A job hunter Maria Emília Lemes dá dicas para profissionais sêniors vencerem o medo diante do novo e fazerem a reciclagem que o mercado requer
Manter-se no comando do próprio cargo após dois anos de
transformações consequentes da pandemia tornou-se um grande desafio para muitos
executivos. Do dia para a noite, eles precisam adequar processos à nova
realidade hiperconectada que se acelerou com o home Office. Segundo a job
hunter Maria Emília Leme, o caminho para a reciclagem necessária é estimular a
troca de experiências e manter a autoconfiança.
A cultura de inovação digital imposta às pressas pode ser
um entrave na carreira do gestor que depende de atualização, enquanto liderados
chegam mais bem adaptados. A pressão é ainda maior diante do quadro de
incertezas econômicas: só no primeiro trimestre deste ano, o Brasil tinha 11 milhões os desempregados, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Todo este movimento resulta em um mercado de trabalho
cada vez mais competitivo e seletivo, em uma realidade que agora considera
concorrentes de qualquer lugar do mundo. É natural, portanto, que gere
insegurança e até vontade de desistir em quem se vê empelido, dentro da
empresa, a dominar novos conhecimentos em velocidade e volume muitas vezes
difíceis de cumprir”, introduz Maria Emília Leme.
O fato de as novas gerações muitas vezes chegarem dotadas
de mais habilidade para lidar com as soluções tecnológicas do momento ou mesmo
com temas que crescem nas pautas organizacionais, como são as políticas de
diversidade e ESG (Environmental, Social and Governance), também exige do
veterano um empenho diferenciado nesse processo de reciclagem.
“O que o profissional sênior precisa ter em mente é que a
expertise dele na área em que atua é valorizada e necessária. Por outro lado,
não lhe é mais permitido não acompanhar a evolução dos processos que coordena.
Ele não precisa dominar todas as ferramentas, mas, sim, investir em estudar
pontos estratégicos”, orienta Maria Emília.
“O job hunter trabalha essas questões com o profissional,
inclusive, para melhor direcioná-lo e prepará-lo para a recolocação no mercado.
É importante entender o cenário para adotar ferramentas assertivas e se cercar
de pessoas capacitadas, com quem há troca de conhecimento.”
O próprio ambiente virtual favorece a reciclagem com maior oferta de educação à distância. Além disso, é bom ter em mente que toda essa transformação exige novas habilidades comportamentais dos líderes e dos liderados. “É um momento que pede mais estratégia, boa comunicação e flexibilidade para trabalhar remotamente, com o dinamismo que a rápida modernização de processos exige”, encerra a job Hunter.
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