Em alusão ao Dia dos Namorados, ONG reforça que informação e diálogo são aliados no reconhecimento de relações abusivas e transformação da realidade de muitas brasileiras
O mês de junho é muito aguardado por
solteiros e, também, casados, por conta do Dia dos Namorados, data que
geralmente marca a comemoração de duas pessoas que vivenciam um relacionamento
feliz e saudável. No entanto, pesquisas como o relatório “Visível e Invisível:
A vitimização de mulheres no Brasil”, lançado em 2021 pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, revelam que os principais autores de violências contra
mulheres são seus companheiros (25,4%) e ex-companheiros (18,1%).
E mais, eles também estão relacionados
a 84% dos relatos de mulheres sobre stalking (perseguição praticada em
meios digitais), de acordo com outro levantamento, o “Além Do Cyberbullying: A
Violência Real Do Mundo Virtual”, divulgado no mesmo ano pelo Instituto Avon, o
braço social da Avon.
Diante destes contextos contrários, e
das incidências cada vez maiores de episódios que impactam a coletividade, o
Instituto Avon evidencia a importância da conscientização, principalmente da
população masculina sobre o assunto, visando a construção de uma sociedade mais
justa e respeitosa para as mulheres.
“Um relacionamento saudável se
manifesta entre dois indivíduos em um mesmo patamar. Não há um ditador impondo
regras e utilizando artifícios como a manipulação ou o drama para persuadir sua
parceira a tomar atitudes que vão contra a sua personalidade e liberdade de
decisão. Havendo qualquer forma de violência, psicológica, moral, física,
sexual ou patrimonial, é de extrema importância que a vítima busque ajuda e
denuncie a ocorrência às entidades competentes. Uma relação saudável respeita
limites e reconhece a igualdade e dignidade dos envolvidos”, explica Daniela
Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Comportamentos no namoro evidenciam
perigos às mulheres e podem progredir para agressão física, sexual, moral,
psicológica e patrimonial. Algumas características podem ser percebidas nas
atitudes:
- Críticas constantes e destrutivas;
- Desrespeito à privacidade;
- Controle da vida da parceira;
- Afastamento da mulher de amigos e
família;
- Manipulação.
O respeito entre ambos os parceiros
deve ser uma prioridade. Uma boa relação concede espaço para que outras pessoas
façam parte da vida do casal. A imposição de limites e uma boa comunicação são
essenciais para estabelecer uma relação mais segura para a mulher.
Promover o acesso à informação e a
educação para os homens sobre o tema é uma das formas de estabelecer a mudança
de uma sociedade ainda presa a conceitos de superioridade masculina. “O
incentivo ao diálogo nos relacionamentos e na sociedade traz luz à importância
do respeito à mulher, estimulando a mudança de comportamentos e,
principalmente, o reconhecimento de que esse não é um problema doméstico e
exclusivo dos lares em que abusos e agressões acontecem”, afirma Daniela. E
conclui, “chantagens e ameaças em histórias amorosas não podem ser romantizadas
e vistas como demonstração de afeto. Ciclos de violência precisam ser rompidos
e o apoio à mulher é fundamental, assim com a própria desconstrução de conceitos
ultrapassados sobre masculinidade”, conclui.
O apoio que vem pela Ângela
Desde março de 2020, o Instituto Avon conta com a assistente virtual Ângela como resposta à violência de gênero intensificada durante o isolamento social causado pela Covid-19. O bot acolhe e apoia as mulheres em situação de violência e utiliza um questionário inspirado em protocolos internacionais para avaliar o grau de risco ao qual elas possam estar expostas.
Via mensagens de texto no WhatsApp, a Ângela indica medidas de suporte oferecidas gratuitamente pelo Instituto Avon e sua rede de parceiros, como atendimento psicológico e jurídico, auxílio transporte, suporte material para alimentação e abrigamento temporário.
Para entrar em contato com a assistente
virtual envie uma mensagem pelo aplicativo de WhatsApp para o número (11)
94494-2415.
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