Presente no
Hospital Paulista desde o início deste mês, método serve para o tratamento e
diagnóstico de doenças como Sialoadenite, Sialolitíase e Síndrome de Sjogren,
que comprometem a lubrificação da boca e quase sempre estão associadas a
doenças autoimunes
As glândulas salivares têm a
função de produzir e secretar a saliva, que é responsável pela lubrificação da
nossa garganta e boca e possui enzimas que dão início ao processo digestivo de
tudo que ingerimos e são capazes até de eliminar bactérias presentes nos
alimentos.
A ausência deste líquido em nosso corpo, além de grande desconforto, pode
comprometer bastante a qualidade de vida e, sobretudo, a saúde de quem sofre de
disfunções relacionadas à falta de produção ou mesmo bloqueio destas secreções.
A mais comum é a Sialoadenite - uma inflamação causada por infecção de vírus ou
bactéria, que obstrui o ducto salivar e causa dor constante na boca,
vermelhidão nas mucosas, inchaço da região debaixo da língua e ressecamento da
cavidade bucal. Também há relatos de perda de paladar (hipogeusia), sensação de
gosto metálico, salgado ou até mesmo podre (parageusia), além de mau hálito
(halitose) e ardência na língua.
"Trata-se de um processo inflamatório que pode ser ocasionado por formação
de pedras (cálculos) ou por estreitamento (estenose) dos ductos, muitas vezes
associado a doenças autoimunes, mas que também podem se manifestar em pessoas
saudáveis, em decorrência de qualquer outra razão a ser investigada",
destaca o Dr. Lincoln Miyahira, médico especialista em cabeça e pescoço,
responsável pela recente implantação do serviço de Sialoendoscopia do Voice
Center do Hospital Paulista - uma das maiores referências do país em endoscopia
de nariz, ouvido e garganta.
Ele explica que o tanto o diagnóstico como o tratamento a esse tipo de
disfunção evoluíram bastante justamente a partir da Sialoendoscopia. Isto é, a
endoscopia dos ductos e glândulas salivares.
Presente no Voice Center do Hospital Paulista desde o último dia 5 de maio, o
procedimento consiste na introdução de um endoscópio fino, com elementos óticos
e canal de introdução de mini instrumentos, que permitem uma avaliação da
árvore canalicular das glândulas salivares e também procedimentos para a
resolução de anormalidades.
"Essa técnica foi desenvolvida para auxiliar no tratamento das glândulas
salivares, evitando ou adiando o tratamento cirúrgico - ou, ainda, reduzindo
sequelas cirúrgicas. Ela representa um avanço, pois permite a preservação das
glândulas salivares que, anteriormente, eram retiradas pela maior parte dos
especialistas quando diagnosticadas alterações nestas estruturas", explica
o Dr. Miyahira, acrescentando que, por se tratar de um método pouco invasivo,
pode ser realizado com segurança em adultos e crianças.
O procedimento também serve para o diagnóstico e tratamento de outras quase 20
anomalias relacionadas às glândulas salivares, como Sialolitíase e Síndrome de
Sjogren, assim como cálculos salivares (sialolitos), cistos de retenção
salivar, biópsias de glândulas salivares e quadros clínicos com sintomas em
região cervical inespecíficas que necessitam de investigação.
Para o Dr. Braz Nicodemo Neto, diretor do Hospital Paulista, a
chegada do novo serviço reforça a posição de vanguarda da instituição no que se
refere ao uso de tecnologias avançadas, além do esforço em ofertar o que há de
mais moderno a seus pacientes. "É algo que fortalece a nossa posição de
referência na especialidade de Otorrinolaringologia, com alto desempenho em
medicina especializada", finaliza.
Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
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