandar muito mais do que o possível, por isso o sentimento de
incompetência pode aparecer.
Segundo a empresária e advogada Andressa Gnann, que também é mãe, palestrante, mentora de empreendedoras, escritora,
sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza
Advogados, considerado como Referência Nacional e Melhores
do Ano em Advocacia e Justiça, responsável pelo projeto Papo de Leoa e
idealizadora do Treinamento Full Life, a obrigação de ser alta
performance o tempo deixa as mulheres em constante pressão.
“Muitas mulheres se cobram porque não conseguem ser
a mãe exemplar que todo mundo diz que elas têm que ser; ou não conseguem ser
uma profissional alta performance e talvez nem ir para academia todos os dias.
Mas precisamos lembrar que está tudo bem não dar conta de tudo o tempo todo.
Tem dias em que a gente tem a impressão de que só está tentando sobreviver”,
avalia.
Para Andressa, a jornada das mulheres não é fácil,
mas é preciso aprender a não se cobrar tanto e encarar cada desafio como uma
oportunidade de crescimento. “A cada obstáculo superado, você cresce, aprende e
se fortalece cada vez mais. O cansaço e os obstáculos sempre vão existir, mas o
importante é aprender a descansar sem culpa e não desistir”, orienta.
A especialista acredita que o sentimento de
incompetência que aflige muitas mulheres pode ser exacerbado por fatores
culturais, de gênero e sociais. “Sabemos, por exemplo, que as mulheres muitas
vezes têm que se provar mais para provar que são competentes, e isso, em
algumas áreas, pode levá-las à exaustão”, diz.
Ela lembra que a própria sociedade muitas vezes
impõe expectativas e pressões sobre as mulheres, tanto na vida profissional
quanto pessoal. “Essa cobrança da sociedade e de terceiros também ajuda a
aumentar o sentimento de não ser competente o suficiente para dar conta, mas é
preciso que as mulheres parem de se preocupar tanto com o julgamento alheio e
entendam que está tudo bem em não serem perfeitas, afinal, quem é? Ou melhor, o
que é a perfeição?”, questiona.
Andressa acredita que para superar o sentimento de não se acharem boas o bastante, as mulheres devem se apoiar mais e também buscar o desenvolvimento pessoal. “É importante reconhecer que somos seres humanos, falhos e imperfeitos. Que não temos a obrigação de ser e agir como as pessoas acham. E principalmente ter sororidade, julgar menos, apontar menos e apoiar mais. É por isso que insisto que as mulheres precisam de menos competição e mais compreensão”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário