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terça-feira, 23 de abril de 2024

A evolução dos Raios-X: dos tubos de raios catódicos ao digital

Prestes a completar 130 anos, a fantástica descoberta do Raio-X continua relevante até hoje. 

 

No início de novembro de 1895, durante um experimento sem pretensão realizado pelo o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, com um tubo de raios catódicos coberto com um papelão grosso, ele percebeu que uma tela fluorescente que estava descartada em seu escritório iluminou-se a mais de um metro de distância assim que o tubo foi ligado.  

Intrigado, Roentgen intuiu que o tubo era capaz de emitir raios invisíveis, e após uma nova série de experimentos, colocou diferentes materiais entre o tubo e a tela, descobrindo que os raios podiam penetrar madeira, vidro e borracha. O físico então teve a ideia de colocar a própria mão no caminho dos raios invisíveis, e pode verificar o contorno dos seus ossos. 

O físico pediu então que sua esposa Anna Bertha Roentgen se coloca a sua mão esquerda no chassi da tela, juntamente com um filme fotográfico, e durante 15 minutos ficou parada com a radiação procedente do tubo incidindo sobre sua a mão.  

Quando o filme foi revelado, sua esposa soltou um grito de terror ao ver expostos seus ossos – para Anna Berth os raios eram percursores da morte. Essa é considerada a primeira radiografia da História, e teria sido realizada no dia 22 de dezembro de 1895. 

Apenas 6 dias depois, em 28 de dezembro, o físico entregou um relatório para a Sociedade Físico-Médica de Würzburg, Alemanha, descrevendo todas suas descobertas. A repercussão foi praticamente imediata dentro do meio acadêmico, com médicos do mundo todo ávidos em poder enxergar dentro do corpo humano sem precisar dissecar o paciente. 

Físicos, químicos, cientistas e pesquisadores tentavam replicar as experiências de Roentgen, na expectativa de encontrar possíveis novas aplicações, além da explicação e compreensão do fenômeno em si. Envolto em muitos mistérios, inclusive para o seu descobridor, que não conhecia todas as suas propriedades, Roentgen decidiu batizar sua descoberta de “Raios X”. 

Hoje sabemos que os Raios X pertencem ao campo do eletromagnetismo, juntamente com a luz visível, o ultravioleta, o infravermelho e as radiações gama, além das ondas de rádio. O comprimento da onda é o principal fator de diferenciação entre os tipos de radiação. 

A descoberta continua tão relevante hoje quanto a 130 anos, além de ter possibilitado o avanço em outras áreas de exames diagnósticos. A partir dos Raios X de Roentgen foram desenvolvidas as técnicas de angiografia, cineangiocoronariografia e tomografia computadorizada, todas se utilizam dos Raios-X de diferentes formas. A radioterapia, usada no tratamento de neoplasias, também emprega esse tipo de radiação. 

Já a radiografia, tornou-se um exame simples, rápido, indolor e não invasivo. A era digital trouxe ainda mais praticidade, uma vez que os equipamentos atuais permitem uma melhor visualização da região interna do corpo humano, sem a necessidade da revelação de filmes radiográficos. 

Na Radiografia Digital, a captura da imagem é feita a partir de placas de circuitos que permitem a geração de uma imagem digital dos tecidos humanos. Além de ser um processo mais seguro, e de dispensar a utilização de filmes radiológicos, Raio-X digital converte em impulsos elétricos a radiação que atravessou a área examinada, gerando uma imagem em pixels em poucos segundos, eliminando a necessidade de armazenar as tradicionais chapas de Raio-X, liberando espaço físico e reduzindo o tempo necessário para processamento. 

Dessa forma, os arquivos podem ser vistos nas telas de computadores, com uma maior resolução. Há ainda a opção de imprimir o exame sem perda de resolução, ou do compartilhamento da imagem com o pacientes ou outros especialistas, gerando ainda mais agilidade no atendimento aos pacientes.

 Além disso, o aparelho Raio-X digital é bem menor do que um Raio-X tradicional, podendo ser portátil. Livre de gastos com insumos e de problemas com descarte dos elementos tóxicos, o Raio-X Digital une uma descoberta revolucionária de quase 130 anos com o que há de mais moderno era digital, para criar uma solução única de diagnóstico. 

Atuando no mercado hospitalar, acompanhando a evolução tecnológica e apostando em soluções para satisfazer a crescente demanda por serviços especializados, a Reis Office oferece planejamento estratégico, além de diferentes modelos de negócios que abarcam o financiamento de equipamentos, outsourcing, gestão e gerenciamento de projetos em diversos segmentos.


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