Cada fase do desenvolvimento infantil envolve
riscos diferentes; prevenção é o caminho e vigilância deve ser sempre realizada
por um adultoCrédito Saul por Pixabay
Cada fase da vida das crianças e dos adolescentes inspira cuidados diferentes. Por isso, pais e responsáveis devem estar atentos aos riscos que envolvem cada etapa do desenvolvimento. Por exemplo: enquanto ainda não sabem andar, os cuidados são uns; quando têm certa autonomia, são outros; e assim por diante. Com a chegada do período de férias, é preciso adequar a rotina, em razão do tempo livre maior; consequentemente, a segurança tem que ser redobrada.
Pediatra do Vera Cruz Hospital, Juliana Okuyama, explica que para se criar estratégias de prevenção de acidentes é necessário respeitar cada fase do desenvolvimento infantil, estudando e se informando como se comunicar e se fazer entender em cada uma delas. E, principalmente, providenciando um ambiente seguro dentro de casa e com vigilância do adulto fora dela.
“Os acidentes na infância são responsáveis por um número elevado de mortes e sequelas em crianças e adolescentes. As intervenções médicas variam de acordo com o tipo de acidente e as sequelas mais catastróficas são as neurológicas, com dano ao sistema nervoso central, como a hipoxemia (afogamentos, por exemplo), que pode ser irreversível, levando a criança a um estado neurovegetativo, sem contato com o meio, com necessidade de respiração artificial e alimentação via gastrostomia”, alerta.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, a maioria dos acidentes ocorre em casa ou no entorno. Todos os anos, cerca de 3,6 mil crianças de um a 14 anos morrem no Brasil devido, principalmente, a atropelamentos e afogamentos. Outras 111 mil são hospitalizadas, sendo mais da metade por quedas e queimaduras. Quase todas poderiam ser evitadas com prevenção e proteção.
Para garantir que o período seja de intensa diversão, sem passagens por hospitais e demais serviços de saúde, a pediatra orienta alguns cuidados:
1. Mantenha supervisão constante sobre as crianças, principalmente, as mais novas, em todos os momentos.
2. Use portões de segurança para evitar quedas em escadas.
3. Deixe produtos químicos, de limpeza, e medicamentos fora do alcance das crianças, em armários trancados.
4. Evite que crianças pequenas tenham acesso a objetos pequenos que possam facilmente ser engolidos.
5. Esteja atento à segurança na piscina, banheira e áreas próximas à água. As crianças devem ser supervisionadas de perto.
6. Mantenha as crianças afastadas de áreas quentes, como fogões e fornos, e use protetores nas tomadas elétricas.
7.
Certifique-se de que os brinquedos são adequados para a idade da criança e não
representam riscos de asfixia ou ferimentos.
8. Mantenha um kit de primeiros socorros em casa e saiba como usá-lo.
9. Álcool e tabaco também precisam ficar fora do alcance das crianças.
10. Educação: ensine as crianças sobre os perigos e como agir de maneira segura.
Lembre-se de que a prevenção é fundamental. “Esteja preparado para
agir em caso de emergência e tenha o número de telefone do serviço de
atendimento médico de pronto-socorro à mão”, propõe a especialista, para
situações mais graves.
Vera Cruz Hospital
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