Especialista em
carreira explica como minimizar os prejuízos da dupla jornada cuidando da saúde
mental delasFreepik
O Dia das Mães pode ser um momento de reflexão e
debate sobre a dupla jornada que muitas mães vivem em meio aos desafios do
dia-a-dia. As mulheres têm ganhado espaço ao longo dos anos e a cada dia
conquistando mais cargos de responsabilidade dentro das organizações, mas como
ficam outros aspectos como a maternidade e os demais papéis que uma mulher
desempenha? Rebeca Toyama, especialista em carreira, comenta que é
possível uma mulher ter uma carreira de sucesso mesmo sendo mãe, mas alerta
sobre os cuidados com sua saúde mental e também a necessidade das empresas
terem práticas onde a inclusão e a diversidade fazem parte da cultura
organizacional.
Para amparar as mulheres no ambiente de trabalho, entrou
em vigor em setembro de 2022 o Programa Emprega + Mulheres que está inserido na
lei nº 14.457/2022 e visa fomentar medidas de inserção e manutenção de mulheres
no mercado de trabalho. A nova lei criou iniciativas como: o pagamento de
reembolso-creche, a flexibilização do regime de trabalho, o apoio ao retorno do
trabalho das mulheres após o término da licença-maternidade, entre outras. As
mudanças foram feitas para focar na empregabilidade das mulheres e em questões
de proteção à parentalidade.
Os homens foram incluídos juntamente com as mulheres no regime de
flexibilização de jornada laboral, onde mostra a importância dos pais cuidarem
e estarem unidos na educação e nos cuidados com os filhos. Igualdade para ambos
os lados, em uma licença parental, inclui a participação paterna no cuidado com
o filho durante esse primeiro ano de vida, servindo de apoio para as
mães.
“Esse movimento de mudança é de extrema relevância,
portanto, mais uma conquista em prol das mulheres. Essa é uma reflexão que
temos que fazer sobre a igualdade de gênero, onde os dois perfis feminino e
masculino, devem ser tratados com respeito dentro das suas diferenças. E os
pais, por sua vez, estarem juntos nos cuidados com o bebê, porque é algo que
demanda muito da mulher”, comenta Rebeca Toyama, especialista em
carreira.
Ainda vale ressaltar que muitas mulheres têm uma
narrativa de que o homem é culpado de todo seu sofrimento, seja líder ou mãe,
mas a grande virada de chave é compreender todos os papéis dentro da sociedade
e enxergar os homens como um grande aliado. “Observo quando converso com
algumas clientes que por elas terem um modelo de homem predefinido, acabam
rotulando, mesmo sem conhecer todas as pessoas daquele mesmo gênero, e por
isso, não buscando ajuda do pai dos filhos ou até de colegas homens de
trabalho. Então, existe uma imagem negativa do homem que muitas vezes não
condiz com a realidade, portanto, esse também pode ser um momento de reflexão
para tentar mudar o olhar e os padrões persistentes de ambos os lados”, ressalta
Rebeca.
A importância das mães nas
equipes - Movimento Elas Lideram
Rebeca Toyama juntamente da ACI -
Academia de Competências Integrativas, se juntou ao movimento
Elas Lideram 2030, uma iniciativa do Pacto Global da ONU Brasil e ONU Mulheres
em parceria com outras instituições que leva o intuito de ter 1.500 empresas
comprometidas em terem mulheres na alta liderança até 2030.
De acordo com o Ministério da Economia, no Brasil
temos apenas 13% das mulheres em cargos de alta liderança, e é isso que o
movimento Elas Lideram 2030 quer mudar, chamar a atenção das empresas
brasileiras para reconhecerem a urgência e necessidade de promover ações
engajadas em moldar o hoje, para que tenhamos um futuro melhor. O movimento
Elas Lideram 2030, deseja buscar a presença de 30% das mulheres em cargos de
alta liderança até 2025 e conquistar 50% até 2030.
“O mundo está enfrentando imensos desafios: a
depreciação da saúde mental, a desigualdade de gênero, racial, econômica, entre
outros. E precisamos fazer algo para mudar isso, então, eu juntamente com a ACI
decidimos entrar nesse movimento de mudança para um mundo melhor! Portanto,
junto com o Pacto Global, precisamos mostrar para as empresas que é necessário
assumir compromissos públicos para acelerar o alcance dos objetivos de
desenvolvimento sustentável disseminados pela ONU. Ainda temos tempo para
garantir o mundo que queremos”, finaliza Rebeca Toyama.
Rebeca Toyama, especialista em
carreira, em homenagem ao Dia das Mães, selecionou 3 dicas
para minimizar os prejuízos da dupla jornada cuidando da saúde mental:
1- Empresas: desenvolvam políticas inclusivas e treinamentos sobre o tema;
2- Líderes: Envolvam-se e promovam discussão e conscientização sobre o tema;
3- Mulheres: Invistam em autocuidado e autoconhecimento.
Rebeca
Toyama Msc- porta-voz
da ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico)
do Programa Liderança com ImPacto da ONU,
fundadora da ACI – Academia de
Competências Integrativas, uma empresa signatária do Pacto
Global da ONU e participante do Movimento Mente em Foco promovido pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU. Mestre em Psicologia Clínica
e Administradora. Especialista em liderança, carreira e tendência
do mundo do trabalho. Atua há 20 anos como
palestrante, mentora e coach.
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