Na
cadeia produtiva, a Inteligência Artificial tem a capacidade de compreender as
preferências e oferecer recomendações personalizadas aos consumidores. É como
ter um vendedor altamente preparado à sua disposição a qualquer momento.
Estamos no momento em que o mercado se prepara para as vendas de fim de ano e
toda a aplicação de tecnologia é essencial para o sucesso da indústria e do
varejo.
A
aplicação da Inteligência Artificial é ampla, sua adoção pode estar em várias
partes do negócio e a sua evolução transforma a maneira como as empresas
entregam seus produtos, serviços e como se relacionam com os seus clientes.
Prova disso é que o “Índice de Automação”, publicado anualmente pela Associação
Brasileira de Automação-GS1 Brasil, constata que 6 entre 10 consumidores
acreditam que as empresas conseguem entregar um produto ou serviço mais
personalizado. Esses dados foram atualizados em setembro último.
Um
outro dado da associação mostrou que adoção da Inteligência Artificial pela
indústria passou de 4% em 2021 para 9% em 2022, uma boa ascensão no segmento
que tem como tradição investir mais em máquinas e equipamentos. Nos segmentos
de comércio e serviços, em 2022 a adoção foi de 6% nas operações – em 2021 eram
4%. Já quando olhamos para o varejo, esse número sobe para 10%. Ou seja, 1 em
cada 10 varejos já utilizam alguma forma de IA nas operações. O destaque fica
para o atacado, com 15% de adoção, segundo o mesmo “Índice de Automação”.
Além
de melhorar a experiência do consumidor, o uso de inteligência artificial
também reduz custos, aumenta a eficiência operacional e potencializa a tomada
de decisões baseadas em dados. Em fase ainda inicial em análise comportamental,
essa tecnologia já auxilia a identificação de oportunidades na projeção de
lançamento de produtos e serviços com base na conduta dos consumidores. Pode
parecer ficção científica, mas não é. A materialização pode estar mais próxima
do que imaginamos, o que dá uma vantagem competitiva a quem souber usá-la.
É
importante que a cadeia produtiva adote a Inteligência Artificial em favor dos
consumidores, que são a peça-chave em toda essa engrenagem. O Índice de
Automação aponta ainda que 88% dos consumidores usam aplicativos de
entretenimento em seus celulares – serviços de streaming de vídeo, séries e música
– e 78% dispõem de serviços de localização (GPS). Ambos os serviços se utilizam
de algoritmos de Inteligência Artificial para proporcionar experiências mais
customizadas a seus usuários. Além disso, 22% das pessoas entrevistadas afirmam
possuir aplicativos de Inteligência Artificial propriamente ditos em seus
celulares como o ChatGPT, por exemplo, porcentual esse que chega a 44% para
membros da classe A.
Os
consumidores também podem beneficiar-se de tecnologias como o aprendizado de
máquinas em suas casas. 77% dos consumidores possuem Smart TVs em seus lares,
dispositivo cujas potencialidades podem ser ampliadas com os novos recursos
oferecidos pela Inteligência Artificial. Do total das Smart TVs, 62% podem ser
monitoradas remotamente via acesso pela Internet ou aplicativo. Ademais, um em
cada quatro consumidores possui geladeira inteligente, sendo 42% desses
equipamentos passíveis de serem acessados remotamente. Por fim, 23% dos
consumidores possuem assistente pessoal, porcentual que atinge 55% para membros
da classe A.
Há
também os itens para casa dotados de inteligência remota, que também podem
beneficiar-se de sistemas integrados de Inteligência Artificial. 31% dos
consumidores já possuem lâmpadas inteligentes, sendo que 18% deles são capazes
de controlar tais dispositivos via Internet ou aplicativo, e 16% contam com
circuitos internos de segurança, dos quais 35% são controlados da mesma forma.
É
muito promissor o potencial de integração à Inteligência Artificial dos
recursos que já são usados em residências e condomínios de uma forma geral.
Três em cada quatro condomínios possuem circuito interno de segurança, dos
quais 54% podem ser acessados remotamente, além de 29% apresentarem irrigação
automática de jardim, rotina que também pode ser centralizada e comandada por
algoritmos para otimizar o emprego de recursos. Não obstante, 40% dos
condomínios apresentam monitoramento de ambiente, porcentual que alcança 57%
entre a classe A.
Os
carros particulares são outro elemento da vida cotidiana que podem beneficiar-se
do aprendizado de máquinas – machine learning. 22% dos consumidores
abordados nas entrevistas já contam com veículos com controle de voz e 47% com
sensores de ré, porcentuais que saltam para 42% e 69%, respectivamente, quando
consideramos os modelos mais sofisticados. Computadores de bordo estão
presentes em 22% dos veículos, enquanto a função “piloto automático” é
encontrada em 16%.
Considerando
as oportunidades que se abrem a partir da resposta dos consumidores ávidos por
novidades, melhorar sua experiência com recursos tecnológicos cada vez mais
aprimorados se mostra um ferramental inédito. É provável que se abra um novo
horizonte de possibilidades e desafios para as pessoas e para o universo de
negócios.
FONTES:
*Índice de Automação do Mercado Brasileiro da GS1 Brasil – Pesquisa realizada durante o ano de 2022 com 2.064 indústrias entrevistadas em todo o Brasil. A margem de erro é de 2,1 pontos porcentuais para mais ou para menos dentro do intervalo de confiança de 95%.
*Índice de Automação de Consumidores da GS1 Brasil – Pesquisa realizada em 4 ondas, com 1.000 consumidores cada, ao longo do ano, totalizando 4.000 entrevistados. A margem de erro é estimada em 1,6 pontos porcentuais para mais ou para menos dentro do intervalo de confiança de 95%.
Os dados divulgados são referentes à segunda onda realizada em setembro de 2023, para esta onda a margem de erro é de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos dentro do intervalo de confiança de 95%.
Associação Brasileira de Automação-GS1
Mais informações aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário