Especialista
detalha os caminhos para avaliar o real impacto no bolso do consumidor
Segundo levantamento recente da Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil superou a marca de
2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e
pequenos terrenos pelo país. Tais resultados garantem ao abastecimento solar a
segunda colocação no ranking nacional entre as maiores geradoras de
eletricidade, ficando atrás apenas da hidrelétrica.
De acordo com Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol,
mais completo ecossistema de energia solar do Brasil, a justificativa por trás
do crescimento recente se dá pelo entendimento da população quanto aos
benefícios da modalidade.
“A escolha pela energia solar é cada vez mais
valorizada graças a uma série de circunstâncias, que vão desde os incentivos
governamentais, até a conscientização sobre fontes renováveis. Não há como
negar, no entanto, que um fator essencial segue sendo o bolso. Optar pelo
sistema fotovoltaico significa uma redução na conta mensal do usuário”,
afirma.
Para identificar se a economia é real em cada caso
e entender o quanto pode ser economizado a partir da mudança, o especialista
lista passos para comparar as condições oferecidas por um projeto fotovoltaico
e checar a viabilidade do investimento. Confira:
1- Calcule o custo da eletricidade na unidade
consumidora
O primeiro passo para entender se haverá economia ou não com a mudança é a
visualização macro do seu custo atual com eletricidade. Para isso, leve em
consideração a conta de luz mensal ou anual. É preciso ter uma ideia clara de
quanto se gasta em eletricidade a cada mês ou ano para poder comparar com o
valor que será economizado com o sistema solar.
2 - Avalie o custo total do projeto
O uso da energia solar, muitas vezes, exige uma adaptação no sistema de
abastecimento. Isso inclui os painéis solares, o inversor, a instalação e
outros equipamentos necessários. Vale ressaltar que o custo pode variar
bastante dependendo da qualidade e quantidade de painéis solares, além do
tamanho do sistema e da complexidade da instalação. Uma pesquisa aprofundada
nesta etapa pode ajudar a garantir um melhor custo-benefício a longo prazo.
3- Estime a geração de energia anual do sistema
solar
Entender o potencial energético da sua residência também é imprescindível. Tal
número deve ser calculado com base na capacidade do sistema e na quantidade de
luz solar que a instalação deverá receber. Para realizar o cálculo deve ser
utilizado o conceito do dimensionamento solar, que nada mais é do que o
planejamento prévio da instalação.
4- Multiplique a quantidade de energia gerada pelo
preço médio da eletricidade
A partir desta avaliação será possível estimar o valor total da energia gerada
em um ano. Este cálculo pode ser um pouco mais complicado, pois a tarifa de
eletricidade varia dependendo da hora, do dia e do mês. No entanto, uma média
geral já é capaz de oferecer uma ideia clara do valor da energia gerada.
5- Subtraia o valor total da energia gerada pelo
custo anual da energia elétrica
Neste caso, deve-se pensar na eletricidade que seria consumida caso o sistema
solar não fosse instalado. Vale o alerta para incluir todos os custos da conta
de luz, incluindo impostos, taxas e tarifas adicionais.
6- Divida o investimento inicial pelo valor total economizado
em um ano
O último passo irá trazer exatamente quanto tempo será necessário para
recuperar o investimento inicial e começar a ter lucro com o sistema solar. Por
exemplo, se o custo do sistema solar for R$ 30.000 e a economia anual na conta
de luz tiver sido de R$ 6.000, o retorno sobre o investimento - o famoso ROI -
acontece em cinco anos. Levando em consideração o fato dos equipamentos solares
terem, em média, uma vida útil de 25 anos, por exemplo, são pelo menos 20 anos
de economia.
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