Infelizmente, é comum o público pesquisar sobre índices de LGBTfobia para que se sintam mais seguros diante da experiência internacional (Crédito: Unsplash)
Entenda como o público pode analisar o
destino com base em políticas de combate ao preconceito, de acordo com o país
Não é nenhuma surpresa que ainda existam países preconceituosos e retrógrados no mundo. É claro que a humanidade vai continuar cobrando mudanças para que a dignidade humana esteja sempre assegurada. Por conta disso, comemora-se, em junho, o mês do Orgulho LGBTQIA+, como uma forma de demonstrar para a sociedade a resistência de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e dos demais membros da sociedade diante da repressão sofrida. O período, que é marcado por eventos e paradas, faz referência a um movimento que aconteceu em 1969, em Nova York, conhecido como a Rebelião de Stonewall
No Brasil, a homofobia passou a ser criminalizada há pouco tempo, em 2019. Isso porque a determinação está atrelada à Lei de Racismo (7716/89) que, hoje, prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e precedência nacional”. Com a inclusão, a prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. Apesar do uso do termo “homofobia”, todas as pessoas LGBTQIA+ são contempladas.
Diante da necessidade de políticas públicas que, felizmente, já chegaram no Brasil, embora o problema esteja longe de ser resolvido, entende-se que muitos outros países ainda não chegaram nessa fase. E é por isso que, ao pensar em opções de destino do intercâmbio, é comum encontrarmos o público buscando por lugares mais LGBTQIA+ Friendly e que já tenham políticas de enfrentamento ao preconceito.
“Sempre que uma pessoa procura por
programa de intercâmbio em uma agência com Selo Belta, é indicado a países que
dão “match” com o perfil e personalidade do intercambista, desde tempo de
curso, clima de agrado, formato com trabalho ou somente estudos, e por aí vai.
Dentro desse contexto, se uma pessoa busca por um país por ser LGBTQIA+, é
nosso dever listar e falar da cultura e funcionamento social do destino
querido. E isso é tão sério quanto qualquer outra informação do programa de
intercâmbio”, explica Alexandre Argenta, presidente da Belta
- Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil.
Conheça agora os
06 países mais LGBTQIA+ friendly, segundo o site
Spartacus International Gay Guide:
- CANADÁ
Segundo o ranking de 2020, criado pelo
Spartacus International Gay Guide que, anualmente, lista os países mais
receptivos aos LGBT+, o Canadá foi o número um, contendo leis antidiscriminação,
legalização de união conjugal, permissão para adoção, reconhecimento dos
direitos trans, marketing LGBT -- além de não ter, no geral, nenhum dos
aspectos negativos, como restrições de viagens aos soropositivos, influência
religiosa, intolerância e outros;
- NOVA ZELÂNDIA
O país proíbe chamadas
terapêuticas de conversão sexual. A nova lei criminaliza procedimentos que
buscam alterar a orientação sexual, expressão ou identidade de membros da
comunidade. Além disso, Além disso, homossexuais ocupam 9% dos 120 assentos do
parlamento, de acordo com o site americano Advocate;
- ESPANHA
A lei local espanhola proíbe a
discriminação baseada em raça, gênero, incapacidade ou posição social e o
governo geralmente cumpre. O país permite o casamento gay e a adoção conjunta,
fazendo com que a Espanha um dos principais países do continente que mais
respeitam os direitos humanos LGBT+;
- MALTA
O país é considerado o mais LGBT+
friendly na Europa, segundo uma lista divulgada pela Associação Internacional
de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ilga). O país também
aprovou a lei do casamento homoafetivo, além de legislações de combate a
LGBTfobia, punindo com prisão os médicos e profissionais de saúde que submetem
pacientes a terapias de cura gay;
- REINO UNIDO
O país possui uma lei que encoraja
juízes a dar uma sentença mais pesada em casos de agressão em que a orientação
sexual da vítima é motivada. Além do mais, a polícia treina oficiais para
identificarem esses ataques, segundo um levantamento sobre direitos humanos
realizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, em 2011.
Confira a lista completa do ranking de 2020 em inglês aqui.
Confira essas e
outras dicas de intercâmbio no site da Belta! Saiba mais aqui!
Belta -- Associação das Agências Brasileiras de
Intercâmbio
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