Freepik |
Seja pela aparência e aroma chamativos ou devido à
praticidade, quando a fome aperta, muitas pessoas recorrem à comida de rua,
como lanches, churrasquinho, pastel, cachorro-quente, entre outras. Essas
opções podem ser atrativas, acessíveis e práticas, pela possibilidade de
aceitarem vale-refeição
– quando os estabelecimentos estão de acordo com a vigilância sanitária e toda
documentação em dia. Mas é importante ter muita atenção na conservação, na higiene
e na manipulação desses alimentos para que a refeição não termine em problemas
alimentares.
A venda de comida de rua é uma oportunidade de
empreendimento em ruas, praias, parques e praças em todo o mundo. No entanto, é
preciso que aqueles que desejam entrar nesse ramo estejam cientes das
principais precauções de higiene necessárias para garantir a segurança da
alimentação oferecida aos consumidores.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS),
aproximadamente 600 milhões de pessoas adoecem e 420 mil morrem a cada ano em
todo o mundo devido ao consumo de alimentos contaminados por bactérias, vírus,
parasitas ou substâncias químicas. Produtos como ovos, carnes, laticínios e
água estão entre os mais suscetíveis à contaminação.
É essencial, portanto, estar ciente da necessidade
de consumo de alimentos de boa procedência, pois isso garante diretamente a
saúde dos clientes e, consequentemente, a credibilidade do negócio.
Como são oferecidos alimentos seguros e saudáveis?
Diversas são as cidades brasileiras que oferecem
inúmeras opções de comida de rua, seja em barraquinhas, food
trucks, entre outros formatos. De acordo com a prefeitura de São
Paulo, por exemplo, as atividades mais solicitadas por ambulantes de serviços
de alimentação e os produtos mais vendidos na comida de rua da cidade são,
respectivamente, lanches, espetinhos, pastel, bolos e biscoitos e
cachorro-quente.
Conforme o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), garantir a oferta de alimentos seguros e saudáveis
requer cuidados específicos em relação ao transporte, manipulação e
armazenamento dos alimentos, além da limpeza adequada dos utensílios e
superfícies utilizados no preparo.
É crucial também que os responsáveis pela
preparação dos alimentos mantenham a higiene pessoal em dia e garantam o
descarte adequado dos resíduos alimentares. Isso porque pequenos hábitos podem
fazer a diferença para evitar a contaminação e assegurar a qualidade dos
produtos.
Por essa razão, é importante compreender os fatores
que levam à contaminação de alimentos, bem como as consequências desse
problema. Buscar capacitação em relação à manipulação de alimentos é
fundamental para garantir a segurança e a saúde dos consumidores.
Clientes também devem ficar de olho
Já os clientes devem ficar atentos e seguir algumas
dicas de segurança alimentar ao consumir comida de rua. Verificar se a pessoa
que monta e serve o prato está higienizando as mãos e se é ela quem recebe o
dinheiro é fundamental, pois as cédulas e moedas podem carregar vírus e bactérias.
Além disso, é recomendado observar as condições de
limpeza do local e se há água suja parada nas proximidades da produção ou
venda, bem como a presença de animais de estimação muito próximos. Caso a
instalação não esteja em um local adequado, há risco de contaminação.
Contaminação é coisa séria
Considerada grave, a contaminação de alimentos
compromete a saúde de muitas pessoas. Segundo levantamento do Ministério da
Saúde, mais de 250 doenças são transmitidas por comida infectada em todo o
mundo. As principais causas são vírus, bactérias, parasitas e toxinas. A maior
parte das vítimas dessas patologias são crianças e idosos, mais suscetíveis a
sintomas como náusea, desidratação, dor abdominal, diarreia, febre e falta de
apetite.
Boas práticas de segurança alimentar são
determinantes para evitar esse tipo de risco. Além disso, é importante saber
identificar as diferentes categorias de contaminação. A contaminação biológica,
por exemplo, ocorre quando os alimentos são infectados por microrganismos. As
fontes mais comuns são animais, humanos e insetos.
Já a contaminação química é considerada muito
perigosa, pois é caracterizada pela exposição da comida a substâncias tóxicas,
que podem matar. Entre as fontes de contaminação estão compostos químicos
artificiais – aditivos não autorizados, inseticidas, metais pesados, entre
outros – ou toxinas produzidas por microrganismos naturais. As instalações
físicas ou o próprio ar também podem ser fontes de contaminação química.
Já a contaminação física ocorre quando um objeto
estranho, como cabelo, unhas e pelos de ratos, entra em contato com os
alimentos. Por fim, a contaminação cruzada é aquela em que agentes biológicos,
físicos ou químicos infectam alimentos acidentalmente. É comum ocorrer com o
uso de acessórios de cozinha ou mãos com higienização inadequada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário