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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Tetralogia de Fallot: saiba tudo sobre essa cardiopatia congênita

Pequeno Príncipe tira todas as dúvidas sobre a doença que ganhou destaque nas últimas semanas após filho de cantor passar por cirurgia


A tetralogia de Fallot (T4F) é a cardiopatia congênita cianótica mais comum. Essa malformação do coração ganhou destaque nas últimas semanas devido ao cantor Cristiano, da dupla com Zé Neto, ter um filho de apenas 5 meses que precisou de cirurgia por apresentar essa condição.
 

O diagnóstico precoce ainda durante a gestação, por meio do ecocardiograma fetal, é crucial, pois possibilita a preparação para intervenções cirúrgicas, que podem variar de acordo com a gravidade da T4F. “Há crianças que nascem bem e realizam o procedimento no primeiro ano de vida, e outras que precisam do procedimento logo ao nascer”, explica a médica responsável pelo Serviço de Cardiologia do Pequeno Príncipe, Cristiane Nogueira Binotto.

 

O que é tetralogia de Fallot?

A tetralogia de Fallot é caracterizada pela presença de cianose central (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue). Essa condição envolve quatro principais anomalias cardíacas:

  • dextroposição da aorta: a aorta, que normalmente leva o sangue do lado esquerdo do coração para o corpo, está deslocada para a direita;
  • comunicação interventricular: há uma abertura entre os dois ventrículos do coração, contribuindo para a mistura de sangue oxigenado e desoxigenado;
  • estenose pulmonar infundibuliforme valvar: ocorre um estreitamento da valva pulmonar, dificultando o fluxo sanguíneo para os pulmões;
  • hipertrofia do ventrículo direito: o ventrículo direito do coração se torna mais espesso devido ao esforço para bombear o sangue contra a estenose pulmonar.

Sinais de alerta em recém-nascidos

  • Cianose central.
  • Dificuldade respiratória.
  • Cansaço nas mamadas.
  • Baixo ganho de peso.
  • Taquicardia.

Tratamentos

A tetralogia de Fallot é uma cardiopatia que necessita de intervenção cirúrgica. Nos casos de estreitamento significativo da artéria pulmonar, a cirurgia paliativa é realizada logo ao nascer. Já a cirurgia de correção total, que envolve o fechamento da comunicação interventricular e a ampliação da saída do sangue para os pulmões, é feita quando o paciente já está com peso mais adequado para a execução do procedimento, entre os 3 e 6 meses. 

Antes da cirurgia, as crianças podem ter crises de hipóxia (ausência de oxigênio), cianose intensa e diminuição do fluxo pulmonar, o que, se não tratado rapidamente, pode levar ao óbito. Após a correção cirúrgica, os pacientes podem ter uma vida normal, incluindo realização de atividades físicas. No entanto, dependendo da cirurgia realizada, o acompanhamento deve ser anual com o médico especialista.


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