Considerada
uma doença rara, a deficiência no hormônio do crescimento atinge uma a cada 4
mil crianças no mundo, segundo a literatura médica. A condição ocorre,
principalmente, porque a hipófise (glândula na parte inferior do cérebro)
produz pouco GH (growth hormone em inglês), o chamado hormônio do crescimento,
causando baixa estatura, dentição atrasada e outros sintomas. Felizmente, com o
diagnóstico precoce e o tratamento para a deficiência, é possível tratar e
minimizar seus efeitos.
“A
deficiência no hormônio do crescimento pode ter várias origens, desde causas
congênitas, ou seja, já nascemos com ela, até lesões, infecções ou tumores na
hipófise [glândula que produz o hormônio], doenças autoimunes e uso de alguns
medicamentos, como corticosteroides de longo prazo”, explica a endocrinologista
pediatra do Sabin Diagnóstico e Saúde, Pietra Luz Moleirinho Lima.
O
diagnóstico da deficiência hormonal em crianças envolve uma avaliação clínica
detalhada, análises de sangue e, em alguns casos, exames de imagem, como
ressonância magnética. Um dos primeiros passos é observar se o crescimento
segue os padrões. No primeiro ano de vida, por exemplo, a criança deve crescer
cerca de 25 centímetros. Já entre os três anos e o início da puberdade, de 5 a
7 centímetros por ano.
“O
acompanhamento médico nesse processo de crescimento da criança é muito
importante para identificar a deficiência hormonal de GH nos estágios iniciais,
quando houver. Já, após o diagnóstico, é o médico quem poderá identificar a
causa da deficiência e indicar o melhor tratamento”, orienta a
especialista.
Além
da ausência de crescimento, outros sintomas também podem indicar a deficiência.
Dentre eles estão o baixo nível de açúcar no sangue ao nascer, falta ou atraso
do desenvolvimento sexual na puberdade, voz estridente e cabelos finos. Quando
há combinação com outras deficiências hormonais, pode ainda ocasionar sede em
excesso, urina em excesso e anormalidades faciais, que são mais raras.
Exame
Quando surgem
alguns sintomas ligados à deficiência hormonal, o médico pode solicitar também
exames de sangue que confirmem o diagnóstico. De acordo com a bioquímica e
coordenadora técnica do Sabin em Manaus, Luciana Figueira, o teste é feito
quando existe baixa estatura ou ausência total de crescimento a partir dos dois
anos.
“O diagnóstico da
deficiência do hormônio do crescimento é feito também por meio de exames de
sangue para dosar os níveis de GH (Hormônio do Crescimento). O exame precisa
ser realizado em jejum e sob supervisão do médico endocrinologista, que fará o
acompanhamento durante todo o processo de coleta das amostras a serem
analisadas. O resultado fica pronto em quatro dias úteis”, explica a profissional.
Tratamento
A
endócrino-pediatra Pietra Moleirinho destaca que “com o tratamento adequado, o
que inclui a reposição com hormônio do crescimento, nutrição adequada e bons
hábitos de vida, é possível minimizar os efeitos da doença e promover um crescimento
adequado e saudável”.
Grupo Sabin
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